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ATPS De Língua Brasileira De Sinais

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Por:   •  28/10/2014  •  2.697 Palavras (11 Páginas)  •  699 Visualizações

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP

CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

CURSO DE LETRAS

LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS

Elisangela dos Santos Ribeiro RA: 6750378115

Idelma da Silva Santana RA: 6367206783

Isabel Cristina Ribeiro RA: 6505283338

Maria Alice Vargas Nery RA: 6791441737

Raylla da Rosa Cardoso RA: 7117494125

Atividade Prática Supervisionada (ATPS) entregue como requisito para conclusão da disciplina “Língua Brasileira de Sinais”, sob orientação do professor-tutor a distância Ma. Kate M. Oliveira Kamada.

Brasília

2013

Origem da Língua de Sinais

Cada país tem sua língua na modalidade oral. As línguas de sinais são línguas naturais, ou seja, nasceram “naturalmente” nas comunidades Surdas. Uma vez que não se pode falar em comunidade universal, tampouco está correto falar em língua universal.

Eriksson (1998), pesquisador surdo sueco, refere três fases na história da educação de surdos.

Primeira fase: até 1760

Entre os séculos XVI e XVIII, a educação das crianças surdas era planejada pela família. Para isso, eram contratados tutores com o objetivo de ensinar os surdos a se comunicar oralmente ou por escrito.

Segunda fase: de 1760 a 1880 – escolas para surdos

As crianças surdas passaram a ser escolarizadas em vez de individualmente, como antes. A educação formal tem, então, seu início com três diferentes princípios e propostas no que diz respeito à língua usada.

Como se pode observar, o abade de L’Epée defendia o método visual, enquanto Heinicke defendia o método oral. Estabeleceu-se, entre os dois, uma polêmica em relação à melhor língua a ser usada na educação de surdos.

O método visual baseia-se no uso dos gestos, dos sinais, do alfabeto manual e da escrita na educação dos surdos.

O método oral, ou oral-aural, baseia-se no acesso à língua falada por meio da leitura labial (ou leitura orofacial) e da amplificação do som e na expressão por meio da fala.

A preferência pelo oralismo foi reconhecida no II Congresso Internacional de Educação do Surdo, ocorrido em Milão, na Itália, em 1880, quando ficou decidido que a educação dos surdos deveria se dar exclusivamente pelo método oral.

Terceira fase: depois de 1880

As primeiras pesquisas linguísticas sobre a Língua de Sinais Americana (ASL, do inglês American Sign Language) – desenvolvidas por Stokoe, levaram à adoção de uma abordagem que contemplasse os sinais na educação de surdos, a comunicação total.

Concepção clínico-patológica

A surdez é vista como patologia, como deficiência, e o surdo, como deficiente. Sendo uma patologia, deve ser tratada, colocando-se aparelho de amplificação sonora individual ou fazendo-se implante coclear e procedendo-se a treinamento auditivo intensivo. A Deficiência auditiva é a perda parcial ou total das possibilidades auditivas sonoras, variando em graus e níveis, desde uma perda leve até a perda total da audição.

Concepção sócio- antropológica

A surdez não é concebida como uma deficiência que impõe inúmeras restrições ao aluno, mas como uma diferença na forma como o indivíduo terá acesso às informações do mundo. Segundo Santana e Bérgamo (2005), nesse contato com outro Surdo que também use a língua de sinais, surgem novas possibilidades interativas, de compreensão, de diálogo e de aprendizagem que não são possíveis por meio apenas da linguagem oral.

A maior parte das crianças surdas nasce em famílias ouvintes, que desconhecem a língua de sinais, tem dificuldade de aceitá-la e, por consequência, de usá-la com seus filhos. Strobel (2008) destaca a importância de trazer as crianças surdas para o contato com Surdos adultos com o intuito de compartilhar o sentimento identificatório cultural.

Falta à grande parte das crianças surdas um meio efetivo de interação social até que elas encontrem a língua de sinais. Esse encontro não só fornece a base para a identificação com os membros da cultura, transformando um indivíduo rejeitado em um membro participante de uma sociedade.

Cultura Surda

Os surdos constituem uma comunidade linguística minoritária, cujos elementos identificatórios são a língua de sinais e uma cultura própria eminentemente visual.

A língua de sinais, uma língua visual-espacial com gramática própria, é uma das maiores produções culturais dos Surdos (Perlin, 2006). Lane, Hoffmeister e Bahar (1996) referem que a língua de sinais tem basicamente três papéis para os surdos: ela é símbolo da identidade social, é um meio de interação social e é um depositário de conhecimento cultural.

A identidade Surda é altamente valorizada. As pessoas surdas, quando em grupos, costumam formar rodas, cujo tamanho varia de acordo com a quantidade de participantes. Atualmente, muitos surdos brasileiros usam o celular e a Internet, mas, há

pouco tempo, essa realidade era diferente. Os pontos de encontro foram e são ainda espaços de lazer e de cultura. Para atender à especificidade das pessoas surdas, as indústrias têm criado recursos tecnológicos, desde simples até altamente sofisticados, alguns dos quais são apresentados a seguir: Campainhas luminosas, Babás luminosas, Relógio de pulso vibratório, Despertador vibratório, Telefone para surdos, Celular com acesso a Libras e Aplicativos de tradução.

As formas artísticas das línguas de sinais têm papel importante na transmissão da cultura e da história de geração a geração de pessoas surdas. A comunidade surdanos últimos anos, vem registrando a história dos surdos nas diferentes fases, piadas, poesias, poemas, rimas, contos e lendas que produzidos servem como evidências da identidade e da cultura Surdas. Martins (2004, p. 204-205) afirma que: “Sem língua não existem nem os surdos nem o modo de ser, cultural, surdo. Existiriam

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