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Teoria do Serviço Social

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Por:   •  14/9/2014  •  Seminário  •  3.386 Palavras (14 Páginas)  •  247 Visualizações

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Teorização do Serviço Social: Documento Alto de Boa Vista. Rio de Janeiro: Agir, 1988, bem como “Ditadura e Serviço Social: uma análise do Serviço Social no Brasil” Livro de José Paulo Netto.

Com relação ao artigo sobre “Movimento de Reconceituação do Serviço Social, aprendemos que o Serviço Social tem suas origens iniciais sempre ligados à religião, à caridade; doutrinado pela igreja católica; relacionando as profundas transformações econômicas e sociais que atravessaram a sociedade brasileira. A fundação das primeiras escolas de Serviço Social foram feitas por frequentadores da igreja buscando o preparo para o exercício remunerado e também gratificação pessoal. Algumas alunas do serviço social eram professoras primárias; que, com relação à questão social, negavam transformações econômicas e sociais, ou seja, a ação sobre as causas da Questão Social atuando sobre o efeito no que diz respeito às causas da Questão Social. Em posição contrária, o Serviço Social reconceituado, que se propõe atuar sobre as causas das questões sociais, atuando revolucionariamente sobre o sistema. O Serviço Social brasileiro apropriou-se da metodologia de trabalho americano, introduzindo nos currículos das escolas o Serviço Social de caso de grupo, organização social da comunidade, Serviço Social de comunidade, posteriormente desenvolvimento de comunidade. Os primeiros passos para o movimento de reconceituação foram movidos pelos impactos das teorias e tentativas de prática desenvolvimentista. Reconhecia que sua teoria era frágil quanto à compreensão da dinâmica social, das relações de classe, dos grupos sociais, das instituições. Os problemas sociais: baixo índice de renda da população, ausência de infraestruturas de saneamento, alto índice de analfabetismo, baixo nível de saúde e de escolaridade não eram assuntos apenas de economistas e sociólogos, mas também para técnicos do Serviço Social e para a população em geral. Início do marxismo nas universidades e cotidiano de trabalho bem como a liberdade. Resultou ao Serviço Social, um recuo quanto À filosofia do desenvolvimentismo, novas e mais profundas indagação critica ao Serviço Social tradicional e demanda de novas ideologias segundo (FALEIROS; 2004).

No Brasil, em 1964 aconteceu o que consideram a primeira manifestação grupal crítica de Serviço Social do nordeste; o encontro regional de escolas; onde, docentes e profissionais posicionam os métodos de intervenção face à realidade subdesenvolvida do nordeste, dando ênfase à crítica quanto ao aspecto economicista e adota o processo de conscientização na linha de liberação do oprimido. A perspectiva modernizadora constitui a primeira expressão do processo de renovação do Serviço Social no Brasil. Os documentos de Araxá (1967) e Teresópolis (1970) podem ser considerados a tentativa de adequar o Serviço Social às tendências políticas que a ditadura tornou dominante e que não se punha como objeto de questionamento pelos protagonistas que concorriam à sua elaboração.

A importância dos seminários e a história do Serviço Social no Brasil, nos encontros de Araxá, Teresópolis e Sumaré, respectivamente em MG, nos anos de 1967, 1970 e 1978, nestes encontros percebemos que Araxá em MG (1967) reuniu 38 Assistentes sociais docentes e não docentes promovidos pelo centro brasileiro de cooperação e intercâmbio de serviços sociais (CBISS). Tendo como objetivo repensar em maior profundidade a teoria básica do Serviço Social e sua metodologia. O Serviço Social se caracteriza pela ação junto aos indivíduos com desajustamentos familiares e sociais que decorrem muitas vezes de estruturais sociais inadequadas. Compreendendo que este tipo de ação tem dimensões corretivas e promocionais, ressaltando que promover é capacitar. É da perspectiva da globalidade que flui a reflexão que em Araxá vai conduzir a adequação da metodologia do Serviço Social que vão se efetivar em dois níveis o micro e o macro. No micro é essencialmente operacional, o macro compreende as funções do Serviço Social ao nível da política e do planejamento para o desenvolvimento da infraestrutura social. O documento entende-se a estrutura social como facilidades básicas, programas de saúde, educação, habitação, serviços sociais fundamentais. Algo significativo é a vontade da profissão onde os Assistentes sociais não sejam mais meros executores das políticas sociais, e sim sejam capazes, sobretudo de formulá-las e geri-las. Sete encontros foram realizados para discuti-lo, dando origem ao próximo encontro que foi o de Teresópolis (1970) sobre metodologia com repercussão em toda América Latina. Oferece uma metodologia do Serviço Social voltada para a prática profissional do Serviço Social e que se desenvolva com um nível mínimo de cientificidade. Ele aborda uma determinação de um método profissional que defende ser um método científico. A redefinição do papel do Assistente social ao situá-lo como um funcionário do desenvolvimento, Teresópolis propõe a redução quanto à própria condição funcionária do profissional, ele é investido de um estatuto básico de execução, com a consequente valorização da ação prática imediata.

Oito anos depois (1978) realizou-se o encontro de Sumaré (RJ), objetivando a cientificidade do Serviço Social. Este encontro registra o deslocamento da perspectiva modernizadora da arena central do debate e da polêmica e a disputar seus espaços e hegemonia com ressonância nos foros de discussão, organização e divulgação da categoria profissional. O desafio que ficou foi de discutir a construção do objeto do Serviço Social mediante um enfoque dialético que incorpore uma dupla perspectiva: a da ciência e a dos modos de produção das formações sociais e das conjunturas políticas.

Informamos ainda que, nestes seminários realizados em Araxá, Teresópolis e Sumaré, os trabalhos realizados, foram divididos em três partes, na primeira parte foram examinados minuciosamente o Documento de Araxá, e na sequencia sendo analisado cada capítulo dos relatórios dos encontros regionais respectivos, ligando as opiniões emitidas com o texto do original. “Na segunda parte, foram estudados os documentos de Teresópolis”, e apresentados às considerações extraídas do relatório dos encontros regionais, ambos os relatórios não seguiram a mesma sistemática, o que obrigou portando a utilização de um esquema diferente para cada um. Os documentos de Araxá, Teresópolis e Sumaré, principalmente os de Araxá e Teresópolis, refletem a ideia e a prática do Serviço Social naquele momento, não podendo ser tomadas como orientação para o momento atual ou para o futuro. Tiveram sua importância e sua oportunidade naqueles anos e por isso não podemos dizer que são errados ou verdadeiros

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