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ANÁLISE DO CONTO ACAUÃ, DE INGLÊS DE SOUZA: ASPECTOS DA MEMÓRIA INDIVIAL E COLETIVA

Por:   •  20/7/2022  •  Resenha  •  717 Palavras (3 Páginas)  •  136 Visualizações

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA

CAMPUS BELÉM

CURSO DE LICENCIATURA EM LETRAS – HABILITAÇÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA

SEGUNDO SEMESTRE 2021.2

ESTUDOS DAS NARRATIVAS ORAIS E HISTÓRIAS DE VIDA

Profa. Dra. Cíntia Acosta Kütter 

ANÁLISE DO CONTO ACAUÃ, DE INGLÊS DE SOUZA: ASPECTOS DA MEMÓRIA INDIVIAL E COLETIVA

BELÉM/PA

2022

LARISSA POÇA PIMENTA

ROBSON PEREIRA BARBOSA

ANÁLISE DO CONTO ACAUÃ, DE INGLÊS DE SOUZA: ASPECTOS DA MEMÓRIA INDIVIAL E COLETIVA

Trabalho apresentado ao curso de Letras/Português da Universidade Federal Rural da Amazônia como requisito parcial para a nota do NAP 1. Profa. Dra. Cíntia Acosta Kütter.

BELÉM/PA

2022

Com base na leitura do livro CONTOS AMAZÔNICOS, de Inglês de Souza, e dos pressupostos teóricos de Pollak, Bosi e Halbwachs, selecione um conto e desenvolva uma análise crítica que abarque a temática da memória e seus desdobramentos. (Valor: 5 pontos).

Análise do conto Acauã, de Inglês de Souza que integra a coletânea Contos Amazônicos. O conto Acauã é narrado em terceira pessoa, tranzendo um narrador que não está presente na história, a linguagem é simples e regional da época.

O obra Acauã, se passa na vila de Faro quando Capitão Jerônimo Ferreira voltando de uma caçada mal sucedida, em uma noite de sexta-feira, de repente escuta um terrível grito de uma grade sucuri que estava parindo dentro do rio. Jerônimo ao se assustar cai e permanece ali por muito tempo, mas quando acorda percebe que algo como uma canoa se aproxima e vê que detro está uma criança a dormir. Ele leva a criança para casa, dá o nome de Vitória e cria como sua filha, assim como Aninha. Aninha, aos 14 anos era alta, magra e Vitória era forte com beleza masculina e tinha hábito de passar os dias fora de casa. Ambas eram unidas, mas, Aninha parecia ter medo de Vitória. Aninha é pedida em casamento pela segunda vez e seu pai a obriga a se casar. Revoltada com a ideia de casamento da irmã, Vitória passa dias na mata. No dia do casamento Vitória sume e só aparece na hora do sim. Aninha fica estática e desmaia sobre os degraus da igreja, parecendo estar morta. O pai segue seu olhar e vê Vitória com um olhar demoníaco, a língua igual a uma cobra. Nesse momento Vitória some, Aninha dobra os braços como se fossem asas e grita -“Acauã!” “Acauã!” Nesse momento o pai lembra da noite que achou Vitória.

Podemos dizer que a memória é um elemento constituinte do sentimento de identidade, tanto individual como coletiva, na medida em que ela é também um fator extremamente importante do sentimento de continuidade e de coerência de uma pessoa ou de um grupo em sua reconstrução de si. (POLLAK, 1992, p. 200-212).

A partir da observação de Pollak (1992), podemos dizer que no conto Acauã, de Inglês de Sousa há a presença de aspectos da memória individual e memória coletiva:

“Aninha soltou um grito de agonia e caiu com estrondo sobre os degraus do altar. Uma confusão fez-se entre os assistentes. Todos queriam acudir-lhe, mas não sabiam o que fazer. Só o capitão Jerônimo, em cuja memória aparecia de súbito a lembrança da noite em que encontrara a estranha criança, não podia despegar os olhos da pessoa de Vitória, até que esta, dando um horrível brado, desapareceu, sem se saber como.” Diante desse fragmento, podemos afirmar que a memória individual se constata quando Jerônimo traz para a cena uma súbita lembrança de quando encontrou a criança em uma noite escura de sexta-feira, uma memória que só ele guardara daquela angustiante noite que viveu no passado. Já a memória coletiva é constituída no texto pelas pessoas que estão na cerimônia de casamento de Aninha, vendo toda aquela cena de confusão e medo causado pelo pássaro Acauã que gritava na igreja, considerado como presságio da morte, a Vitória que aparecera como uma defunta, com uma cabeleira feita de cobras, narinas dilatadas. Toda a essa situação constitui uma memória coletiva.

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