A Literatura Brasileira

MAPA – Material de Avaliação Prática de Aprendizagem

A crônica de Lima Barreto faz uma crítica ao cenário socioeconômico na cidade do Rio de Janeiro, descrevendo com detalhes como é a vida dos seus moradores. Através do protagonista, o autor representa a marginalização de um grupo de pessoas em uma cidade que onde a segregação social se faz quase uma norma. Quando cita-se como uma quase normatização a imposição de tal divisão entre as classes, falamos das políticas públicas adotadas pela União e pelo Município, que conduzem o proletariado a uma condição de sobrevivência, principalmente pela dificuldade de obter moradia, pilar básico para uma vida de qualidade.

Quando o autor cita a política fiscal da União e medidas como a demolição de moradias, podemos entender que a narrativa que desenrolava-se até ali culminava no eixo central da crítica: O Estado não apenas se eximia de sua responsabilidade de prover o bem estar social de seu povo, mas assumia a função de agir de forma oposta. Não há ausência estatal na crítica de Barreto, mas sua presença de forma excludente e opressora.

Deste modo, e entendendo a ironia empregada por Barreto na conclusão de sua crônica, devemos encará-la como uma ferramenta de mudança social. Esta obra literária, que marca um tempo e é lembrada pelo seu caráter social e econômico é de suma importância para humanidade por contruibuir para sua conscientização e sensibilização. Ou seja, despertando com a suavidade da arte o senso de análise crítico necessário ao cidadão para a construção de uma nação desenvolvida e feliz.

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