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A Ortografia e transformação fonética

Por:   •  2/12/2017  •  Artigo  •  3.464 Palavras (14 Páginas)  •  212 Visualizações

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UMA BREVE HISTÓRIA DA ORTOGRAFIA BRASILEIRA

Victória Nantes Marinho Adorno

Resumo:

O artigo tem por objetivo apresentar uma pesquisa bibliográfica, sobre o percurso histórico da ortografia da língua portuguesa, que se originou através do latim vulgar. Por um longo período, as modificações eram constantes não havendo uma conformidade nos aspectos ortográficos, e por isso, precisaram-se firmar os chamados Acordos Ortográficos a fim de estabelecer um consenso entre os países que falavam o português.

Através do breve estudo foi identificado, que as propostas de sistematização da ortografia portuguesa, desde a implantação, foram motivadas por questões sócio-político-ideológicas. Revelando que fatores externos à língua podem influenciar a linguística, em especial as alterações ortográficas de um povo. No Brasil essas questões ortográficas acontecem de forma peculiar, pois também estavam relacionadas a identidade nacional da língua.

Palavras chaves: Língua portuguesa, ortografia, alterações.

Resumen:

El artículo tiene como objetivo presentar una investigación bibliográfica sobre los antecedentes históricos de la ortografía portuguesa, que se originó a través del latín vulgar. Durante mucho tiempo, los cambios eran constantes y no hay una línea en ortográfica, y por lo tanto necesitan para establecer los llamados acuerdos ortográficas con el fin de establecer un consenso entre los países que hablan portugués.

A través breve estudio se identificó que la sistematización propuesta de la ortografía portuguesa, desde la implementación, fueron motivados por cuestiones socio-políticas e ideológicas. Revelando que los factores externos pueden influir en la lingüística del idioma, especialmente los cambios ortográficos de un pueblo. En Brasil estas cuestiones ortográficas suceden de una manera peculiar, ya que también se relacionan con la identidad nacional de la lengua.

Palabras clave: lengua portuguesa, ortografía, cambio.


Introdução

O artigo tem por objetivo analisar as transformações da ortografia da língua portuguesa, dentro da perspectiva histórica dando ênfase aos Acordo Ortográfico de 1911 e formulário ortográfico de 1943, tendo como ponto de partida a obra Gramática Histórica de Ismael de Lima Coutinho (1971) e Lingüística Histórica de Carlos Alberto Faraco (2005). Compreendendo o estado da língua, verificando a ortografia e sua transformação fazendo uma breve descrição de suas ocorrências.

O maior desafio deste trabalho é analisar de forma clara e objetiva as mudanças ocorridas na escrita das palavras durante os acordos ortográficos. Contudo, começaremos como uma breve revisão dos conceitos ligados a língua portuguesa que nortearam para o objeto de estudo do trabalho.

A língua

Desde o início de nossa aprendizagem a língua se encontra presente em nosso cotidiano, todavia devemos analisar de forma científica seu conceito. Sendo assim, Língua é um instrumento de comunicação, usada por um determinado grupo, podendo ser palavras usadas com regras gramaticais para melhor compreensão. Segundo Coutinho (1976, p.24) “Língua é uma linguagem particularmente usada por um povo”.

A língua esta dividida em três categorias sendo estas: morfologia que se baseia na estrutura de cada palavra dividida em monossílabos: unidade de vocábulos, raízes invariáveis e indicam a ideia de um modo vago. Segunda classificação por aglutinação: palavras compostas de raízes, flexivas. Os elementos aglutinados se modificam na parte final. E por fim, o genealógico classifica a língua em 8 grandes famílias: indo-chinês, dravídicos, malaio- polinésio, uralo-altaico, cafre, camílico, semítico e árico. Também podendo ser classificadas em língua viva que servem de instrumento diário de comunicação entre os indivíduos e a nação, línguas mortas são aquelas não mais faladas, mas que estão registradas em documentos e as línguas extintas são as que desapareceram sem deixar registros.

O latim vem a ser um exemplo de língua morta, pois não é falada por nenhuma nação, contudo, o mesmo permanece vivo em nosso cotidiano em algumas frases ou expressões. Além disso, é a língua matriz que deu origem ao nosso idioma o português. O latim clássico


foi uma língua artificial e rígida, por isso não era usada na vida dos povos inferiores e sim pela minoria burguesa, já o latim vulgar era usado pelo povo de classes inferiores da sociedade romana. Segundo Coutinho (1976, p.24) “diz-se latim clássico a língua escrita, cuja imagem esta perfeitamente configurada nas obras de escritores latinos”.

Doravante ao latim surgiram as línguas românicas, que “conservam vestígios indeléveis de sua filiação ao latim no vocábulo, na morfologia e na sintaxe” (Coutinho, 1976, p.41). Há 10 línguas românicas, entre elas o português; houve alguns lugares que o latim não conseguiu impor-se e outros que teve que ceder depois da investida de idiomas estranhos. Os romances são modificações regionais do latim, no qual saíram às línguas românicas. As alterações das línguas românicas se verificam entre os séculos IV e VI; algumas modificações como: diversidade do meio de extensão territorial, topografia irregular, historia, etnologia e política são importantes na transformação da língua. Contudo, o latim vulgar se espalhou com a ruína do império romano e o avassalamento do domínio bárbaro, que teve como consequência o fechamento das escolas e o desaparecimento da aristocracia que ensinava as boas letras.

Gramática histórica

Estudar a historia de uma língua, é descobrir as transformações que ela sofreu durante os séculos e as que continuam acontecendo. Sua origem acaba explicando transformações que ocorrem e ocorreram. Cada palavra tem um significado que originou de alguma palavra românica ou latim vulgar. Entendendo os conflitos que se sucederam ao longo da historia para ter a língua, linguagem e dialeto como conhecemos. Para cada ramificação da historia surgem mais algumas explicações para as modificações, conhecimento de um povo e estudo que se prolonga por anos e sem o termino. A analise das transformações, das causas e dos porquês de cada uma ter acontecido, compreendendo assim todo um contexto, retomando termos e princípios de cada ramificação e ponto nela composta.

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