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A CURA DO CONCRETO

Por:   •  18/6/2015  •  Projeto de pesquisa  •  1.921 Palavras (8 Páginas)  •  465 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUINTINHONHA E MUCURI

BRUNA MAGALHÃES

ISABELA TORRES

IGOR RONALD

MARÍLIA MARTINS

SÍLVIA MACEDO

A CURA DO CONCRETO

TEÓFILO OTONI – MG

2014

  1. INTRODUÇÃO

        A partir de um estudo feito segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) pode-se afirmar que o concreto trata-se de uma mistura simples e homogênea de cimento, de agregados miúdos e graúdos, podendo conter ou não componentes minoritários (aditivos químicos e adições), que a partir do endurecimento da pasta de cimento desenvolve suas propriedades.

        Não se pode negar que um concreto com qualidade necessita de vários cuidados. Vai desde a escolha de seus materiais, a determinação de um traço que garanta a resistência e a durabilidade desejada, a homogeneização da mistura, sua correta aplicação e adensamento até a cura adequada, que garante a perfeita hidratação do cimento.

        Tratando-se da construção civil, a cura refere-se à fase de secagem do concreto. Essa por sua vez se não for realizada de maneira correta, o concreto não terá a resistência e a durabilidade almejadas.

        Ao contrário do que muitos acreditam uma cura ideal não se refere apenas deixar o concreto secar ao tempo, já que tanto o sol quanto o vento são fatores meteorológicos que o secam imediatamente. Assim, para evitar a evaporação da água necessária à hidratação do cimento é preciso de irrigação periódica (no mínimo durante os 7 primeiros dias e desejável até os 14 dias), recobrimento das superfícies ou do emprego de compostos impermeabilizantes de cura.

        O presente trabalho visa compreender a influência do processo de cura em concreto e como esse processo está totalmente relacionado nas características superficiais do concreto, como permeabilidade, carbonatação, ocorrência de fissuração, etc.

  1. Referencial Teórico

        A cura do concreto é um procedimento fundamental para a hidratação do cimento. Segundo Bauer (2001), entende-se por “cura do concreto” um conjunto de medidas que têm por objetivo evitar a evaporação da água utilizada na mistura do concreto, a qual deverá reagir com o cimento, hidratando-o. Este processo favorece a “resistência mecânica à ruptura e ao desgaste, impermeabilidade e resistência ao ataque de agentes agressivos” (BAUER, 2001, p. 260). Outro fator importante a ser considerado é que “a cura em água reduz a retração da peça na fase em que o concreto tem pouca resistência, fato este de fundamental importância, por evitar formação de fissuras de retração, que podem comprometer a impermeabilidade do concreto” (BAUER, 2001, p. 384).

        Existe uma quantidade mínima de água que possibilita a hidratação do cimento e uma boa trabalhabilidade (BOTELHO; MARCHETTI, 2010). Essa quantidade precisa ser mantida no interior do concreto por meio do processo de cura, para que seja permitido o progresso da formação de gel no cimento presente no concreto, o que o torna cada vez mais resistente e impermeável (BAUER, 2001).

        Com relação ao tempo gasto na cura do concreto, Bauer (2001, p. 260) diz que “quanto mais perfeita e mais demorada for a cura do concreto, tanto melhores serão as suas características”. No entanto, na prática, é necessário conciliar os requisitos da qualidade com os da economia. Por isso, o período mínimo de cura que atende a ambos é, em média, de 7 a 10 dias (COUTINHO, 1971 apud BAUER, 2001).

        Segundo a NBR 14931 (ABNT, 2004), “elementos estruturais de superfície devem ser curados até que atinjam resistência característica à compressão ( ) [...] igual ou maior que15 MPa”. Durante a fase de hidratação, a cura deve ser realizada o mais breve possível, para que haja água suficiente para a máxima reação das partículas na pasta endurecida (SANTANA; COSTA).

        A falta d’água na pasta diminui ou inibe as reações de hidratação, ocasionando retração hidráulica principalmente nas primeiras idades. Esse fato ocasionará fissuras que interligando os capilares, aumentará a permeabilidade na pasta (NEVILLE, 1982).

  1. MATERIAIS E MÉTODOS

        A metodologia utilizada para a realização do presente trabalho foi o estudo de monografias e artigos relacionado ao tema. Não houve uma pesquisa realizada, em que se calcula o traço mais apropriado para um concreto convencional atingir uma resistência característica à compressão, apenas leituras e compreensões de textos.

  1. RESULTADOS E DISCUSSÕES

        Sabe-se que a cura do concreto constitui uma medida adotada para evitar a evaporação da água utilizada no amassamento do concreto e assim garantir que os componentes do cimento se hidratem.

        O IBRACON, na sua missão de divulgar a boa prática do concreto recomenda um tempo mínimo de cura de acordo com o tipo de cimento e relação a/c utilizada no concreto, a seguir reproduzida.

        É importante destacar que existem autores que defendem como ideal a cura por submersão, já outros a cura por imersão em tanques de água e ao ar livre.

        Barbosa e colaboradores (1.999) citam que a cura por imersão em água do CAD provoca melhores resultados que o envolvimento em cobertores plásticos pelo fato de que a selagem da peça não permite a entrada de água para repor a água perdida na autodessecação causada pela baixa relação a/c e microestrutura compacta. Por outro lado, Agostine et al (1.996) pesquisando diferentes variações de cura em câmara úmida, complementadas por cura submersa ou envoltas em lona ou em ambiente do laboratório até 91 dias concluíram que para concretos de alto desempenho sem microssílica os melhores resultados são obtidos por cura por imersão em água, sendo estes resultados tanto melhores quanto mais cedo a imersão for feita.

        Já de segundo Bauer (2001), a cura por submersão é o método ideal, podendo ser empregado em lajes, pisos e pavimentos em que haja grande superfície exposta e não haja necessidade de utilização nos primeiros dias.

        Para a caracterização do concreto, é preciso que o método de preparação dos materiais esteja de acordo com a NBR 12655 (ABNT, 2006, p. 14) que diz: “O cimento e os agregados são medidos em massa, a água de amassamento é medida em massa ou volume com dispositivo dosador e corrigida em função da umidade dos agregados”. Além disso, de acordo com a NBR 5739 (ABNT, 2007), cada data de rompimento de corpos-de-prova cilíndricos de concreto apresenta uma tolerância de desvio de horário de rompimento, é necessário ficar atento para tal restrição.

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