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Um novo partido e a ascensão nazista

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Por:   •  1/10/2014  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.450 Palavras (6 Páginas)  •  301 Visualizações

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Um novo partido e a ascensão nazista

Em tal contexto turbulento, surge, em 1920, o Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães - Nazi (abreviado do alemão Nationalsozialist), que teria Adolf Hitler como líder. Seguindo pressupostos nacionalistas, autoritários e anti-semitas, esse partido sustentava os propósitos de abolir o Tratado de Versalhes; definir que só poderia ser cidadão aquele que tivesse sangue alemão; excluir os judeus da comunidade alemã; reservar os cargos públicos aos cidadãos; fortalecer a classe média; substituir o Direito romano por um Direito alemão; reformar a escola em um sentido nacionalista; criar um exército popular; limitar a liberdade de imprensa e a artística, dentre outras medidas. Esse partido tinha um programa político que, em meio ao agravamento da crise econômica pela qual passava a Alemanha - piorada ainda mais pela quebra da Bolsa de Nova Iorque (1929) -, representou um caminho direitista e autoritário para o país. Assim, os alemães acabariam rechaçando as propostas comunistas que disputavam o poder.

Em 1923, Hitler já havia tentado tomar o poder através de um golpe de Estado, porém sem êxito. Embora ele tenha sido preso por oito meses, não desiste de seu intento e ganha notoriedade política na Alemanha. Em 1932, o líder nazista sai como candidato à Presidência da República, mas acaba sendo preterido por Hindenburg. Este governante, ao ser pressionado por grupos políticos e nomear Hitler como chanceler1 do Estado, abre caminho para a ascensão do nazismo. Com a morte de Hindenburg em 1934, além de uma série de acontecimentos que já tinham lhe favorecido antes - tais como o incêndio do Reichstag (prédio da cúpula do governo) em 1933, do qual os comunistas foram acusados -, Hitler acaba conseguindo plenos poderes para pôr fim à Constituição de Weimar e implantar a ditadura do Terceiro Reich.

A escalada de Hitler ao poder

Apesar de o contexto político, social e econômico ter favorecido a tomada de poder por Adolf Hitler, seus esforços no sentido de angariar apoio também foram cruciais para o alcance dessa posição dominante. Ao se aliar a personalidades políticas do regime de Weimar, o líder nazista conseguiu amplo poder de intervenção nas esferas administrativa, econômica, social e militar do Estado, estabelecendo uma posição diplomática importante na Europa. Assim, as negociações e pactos políticos foram decisivos para que Hitler se convertesse em Führer (chefe do Estado), haja vista que, como vimos acima, ele foi nomeado chanceler sem precisar de uma eleição ou golpe de Estado, propriamente ditos.

Além disso, alguns historiadores também têm ressaltado a importância do apoio de grande parte da sociedade em relação ao nazismo. Segundo esses estudiosos, muitos alemães teriam endossado o governo de Hitler, sobretudo devido ao receio de uma tomada de poder pelos comunistas.

O consenso alemão em relação à emergência do nazismo também pode ser explicado pelo misticismo através do qual o ditador nazista revestiu sua imagem. Hitler representou-se a si mesmo, através da propaganda nazista, como um redentor do que chamava de “a raça alemã”. O uso de técnicas de persuasão pautadas na exaltação do orgulho nacional de forma emotiva e irracional contribuiu fortemente para o sucesso do chefe totalitário.

A ideologia nazista e a barbárie do holocausto

Resumidamente, pode-se dizer que a ideologia nazista tem como princípios centrais a ideia racista de superioridade da raça ariana, isto é, da existência de uma pura raça alemã; ototalitarismo, regime no qual o indivíduo se subordina ao Estado comandado por um único chefe; e o nacionalismo, que caracterizou a luta por uma Grande Alemanha, vista como espaço vital que deveria reunir todas as comunidades germânicas da Europa. Contudo, o principal instrumento político do Estado nazista era o anti-semitismo. A mentalidade anti-semita já estava arraigada na sociedade alemã antes de Hitler ascender ao poder. Porém, ao se tornar Führer, ele propagou ainda mais a crença de que os judeus representavam uma verdadeira ameaça para os alemães. Ou seja, após o partido Nacional-Socialista alcançar seu domínio sobre o país,o povo judeu transformou-se em bode-expiatório, sendo acusado de todas as desgraças vivenciadas pela Alemanha naquelas últimas décadas.

Em sua obra Mein Kampf (“Minha Luta”), Hitler expõe, explicitamente, as justificativas para o extermínio dos judeus. Para o ditador, somente uma raça pura, sem miscigenações, conseguiria se impor, garantindo a supremacia sobre os demais grupos sociais. Considerados como os principais inimigos do regime nazista, os judeus, desde o início, eram apontados como os responsáveis pela derrota da Alemanha na guerra, pela humilhação imposta pelo Tratado de Versalhes, pela instabilidade econômica do país e da República de Weimar, etc.

A partir de 1933, os ataques físicos e psicológicos contra os judeus vão se intensificando, até que, em 1935, são instauradas as Leis de Nuremberg, a partir das quais esse povo perde seus direitos civis e o acesso a lugares públicos. Posteriormente, já durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), ocorreria o Holocausto, genocídio no qual o regime nazista empreenderia uma ação sistemática de extermínio dos judeus. Cerca de 6 milhões de judeus foram mortos em campos de concentração. Outros grupos, como ciganos e homossexuais, além de comunistas, também foram exterminados. Apesar de sempre terem evitado empregar a palavra “extermínio” como forma de camuflar essa barbárie, os nazistas denominaram este que é um dos maiores crimes da história da humanidade como a “solução final do problema judeu”

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