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A Questão racial na obra “o Mulato” de Aluísio de Azevedo

Por:   •  12/5/2018  •  Trabalho acadêmico  •  860 Palavras (4 Páginas)  •  1.044 Visualizações

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 UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANNHÃO

CENTRO DE ENSINOS SUPERIORES DE COLINAS-MA

CURSO DE LETRAS PORTUGUÊS

A questão racial na obra “o Mulato” de Aluísio de Azevedo

Andreane Matias da Silva

Colinas

Janeiro /2018

       SUMÁRIO

1- INTRODUÇÃO.........................................................................3

2- OBJETIVOS.............................................................................4

3- JUSTIFICATIVA.......................................................................5

4- REVISÃO TEÓRICA................................................................6

5- METODOLOGIA......................................................................7

6- CRONOGRAMA.......................................................................8

7- BIBLIOGRAFIA.........................................................................9

1 INTRODUÇÃO

O romance “O mulato” de Aluísio de Azevedo foi publicado em 1881, inaugurando o naturalismo no Brasil. A obra não foi bem recebida na terra natal do escritor, Maranhão, pelo contrário foi alvo de duras críticas. Devido a alguns temas abordados, como o preconceito, assunto delicado para a época, Aluízio de Azevedo irritou alguns políticos e sofreu pressão das publicações locais. O mulato foi publicado no período de uma grande campanha para o fim da escravatura, esse foi mais um dos motivos do grande escândalo que a obra causou na sociedade.

A obra narra à história de Raimundo, filho de uma escrava e do português José da Silva. Quando ainda criança ele foi estudar em Lisboa, tornou-se advogado, mas o seu desejo sempre foi voltar para descobrir suas origens.

Serão mostrados, através desse estudo, as questões raciais no romance “O mulato”, analisando-se os discursos racistas contidos no romance. O livro faz duras críticas à sociedade preconceituosa, e a Igreja que por muitas vezes apoiava tais atitudes preconceituosas.

Podemos notar que apesar da obra pertencer ao naturalismo, é possível identificar traços românticos, como a história de amor de Raimundo e Ana Rosa, um amor que nunca foi aceito por causa da cor de Raimundo. Mesmo sendo um advogado, estudado na Europa, ele não era bem visto pelo fato de ser mulato.

2 OBJETIVOS

2.1 GERAL

Refletir sobre a questão racial abordada no livro “O mulato” de Aluísio de Azevedo.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

  • Identificar o racismo exposto na obra “O Mulato”
  • Discutir as questões raciais que os negros sofriam
  • Caracterizar o romance naturalista
  • Descrever a sociedade maranhense no século XIX

3 JUSTIFICATIVA

A pesquisa propõe uma profunda reflexão sobre a questão social e racial, trata do processo de escravidão na cidade de São Luís, capital do Maranhão por volta dos das décadas de 1870 a 1880. Faz uma descrição da sociedade Maranhense, totalmente preconceituosa, trata-se de uma crônica maranhense com todos os seus preconceitos e mesquinharias durante o segundo império, o autor mostra através do romance como a descriminação estava enraizada na sociedade.

Aluísio de Azevedo tem como objetivo utilizar a obra como instrumento de denuncia social e racial, pretendia questionar a sociedade e denunciar o preconceito do qual os negros e mestiços eram vítimas. Além de criticar a Igreja, a qual era totalmente idolatrada pela sociedade no século XIX.

O autor usa um dos seus personagens para tal denuncia o cônego Diogo, padre capaz de cometer atitudes cruéis, um homem maquiavélico, racista e até mesmo assassino.

 

 

4 REVISAO TEÓRICA

Aluísio de Azevedo trata em sua obra da descriminação racial, obra Naturalista, que teve grande relevância social, mostra através de seus personagens a dura realidade vivida na época, relatando o tratamento cruel dado aos escravos. Durante muito tempo os negros foram desvalorizados, eram tratados como mercadoria.

Sobre o preconceito racial presente na sociedade, Vicente (2010, pag. 17) afirma que: a cor negra da pele de homens e mulheres, assim como a sua raça e cultura próprias, foram motivos de crueldade humana e de barbárie que mancharam e continua manchando a dignidade da humanidade.

O preconceito racial é histórico, vem de longe, no Brasil surgiu desde a época da colonização os negros levavam uma vida de escravos. Sabe-se que o racismo surgiu no Brasil no período colonial devido as dificuldades que os portugueses encontraram em escravizar os primeiros habitantes, os índios.  Mesmo depois da abolição, que trouxe uma certa liberdade pra raça, o complexo de inferioridade continua impregnado nos negros. Segundo Santos (1984, p. 14) “racismo é um sistema que afirma a superioridade de um grupo social sobre o outro”.

O autor retrata através dos personagens da sua obra a sociedade maranhense e consequentemente a elite burguesa no final do século XIX. Sobre isso Mérian diz:

Através do olhar de Raimundo, é o espirito critico de Aluísio de que transparece. O tedio que reina na burguesia ignorante e medíocre, os preconceitos contra os mulatos, os maus tratos que sofrem os escravos são expostos longamente e os retratos dos personagens são verdadeiras caricaturas.

O autor usa as personagens de sua obra para mostrar as questões sociais que existia na sociedade na época, personagens como Raimundo, Domingas, Ana Rosa, e tantos outros, esses que são indispensáveis para o desenvolvimento  do romance.

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