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Trabalho

Por:   •  28/10/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.073 Palavras (5 Páginas)  •  194 Visualizações

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Para se entender  realmente o fenômeno chamado Imperialismo, uma das mais difíceis questões é acerca de seu começo cronológico, porém a grande maioria dos autores aceitam a idéia de que este processo deu-se por volta de 1870 a 1880 sendo que a partir deste ponto  as idéias não mais convergem. Uns autores utilizam a crise de 1873, outros definem a consolidação do capital financeiro e a conferência de Berlim  de 1880.

Segundo Wallerstein, o sistema mundial é caracterizado pela ordem econômica mundial internacional e pela divisão internacional do trabalho, existindo um “centro”, uma “semi-periferia”  e uma “periferia”. Os lucros produzidos na periferia e na semi-periferia  são repassados aos centros pelo comércio internacional.  

No entanto o imperialismo do período de 1870-1914 não é caracterizado sobretudo pelo comércio internacional mas principalmente por outras formas de relação econômica entre diferentes regiões do mundo.

Para Hobson, mais que o comércio internacional, a grande característica da internacionalização da economia em seu tempo era a exportação de capitais, ou melhor, os investimentos pelo mundo  realizados sobretudo pela Inglaterra sob a forma de construção e gerenciamento de ferrovias, de pontos de sistemas de abastecimento de gás, água e esgoto, além da exploração de projetos de mineração e plantagens. Segundo seu pensamento o que explica o processo de expansão mundial do capitalismo, devido ao subconsumo e à superprodução nas economias européias centrais, devido ao baixo consumo das economias mais dinâmicas, as empresas buscam mercados fora da Europa o que dá origem ao imperialismo.

Talvez a obram ais importante a respeito do capitalismo, Lênin, entende o imperialismo como uma etapa superior do capitalismo, para Lênin, é o capital monopolista que explica o imperialismo e está ligado diretamente a ele.

Referindo-se ao capital monopolista, Lênin cita tantos bancos como firmas industriais por eles controladas. Para o autor russo, esses monopólios financeiros ganham tal dimensão que penetram o Estado  e o seu desenvolvimento é o vetor explicativo da divisão de mercados.

Enfim, Lênin entende o imperialismo como exportação de capitais realizados pelo mercado monopolista financeiro em busca de altas taxas de lucro e que, às vezes, vem associado à ocupação territorial. Porém, como ele o entendia como uma etapa histórica do capitalismo, via mais que isso, seria imperialismo a ampliação da acumulação capitalista, com exportação de capitais e fusão do capital bancário com o industrial; Novo arranjo das classes dominantes, nova forma de extrair sobre-lucro; Organização política característica da Social-democracia.

O dilema entre a busca de lucro e mercado pelo capital deve ser visto como um falso problema, já que, se o capital busca sempre a maximização dos seus lucros, em uma sociedade capitalista e com produção de mercadorias, o mercado é um intermediário necessário para a realização da produção, ou seja geração da mais-valia e do lucro. Assim o capital está sempre buscando maiores taxas de lucro e o próprio lucro é um fim em si. Dizer , no entanto, que o capital tem o mercado como um fim é um engano, visto que é através  do mercado que ele atinge o seu  objetivo, que é o lucro.

Esse movimento de expansão do capital, ao qual chamamos de Imperialismo, existe em função do estabelecimento de uma nova forma de capital, o financeiro, pela fusão do capital bancário e do industrial, com o predomínio do primeiro. Essa nova situação, hegemonia de uma nova forma de capital e expansão do mesmo pelo mundo, remete a outros processos no mesmo período: novo arranjo das classes dominantes- com tendência à diminuição dos conflitos entre os diferentes tipos de capital, por conta de sua união no capital financeiro; uma nova relação entre classes sociais nos países imperialistas, uma nova forma de organização política nesses mesmos países.

A dominação política e territorial subjacente ao imperialismo clássico é uma decorrência da dominação econômica, ou seja, exportação de capitais. Prova disso é a presença muito maior das empresas nas áreas dominadas do que dos próprios aparatos governamentais das metrópoles, fazendo com que as companhias tivessem poder de estado em certas ocasiões e localidades. Portanto, a dominação econômica precede, logicamente e em importância, a dominação política, apesar  de não a preceder historicamente.

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