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A Saga de Duas Coxas Vestibulandas

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Por:   •  24/11/2014  •  Artigo  •  770 Palavras (4 Páginas)  •  190 Visualizações

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A Saga de Duas Coxas Vestibulandas

“Ai meu santinho da água de côco!” exclamei assustada enquanto o despertador gritava ao meu lado. “Sete horas” pensei bocejando ao caminhar para o banheiro. Escovei os dentes rapidamente ao mesmo tempo em que pensava em qual das coxas iria escrever a cola de física sobre ótica. Já que minha coxa mais bonita é a direita, fiz nela. A da esquerda enchi de coisas sobre matemática como logaritmos e fórmulas da geometria espacial.

Coloquei uma bermuda que tapasse bem minhas coxas azuladas e corri pra cozinha, esperando que o café me deixasse mais tranqüila. Não podia ter sido mais caótico. Meu irmão estava correndo por todos os lados com uma torrada na cabeça gritando “sou o rei do pãopresuntoqueijo” e minha mãe suplicava para ele que comesse tudo logo. Meu padrasto estava de cabeça pra baixo praticando ioga, calmo como um monge, no meio da sala de estar. Eu, que já estava totalmente atucanada, peguei uma torrada e saí rapidamente em direção à parada de ônibus. “Família bem doida” pensei sapateando de tão nervosa.

Tão logo entrei no ônibus, já tropecei. Minha passagem escolar caiu nos pés de um senhor e eu acabei desabando no colo de uma vovó que estava do lado oposto.

-Desculpa! Dia de vestibular né, sabem como é! – Disse aos idosos, que apenas sorriram de volta.

Sentei em um canto sozinha, tentando repassar mentalmente tudo que havia aprendido no cursinho. Lembrando apenas das piadinhas que pareciam engraçadas e das festas, me virei para o céu e pedi a Deus que me ajudasse a passar no vestibular, prometendo que iria deixar o vício de jogar criquet e colecionar borboletas. Ainda assim, eu tinha minhas coxas como carta na manga.

Descendo na frente do colégio onde faria a prova, me deparei com todas aquelas pessoas diferentes com uma única coisa em comum. Todos iriam tentar entrar para Direito, ou seja, meus inimigos mortais. Sem me dar conta, já estava me imaginando com uma granada ou uma bazooka na mão, pronta para exterminar a todos, deixando apenas um ou outro guri bonitinho para as festas futuras.

Deixando de lado meu instinto assassino, me concentrei ao máximo nas provas que iria fazer e assim, caminhei entre meus concorrentes e fui direto para minha sala. Esperando ansiosa pelo teste, comecei a me arrepender de não ter estudado o suficiente. O pior é que eu tinha estudado muito, mas ainda assim, não o bastante pra me deixar confiante. Nem mesmo minhas colas conseguiram espantar essa insegurança.

A prova logo começou e pulei duas questões de cara. Eu disse DUAS! Meu corpo começou a se descontrolar, e o suor tornou-se algo visível. Olhei para a janela em busca de um calmante visual. Pensava em meus pais e em toda grana que eles haviam gastado de cursinho. Não era justo com eles. Então resolvi buscar ajuda nas colas que havia preparado para o momento. De repente, notei que algumas gotas de suor levemente azuladas escorriam pelas minhas pernas. Comecei a sentir um frio na espinha. Poderiam perceber claramente que era uma tentativa de cola. Minhas glândulas sudoríparas começaram a trabalhar ainda mais, liberando esse liquido que estava jogando 1 ano de estudos fora. Era tudo ou nada, então pedi para ir ao banheiro.

A fiscal me acompanhou até lá sem saber que entre minhas

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