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A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO COMO MÉTODO DE ENSINO DA LÍNGUA PORTUGUÊSA

Por:   •  2/11/2019  •  Trabalho acadêmico  •  1.610 Palavras (7 Páginas)  •  304 Visualizações

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A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO COMO MÉTODO DE ENSINO DA LÍNGUA PORTUGUÊSA

Isadora Pereira

Roger Nienov de Souza

Tutora Externa Patrícia Loureiro

Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI

Curso (LED0353) – Disciplina Seminário Interdisciplinar V

13/06/2019

Resumo: O presente artigo tem como objetivo apresentar a importância do lúdico como metodologia e enriquecimento de diversas disciplinas, em especial para o ensino da língua portuguesa. Fazendo uma breve abordagem a questões históricas, com as teorias de grandes filósofos e teóricos da área da educação. Foi abordado também o lúdico como ferramenta para o ensino e o lúdico como método de ensino da língua portuguesa.

Palavras-chave: Ensino Fundamental. Lúdico. Língua Portuguesa.  

1. Introdução

O mundo está em constante processo de evolução, com o avanço das tecnologias, os professores se veem com a necessidade de desenvolver novas metodologias de ensino para lecionar de forma mais criativa para chamar a atenção do seu aluno que está sempre à frente do seu tempo. Uma destas metodologias é a utilização de jogos e brincadeiras para enriquecer as aulas, com o intuito de promover a aprendizagem através da diversão com o lúdico.

A brincadeira está presente desde os primeiros dias de vida de todas as pessoas, seja através de brinquedos como bonecas e carros, seja com jogos de tabuleiros, quebra-cabeças ou até mesmo com brincadeiras ensinadas, como pular amarelinha. O ato de brincar além de proporcionar momentos de alegria e entusiasmo, auxilia em questões cognitivas, sociais, afetivas e psicológicas.

        Desta forma, quando a criança e o adulto participam de alguma brincadeira ou algum jogo, aprendem não só as regras de como brincar, mas também as frustrações e aceitações quanto ao resultado, descobrir o novo além do conteúdo em si do jogo.

2. Desenvolvimento

2.1. História

                

        Na Grécia Antiga, antes dos grandes filósofos (Sócrates, Platão e Aristóteles), o método de ensino era o Sofista, onde a educação era feita exclusivamente para os jovens da elite, desenvolvendo apenas a oralidade, para que estivessem aptos para as funções políticas.

O filosofo Platão (427-348 a.C), acreditava que a educação que se tinha em vigor naquela época não era a correta, ele acreditava que a educação tinha que começar logo nos primeiros anos da criança, fazendo o uso de jogos educativos, tal como desenvolvia problemas matemáticos de forma lúdica, e também enfatizando os esportes para a formação da personalidade e do caráter . Para Platão, em sua obra “Leis”, diz que fazer o uso de jogos era de extrema importância, entendendo que:

Brincando, aprenderá, o futuro construtor, a medir, e a usar a trena; o guerreiro, a cavalgar e a fazer outro exercício, devendo o educador esforçar-se por dirigir os prazeres e os gostos das crianças na direção que lhes permita alcançar a meta a que se destinarem (PLATÃO aput SILVEIRA, 1998,p.41)

A partir de então, a ludicidade tornou-se usual em várias áreas de ensino, tendo em vista a sua flexibilidade em se adaptar.

Para o filósofo tcheco Comênio (1592-1670) era necessário respeitar o intelecto, as aptidões e os limites de cada criança, devido as suas ideias, foi considerado o pai da didática moderna. Em sua publicação Obra Didática Magna, acreditava:

Que sejam instruídos com o método muito fácil, não só para que não se afastem dos estudos, mas até para que eles sejam atraídos como verdadeiros deleites, para que as crianças experimentem nos estudos um prazer não menor que quando passam dias inteiros a brincar com pedrinhas, bolas e corridas. (COMÊNIO, 1957, p.156)

Desta forma, entende-se que é importante tornar o ensino em sala de aula mais prazeroso, divertido, para assim ser tão atrativo quanto a momentos de descontração da criança.

A partir de então, houve a valorização do lúdico como método de ensino nas escolas. Com as ideias do filósofo suíço Rousseau (1712-1778) que acreditava no desenvolvimento cognitivo e físico das crianças, foi desenvolvido diversos brinquedos educativos. O lúdico começa a ter um papel educativo no meio escolar, tanto na pré-escola quanto nas séries iniciais do Ensino Fundamental. Desta forma, através das brincadeiras, o aluno aprende muito mais que a brincadeira propriamente dita, ele aprende a criar, inventar e a imaginar, sendo crucial para a aprendizagem.

2.2 O lúdico como ferramenta didática

        A ludicidade faz parte do cotidiano desde os primórdios da população, se tornando necessário para a saúde intelectual, física e emocional, fazendo com que a criança desenvolva o pensamento, a linguagem, a socialização, a autoestima e a iniciativa, O jogo estimula o desenvolvimento psicomotor, ou seja, na motricidade ampla e fina, estimula a desenvolver a imaginação, a iniciativa, a interpretação, estimulando a criatividade.

Segundo o filosofo Piaget (1967) “o jogo não pode ser visto apenas como divertimento ou brincadeira para desgastar energia, pois ele favorece o desenvolvimento físico, cognitivo, afetivo e moral”, ou seja, a brincadeira deve ser vista não só como meio de divertimento, mas também como método de ensino.

Os professores enfrentam muita dificuldade para fazer com que os alunos despertem o interesse na aula devido os avanços tecnológicos. Isto faz com que os professores criem métodos para estimular os alunos a despertar o interesse de modo que a tecnologia fique em segundo plano.

Com o propósito de estimular os alunos, o educador vem discutindo a respeito de como garantir o desempenho do educando, segundo os Parâmetros Curriculares Nacional de Língua Portuguesa nos anos finais do Ensino Fundamental (PCN), a aprendizagem não é só o estímulo:

A aprendizagem significativa depende de uma motivação intrínseca, isto é, o aluno precisa tomar para si a necessidade e a vontade de aprender. Aquele que estuda apenas para passar de ano, ou para tirar notas, não terá motivos suficientes para empenhar-se em profundidade na aprendizagem, A disposição para a aprendizagem não depende exclusivamente do aluno, demanda que a prática didática garanta condições para que essa atitude favorável se manifeste e prevaleça (BRASIL, 1997,p.65)

Desta forma professor deve incluir como método de ensino o lúdico através de brincadeiras e jogos para além dos estímulos já vistos, como também com o intuito de fixar o conteúdo.

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