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Trabalho domestico

Por:   •  28/5/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.349 Palavras (6 Páginas)  •  169 Visualizações

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Relação empregadora com empregada

Para começarmos entender a relação entre empregada doméstica e empregadora vamos ver a definição de cada uma delas.

 Segundo previsto no art. 3 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), “Empregador é a pessoa física ou jurídica que contrata alguém para lhe prestar serviço como empregado, de forma subordinada, pessoal, não eventual e onerosa, o empregador pode ser uma empresa, o próprio estado, os empregadores e as instituições sem fins lucrativos como, por exemplo, os sindicatos e as ONGs.” Características do empregador de admitir, assalariar, dirigir.

E segundo dispõe o artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho(CLT),  ”Empregado é pessoa contratada para prestar serviços para um empregador , numa carga horária  definida mediante salário. O serviço necessariamente tem de ser subordinado  qual o empregado não tem autonomia para escolher a amaneira como realizara o trabalho.”

A situação do  trabalho doméstico é um caso singular de uma mulher trabalhando para outra em um ambiente que é desprovido de profissionais .Onde patroa e empregada estão constante conflito de classe e gênero.

 Analisar relação entre empregada e empregadora é sempre complexa sempre vai haver uma  dicordia .

Ao mesmo tempo em que se precisa de serviços da empregada , a patroa (empregadora) não deseja ser substituida ela quer apenas mandar e ser obedecida,  ter o controle em suas mãos , e são varias as estratégias para para tera marcação do  seu território.

Porém as empregadas por suas vezes também  precisam do emprego mas tem medo da condição e esperam uma reparação nas diferenças sociais. As empregadas são normalmente mulheres que dividem os mesmos espaços físicos , trocam ideias , observam os hábitos enfim  convivi o dia a dia . Para algumas empregadora se tornam membros da  família, já para outras apenas uma pessoa comum que está ali para cumprir o que propuseram , apenas ára trabalhar nada além ser uma pessoa “profissional” .

Para muitos ser empregada é inferior, ter empregada é ser superior.

 As relações hierárquicas e afetivas entre as patroas e as empregadas, fazem parte da nossa construção cultural e histórico do Brasil, desde do contexto da escravidão  que, já dava para perceber a relação enquanto as mulheres brancas cabiam estabelecendo ordens e do bom funcionamento da casa, as mulheres negras cuidavam do lar e dos filhos das senhoras,  nesse sentido podemos  perceber as primeiras intimidades, distanciamento as primeiras relações entre a empregada e empregadora. As escravas domesticas  andavam pela casa não apenas cuidando dos afazeres ,cuidando  dos filhos, elas muitas vezes  acabavam cuidando das próprias senhoras, acompanhando em passeios, mas também ouvindo conversando  observando seus gestos e costumes.

Não haviam apenas proximidades físicas com os membros do lar segundo KOLES ( 2001) “ as escravas acabavam por estar sob comando e proteção dos seus senhores.

A superioridade de ter uma empregada doméstica, foi identificada no final século passado, a partir da análise do documentos referentes ao emprego doméstico feito por GRAHAM (1992),  que observa que já naquela época enquanto era natural que a elite contasse com o serviços de criados esse costume era ilimitado por famílias de menor recurso que quisessem denotar fidalguia.

“A música “SINHÁ”, que foi imortalizada por CHICO BUARQUE DE HOLANDA, ilustra bem essas relações ao retratar a situação em que escravo que vê a sinhá se banhando e é castigado “..EU NÃO OLHEI SINHÁ SE A DOMA DESPIU ...) de quem divide um espaço comum , a relação também faz parte no momento em que o escravo e severamente punido “...POR QUE TALHAR O MEU CORPO EU NÃO OLHEI SINHÁ PARA QUE VOSMINCÊ; MEUS OLHOS FAI FURAR...” demostrando assim a rígida hierarquia e posição ocupadas  pelos que dominam pelos que são dominados.

Em uma entrevista realizada pelo     hhghgjhghg

“Ela (a patroa ) quando tá assim triste, ela vem, conversa comigo, eu converso com ela. Ali a gente é como se fossem duas...duas...ela não me trata como empregada...me trata como se fosse uma filha dela...”

Nesse trecho da para perceber que as condições socioeconômicas ajudam para os relacionamentos entre empregada e empregadora para que se tornem mais próximas, registrada mesmo quando sua idade é bem próxima da patroa e mesma com as proximidades entre tantos não favorecem o desenvolvimento de sentimentos, na entrevista acima podemos perceber que mesmos as duas se dando tão bem, tendo uma relação ótima, nenhuma das duas se referem uma a outra como membro da família como, por exemplo, uma irmã.

A igualdade com as patroas também muitas vezes podem vir acompanhadas pelas fortes rivalidades e traços de competição, quando, por exemplo, a empregada quer ser igual à patroa, muitas vezes estar no lugar dela. As rivalidades aumentam ainda mais, quando as ligações entre a empregada com os filhos são mais intensas.

 Vários trabalhos de literaturas, teatros e cinemas destacaram essas relações no mundo do trabalho domestico. O clássico do teatro “AS CRIADAS” de GENET JEAN (1972), aborda as constantes e as consequências do ódio e o amor entre as empregadas e suas patroas EÇA de QUEIROZ, em O PRIMO BASÍLIO (1908), trata da inveja da personagem Juliana por sua patroa e acaba chantageando-a.

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