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Análise do conto os Revoltosos

Por:   •  4/5/2015  •  Resenha  •  418 Palavras (2 Páginas)  •  361 Visualizações

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Análise do conto Presente dos Revoltos

        Com o conto o Presente dos Revoltosos podemos em dias atuais visualizarmos como era a realidade e as peculiaridades locais da cidade de Porto Nacional. O conto faz uma crítica social da vida do pobre/negro representado aqui pelo personagem Milton Capivara, que viviam na região, porém, à margem de seus direitos e ainda sendo saqueados pelos revoltosos da Coluna Prestes. Encontramos a típica figura do sertanejo no homem de cócoras: “Pé-de Anta, agachado nos calcanhares, foi contando as diabruras dos revoltosos na região.” (p.49) Logo, um dos interesses do regionalismo é esse: o interesse pela vida brasileira.

A narrativa apresentada através da linguagem utilizada pelos personagens além de retratar a realidade local é muito próxima da oralidade e do linguajar local e ainda, conta o ponto de vista da vida do povo negro e pobre através da fala caipira, com ditos populares e mostrando as peculiaridades do ambiente local como, por exemplo: “Já estão na tapera do pequizeiro; saiu correndo, azeitando as canelas pra dentro do rancho”. Notamos também que os nomes dos personagens são bem sugestivos com aspectos da região: Milton Capivara; Joaquinzão-Pé-de-Anta; Zeca Lagoeiro; Totó Brabeza; Manoelão Coxó e dona Mariona.

No conto o autor faz uma crítica ferrenha, com uma dose de humor às passagens dos revoltosos da Coluna Prestes pelo Tocantins, se apossando dos bens dos sertanejos e com isso, a vida dos sertanejos voltava ao zero uma vez que os invasores roubavam-lhes todos os pertences como o gado, além de destruírem tudo o que lhes convinham e estupravam as mulheres. “Aquelas vacas custaram-lhe muito suor (...)” “Passou muitas precisões de boca com a família para ajuntá-las. E agora?” (...) Como enfrentar aqueles ladrões e desordeiros da Coluna Prestes, com um facão? (pág. 48).

A vida do sertanejo não tinha perspectiva uma vez que viviam sempre esperando pelo pior, não havia justiça que amparasse o pobre e negro sertanejo que vivia à margem social. Podemos apontar a presença de alguns aspectos do regionalismo universal como a morte, pessimismo, ou seja, não há redenção para o personagem e independentemente de suas atitudes e escolhas, a desigualdade permanecerá e o futuro será como o dia de hoje onde o sertanejo viverá sempre esperando que o pior aconteça.

Notamos também que não há uma carga psicológica nos personagens regionalistas. Entende-se que o sertanejo quer viver, mas não tem consciência de seu papel social. O sertanejo vive e sobrevive no e do ambiente físico em que está inserido.  

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