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Trabalho Facismo

Por:   •  4/11/2017  •  Trabalho acadêmico  •  11.980 Palavras (48 Páginas)  •  396 Visualizações

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Por que a Itália saiu frustrada da 1° guerra mesmo estando do lado vencedor?

Após a Primeira Guerra Mundial, a Itália teve de enfrentar o saldo doloroso do conflito: 700 mil mortos, 500 mil feridos e dividas enormes contraídas junto aos bancos dos Estados Unidos e Inglaterra. A fome, a inflação e o desemprego também afetavam os operários e os camponeses, provocando grande agitação social.  

Além de não receber os territórios que lhe foram prometidos ao entrar na guerra ao lado da tríplice entente, o país também sofria com a fome, inflação e o desemprego, tudo isso afetava os operários, camponeses e todo o país causando grande agitação social.

Por que a Itália ofereceu um terreno fértil para a implantação de um Regime Totalitário?

O Fascismo se originou da falta de confiança na forma liberal de governo como solução para a crise italiana.

A Itália estava passando por um momento complicado, assim como já foi explicado, além do mais haviam perdido a fé em regimes liberais e democráticos e também contavam com um medo enorme de que o Socialismo chegasse ao país, portanto necessitavam de algum tipo de regime que pudesse reconstruir a Itália, e muitos acreditaram que o regime totalitário, o fascismo, no caso, seria a solução. E, apesar de tudo, o fascismo ajudou muito na reconstrução do país.

Tudo isso, mais o clima de instabilidade política do pós-guerra, com greves, invasões de terra e manifestações organizadas pelos sindicatos e grupos de esquerda, juntamente com a derrota da onda revolucionária abriu caminho para o fortalecimento de movimentos reacionários e de extrema-direita levou grande parte dos empresários, proprietários de terras e de classe média italiana a apoiar a política agressiva de manutenção de ordem promovida pelos fascistas.  

O Fascismo foi também produto do exacerbado nacionalismo herdado do século XIX e de ressentimentos nacionais provocados pelos resultados da Primeira Guerra Mundial.  

Desde 1918 já havia movimentos ultranacionalistas e autoritários em várias regiões da Europa, principalmente na Itália. Ali, Benito Mussolini, antigo militante de esquerda que rompera com o socialismo, fundou o FasciodiCombattimento, embrião do Partido Nacional Fascista que, em 1922 chegaria ao poder.

REGIME TOTÁLITÁRIO

O que é um Regime Totalitário?

Regime totalitário ou totalitarismo é um sistema de governo em que todos os poderes ficam concentrados nas mãos de um único governante político, de uma facção ou até mesmo uma classe social. Desta forma, no regime totalitário não há espaço para a prática da democracia ou simplesmente a garantia aos direitos individuais.

Nesta forma de governo, o líder decreta leis e toma decisões políticas e econômicas de acordo com suas vontades. Embora possa haver sistema judiciário e legislativo em países de sistema totalitário, eles ficam abaixo das ordens do líder.

Os regimes mais famosos na história foram o Nazismo Alemão de Adolf Hitler, o Stalinismo Soviético de Joseph Stalin e o Fascismo Italiano de Benito Mussolini.  

Características:

- Ideologia: É essencial que regimes totalitários se fundamentem em uma forte ideologia, que apresente uma explicação para tudo, que não abra brechas para questionamentos e que critique o estado das coisas, apontando os caminhos para a sua transformação. São grandes narrativas capazes de explicar de maneira total a história, dispensando qualquer verificação ou comparação com o mundo real. Essa forma de discurso autoritário justifica grandes atrocidades, como a perseguição e eliminação de tudo o que se apresenta como um empecilho para a realização de seu curso natural;

- Unipartidarismo: Os regimes totalitários apresentam um partido único que se sustenta no apoio incondicional das massas. Impulsionado pela ideologia do regime, o partido único é a encarnação do próprio Estado e exerce seu poder de forma aleatória, obedecendo apenas seus próprios critérios e não respeitando qualquer outra barreira moral ou jurídica. Tal partido exerce autoridade e cobra da população completa fidelidade aos seus princípios. Na cabeça deste partido único, encontra-se sempre um grande líder, um ditador que será o responsável exclusivo por interpretar a ideologia e suas aplicações da forma que considerar mais adequada;

- Autoritarismo:É uma forma de governo caracterizada pela ausência da participação dos cidadãos comuns nas tomadas de decisões do Estado;

- Repressão militar/ Militarismo:O clima de terror constante é essencial para o bom funcionamento de um regime totalitário e, por esse motivo, a ascensão do militarismo é um fator extremamente comum na vigência do mesmo. Os aparatos repressivos militarizados cumprem um papel central na manutenção da ordem. A presença da polícia secreta – apoiada em tecnologias avançadas de espionagem e, principalmente, técnicas psicológicas sofisticadas – cria um clima onde todos se sentem sob constante vigilância do governo, causando a submissão do povo ao Estado. Muitas vezes a vigilância é exercida pela própria população civil que apoia o regime, o que torna as dissidências de todos os graus extremamente perigosas. O sistema gera uma tendência ao fortalecimento das repressões armadas e da violência com o objetivo de controlar e amedrontar a população;

- Propaganda: O papel da propaganda nesse tipo de regime é fundamental na missão de convencer a população a fazer o que for preciso para defender e propagar a ideologia oficial. A propaganda, inicialmente, é destinada aos elementos externos ao movimento, àqueles que ainda não se domina, como estrangeiros, de forma que se possa convencê-los de que o totalitarismo vigente é a melhor forma de governo da época;

- Patriotismo (devoção a Pátria), ufanismo (característica de quem se orgulha de algo exageradamente) e chauvinismo (entusiasmo excessivo pelo que é nacional, e menosprezo sistemático pelo que é estrangeiro) exacerbados;

- Censura aos meios de comunicação e expressão;

- Busca de um inimigo comum para justificar o endurecimento do regime (judeus, negros, comunistas, etc);

- Culto à personalidade do líder do Partido: Todos os regimes fascistas têm em comum um líder carismático, emblemático e que tem sua imagem direta e claramente ligada a seus ideais e países, sendo que são sempre aprovados e até mesmo adorados por uma significativa maioria da população.

Essa adoração exagerada ao líder levou a uma forma característica de saudação, que varia conforme o regime. Hoje sabemos que a saudação fascista à Mussolini foi inspirada na saudação romana, que é simplesmente uma saudação onde o braço é levantado para frente com a palma da mão para baixo. Na versão italiana o braço foi levantado completamente acima do ombro com a palma dobrada para fora, de maneira mais semelhante a saudação romana original.Apesar de carregar esse nome, não se sabe ao certo se os romanos o usavam como cortesia militar;

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