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ANÁLISE LINGUÍSTICA CARTAS FAMILIARES: EM TORNO DE WASHINGTON LUÍS

Por:   •  14/12/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.831 Palavras (8 Páginas)  •  253 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS

INSTITUTO DE ESTUDOS DA LINGUAGEM

CÁSSIA CARVALHO SANCHES

GUILHERME

ANÁLISE LINGUÍSTICA CARTAS FAMILIARES: EM TORNO DE WASHINGTON LUÍS

Trabalho apresentado como requisito de avaliação da disciplina Linguística Histórica II, ministrada pelo Prof. Dr. Emílio Pagotto, durante o segundo semestre de 2016, na Universidade Estadual de Campinas – Unicamp.

Campinas - SP

Dezembro de 2016

SUMÁRIO

1.        INTRODUÇÃO        

2. OBJETIVO .............................................................................................................................5

3. ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS DO PORTUGUÊS PAULISTA NO INICIO DO SÉCULO XX .............................................................................................................................6

3.1.        Ocorrências do português medieval no plano lexical        

4.        CONCLUSÃO        

5.        REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS        

6.     ANEXOS .......................................................................................................................................18

  1. INTRODUÇÃO

A compreensão do funcionamento e da evolução da linguagem se dá no estudo dos elementos mínimos da linguagem e seus sistemas, na exploração de seus sentidos, de sua estrutura e de sua forma, mas não somente. O papel social e a história da língua são de extrema importância nos estudos que a envolvem. A partir disso, considerando um recorte histórico do português do começo do século XX trazemos uma análise das cartas trocadas pela família de Washington Luís, do projeto de História do Português Paulista II.

O critério de seleção utilizado para este trabalho é a origem dos remetentes, sendo todos pertencentes à família Paes de Barros de origem paulista. O fato de serem da mesma família nos permite avaliar o nível de formalidade utilizados nos pronomes de tratamento, além verificar o grau de dialogicidade nos documentos escritos. Isso ocorre em varias cartas, sobretudo aquelas em torno de Dona Mariquinha, a então condessa de Piracicaba, sogra de Washington Luís.

A carta ,sendo um documento escrito, permite analisar o funcionamento da língua em um determinado período de tempo. As saudações bem como as despedidas, estrutura básica deste tipo de gênero textual, reflete o grau de intimidade entre os correspondentes. O uso de pronomes baseia-se segundo sua finalidade, podendo expressar o grau de formalidade ou informalidade necessários para construir o discurso.

Os pronomes são palavras usadas no lugar de um nome, ou ainda, que acompanha o nome qualificando-o de alguma forma. As gramaticas dividem os pronomes em: possessivos, demonstrativos, interrogativos, relativos, indefinidos e pessoais.

Os pronomes possessivos  indicam que alguma coisa pertence a uma das pessoas do discurso, são eles: meu, minha, meus, minhas, teu, tua, teus, tuas, seu, sua, seus, suas, nosso, nossa, nossos, nossas, vosso, vossa, vossos, vossas, seu, sua, seus, suas. Os pronomes demonstrativos (este, esta, estes, estas, isto, esse, essa, esses, essas, isso, aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo) situam alguma coisa ou  alguém no tempo, no espaço e no discurso, em relação às próprias pessoas do discurso: quem fala, com quem se fala, de quem se fala. Estes pronomes contraem-se com as preposições a, em e de.

Os Pronomes interrogativos referem-se à 3.ª pessoa gramatical e são utilizados para interrogar, ou seja, para formular perguntas de modo direto ou indireto. São : que, quem, qual, quais, quanto, quanta, quantos, quantas. Já os pronomes relativos relacionam-se com o termo da oração que está antecedente, servindo de elo de subordinação das orações que iniciam. Divididos em: que, quem, onde, o qual, a qual, os quais, as quais, cujo, cuja, cujos, cujas, quanto, quanta, quantos, quantas. 

Os pronomes indefinidos referem-se sempre à 3.ª pessoa gramatical, indicando que alguém ou algo é considerado de forma indeterminada e imprecisa. Exemplos: alguém, ninguém, outrem, tudo, nada, cada, algo, algum, algumas, nenhuns, nenhuma, todo, todos, outra, outras, muito, muita, pouco, poucos, certo, certa, vários, várias, tanto, tantos, quanta, quantas, qualquer, quaisquer, bastante, bastantes.

Por fim, os pronomes pessoais subdividem-se em pronomes pessoais do caso reto, pronomes pessoais oblíquos e pronomes pessoais de tratamento. Pronomes pessoais do caso reto são aqueles que substituem os substantivos e indicam as pessoas do discurso (eu, tu, ele, nós, vós, eles)

Pronomes pessoais oblíquos podem ser tônicos ou átonos. Quando tônicos, são sempre precedidos de uma preposição e substituem um substantivo que tem função de objeto indireto. Quando átonos, não são precedidos de uma preposição e podem substituir um substantivo que tem função de objeto direto ou de objeto indireto.

  • tônicos: mim, comigo, ti, contigo, ele, ela, nós, conosco, vós, convosco, eles, elas.
  • átonos: me, te, o, a, lhe, nos, vos, os, as, lhes.

Pronomes de tratamento são formas nos dirigirmos à pessoa com quem estamos falando ou de quem estamos falando no discurso. Exemplos: você, senhor, senhora, senhorita, Vossa Senhoria, Vossa Excelência, Vossa Eminência, Vossa Santidade, Vossa Reverendíssima, Vossa Alteza, Vossa Majestade, entre outros.

Para a realização deste trabalho recortamos apenas os pronomes de tratamento.A utilização de determinados pronomes de tratamento mediante a tantos outros presentes na língua, sugere que boa parte dos anos 90 alguns signos linguísticos tinham mais prestígios do que outros como demonstraremos a seguir. Sob a ótica da Análise do Discurso, os pronomes escolhidos para compor as cartas da família de Washington Luís é uma resposta direta ou indireta orquestrada pelo próprio discurso. Assim, segundo Pêacheux (1969), “o processo discursivo não tem, de direito, um início: o discurso se estabelece sempre sobre um discurso prévio”.

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