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A NEUROLINGÜÍSTICA: UM BREVE PERCURSO HISTÓRICO

Por:   •  12/3/2021  •  Resenha  •  858 Palavras (4 Páginas)  •  161 Visualizações

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1. NEUROLINGÜÍSTICA: UM BREVE PERCURSO HISTÓRICO

Segundo Caplan (1987), a Neolinguística é o estudo das relações entre cérebro e linguagem, com enfoque no campo das patologias cerebrais, cuja investigação relaciona determinadas estruturas do cérebro com distúrbios ou aspectos específicos da linguagem. Já para Menn & Obler (1990), a Neurolinguística tem por objetivo teorizar sobre o “como” a linguagem é processada no cérebro. (MUSSALIM, BENTES, 2004) pág. 147

[...]o que sabemos na atualidade sobre a atividade cognitiva indica que há uma relação estreita entre linguagem e cérebro, ancorada na inter-relação de diferentes áreas do córtex e na interdependência de múltiplos processos ou funções cognitivas (como memória, linguagem, percepção etc.) que atuam em nossas várias formas de perceber e interpretar o mundo. (MUSSALIM, BENTES, 2004) pág. 147

1.2. AFASIOLOGIA E NEUROLINGUÍSTICA

A Afasiologia, nesse início, pode ser definida como o campo de estudo das correlações entre linguagem e determinadas áreas do cérebro que seriam por ela responsáveis. Dos estudos específicos das afasias aos estudos de processos linguísticos e cognitivos gerais do cérebro humano, normal ou patológico, deu-se um desdobramento quase natural. (MUSSALIM, BENTES, 2004) pág. 14

[...]mas há também os que, igualmente de forma tradicional, consideram a Neurolinguística um ramo (Luria, 1981) ou um subconjunto (Hécaen, 1972) da Neuropsicologia, o que significa defini-la como o campo de estudo das perturbações verbais decorrentes de lesões cerebrais. (MUSSALIM, BENTES, 2004) pág. 148

[...]a Neurolinguística, grosso modo, caracteriza um campo de investigação que se interessa de uma maneira geral pela cognição humana e de maneira mais específica pela linguagem e por processos afeitos a ela, direta ou indiretamente. (MUSSALIM, BENTES, 2004) pág. 149

A distinção entre língua e fala, central no nascimento da Linguística (Saussure, 1981) pelo viés do estruturalismo, conduziu os estudos da afasia em direção ao estudo da língua, vista como sistema fechado, autônomo, homogêneo e inato, dissociada das atividades que com ela fazem os falantes. Esta concepção de língua ajustava-se com a veiculada nos estudos afasiológicos iniciais, que a consideravam uma espécie de representação do pensamento (ou da memória, ou da percepção). Com isso, a afasia acabava sendo definida não como um problema de linguagem em toda a sua abrangência, mas basicamente como um problema de aspectos internos, subjetivados, representacionais: em suma, como um problema de “linguagem interna” (Françozo, 1987). (MUSSALIM, BENTES, 2004) pág. 150

2. AS PRIMEIRAS TEORIZAÇÕES SOBRE AS AFASIAS E A LINGUAGEM PATOLÓGICA

2.1 SOBRE AFASIAS

Segundo Coudry (1988), a afasia é uma perturbação da linguagem em que há alteração de mecanismos linguísticos em todos os níveis, tanto do seu aspecto produtivo (relacionado com a produção de fala), quanto interpretativo (relacionado com a compreensão e com o reconhecimento de sentidos), causada por lesão estrutural adquirida no Sistema Nervoso Central, em virtude de acidentes vasculares cerebrais (AVCs), traumatismos crânio-encefálicos (TCEs) ou tumores. (MUSSALIM, BENTES, 2004) pág. 155

2.2. O ESTUDO DAS AFASIAS NO ÂMBITO DA LINGUÍSTICA: JAKOBSON E A ANÁLISE LINGUÍSTICA

Naturalmente, a maneira como se lida social e subjetivamente com a afasia condiciona, de certa forma, a sorte dos que com ela convivem. Além disso, tal maneira acaba por influenciar fortemente o processo de (ré)construção linguístico-cognitiva ou a possibilidade de adaptação ou reinserção sócio-ocupacional de sujeitos afásicos.

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