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"A Queda Da Casa De Usher" Edgard Allan Poe, Associada Ao Conto "Estranho" De Freud

Ensaios: "A Queda Da Casa De Usher" Edgard Allan Poe, Associada Ao Conto "Estranho" De Freud. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  3/7/2013  •  936 Palavras (4 Páginas)  •  2.382 Visualizações

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Universidade Federal do Rio de Janeiro

Professora: Flávia

Aluna: Maria Aparecida Soares de Melo

“A queda da casa de Usher” Edgard Allan Poe, Associada ao conto “Estranho” de Freud

A queda da casa de Usher é um conto do escritor inglês Edgard Allan Poe. Trata-se de uma narrativa perturbadora como todos os contos do autor. O conto investiga as profundezas escuras do subconsciente e procura os terrores ocultos da alma humana.

Toda a narrativa é construída tendo-se em mente o medo e, então, a forma escolhida foi uma novela fantástica, em que o estranho será o elemento provocador do efeito. O terror será tanto maior, quanto maior o espanto causado pelo estranho.

O Conto tem inicio durante um dia sombrio de outono, em que o narrador caminha em busca da casa de seu amigo de infância Usher. O encontro com a casa ocorre ao cair da tarde e, logo ao primeiro olhar, ele é tomado por um sentimento de angústia insuportável. Esse primeiro encontro é marcado pela queda que se presentifica, mas o narrador não sabe identificar o que é, e fica se perguntando o que está lhe causando essa angustia e esse horror.

O poder da estranheza transforma o espaço físico da casa. O narrador caminha pelo seu interior e os objetos que encontra durante o seu percurso (objetos com os quais estava familiarizado desde a infância) produzem estranhas fantasias que reforçam os sentimentos de tristeza e melancolia que o invadem desde o primeiro olhar sobre a casa. A atmosfera sombria, escura como ébano, densifica o espaço que se abre para a melancolia, matéria da desaparição que contamina os móveis, os objetos, o ar que se respira, e assim dilui as fronteiras entre a vida e a morte, o conhecido e o estranho.

A estranheza que densifica o espaço físico da casa também contamina o encontro entre o narrador e seu amigo de infância, que, por um exagero dos traços, surge deformado a ponto de tornar-se irreconhecível. O amigo de infância surge como sombra do que ele foi um dia.

Nessa aparição, surge a figura outrora familiar do amigo de infância, suspensa entre a vida e a morte. O que o narrador experimenta é o sentimento de estranheza e a desorientação de não mais saber o que está diante dele: é seu amigo? É um fantasma? Ele é ameaçado pela ausência, pela abertura. É então que Usher narra a misteriosa doença que o consome. Ele atribui a doença a uma espécie de influência, contaminação da casa em seu corpo e espírito.

Durante os dias o narrador se faz presente ao lado de seu amigo para ajudá-lo a superar a melancolia e a tristeza que habita dentro dele. Usher em um dos seus desenhos desenha um quadro que representa um labirinto que não tem saída, deixando transparecer seu sentimento de perda. Além do quadro ele declama um poema que chama a atenção do seu amigo, pois ele deixa clara a idéia de que todos os seres são dotados de sensitividade.

Essa espécie de forma humana que desfaz os limites entre o vivo e o morto remete ao tema do duplo presente em vários momentos do conto como, por exemplo, na semelhança entre Roderick Usher e sua irmã gêmea Madeline. Quando ela morre, seu corpo é conservado em um dos aposentos da casa: uma adega pequena e úmida. O narrador contempla

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