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As Origens Da Linguagem

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Por:   •  26/11/2014  •  1.146 Palavras (5 Páginas)  •  427 Visualizações

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As Origens da Linguagem

Há dois milhões de anos, forçados por várias restrições, os primeiros humanóides saíram do continente africano e rapidamente se espalharam pelos quatro cantos do globo. E na África, há cem milhões de anos, surgiu o homo sapiens um humanóide com o dom da fala, e de onde muitos se perguntam: Será sido ele o primeiro a falar?

Os pesquisadores de todas as disciplinas hoje em dia contestam essa idéia amplamente aceita e investiga nosso primo mais próximo, o homem de neandertal, caçador incansável e fora do comum, que apareceu na Europa há uns trezentos mil anos.

Para saber se o homem de neandertal falava, os cientistas precisam interpretar cada pista. E como a linguagem não deixa registros fósseis, eles formaram hipóteses a partir das atividades, como a caça.

Cientistas que estudam essa espécie de neandertal o consideram mais evoluído e mais semelhante a nós do que se pensava originalmente. Cientistas dizem que o homem de neandertal transportava pedaços de carne de rena e extraía o máximo de comida, como preservação para consumo futuro. Toda a operação exigia um tipo de linguagem incomum, necessária para a comunicação entre os membros que estavam envolvidos. Assim, tudo indica que esses povos tinham habilidades muito semelhantes as nossas.

Em 1981, Jean Loren, um pesquisador do museu nacional de história natural de Paris, começou a restaurar um crânio de um homem neandertal de 50 mil anos descoberto no começo do século xx. Por causa desse crânio, os cientistas concluíram que o homem de neandertal era incapaz de falar. Porém um pesquisador afirma que a base do crânio estava numa posição muito horizontal que leva você a pensar que a posição é mais parecida com a de um macaco, dando margem a uma controvérsia que surgiu há trinta anos e que dizia que os neandertais não usavam linguagem falada. Essa reconstituição joga fora todas essas idéias e demonstra que com a base do crânio inclinando como os humanos de hoje, a habilidade de fonação é possível já que agora existe um mecanismo alinhado a postura corporal.

Um ano depois, em 1982, uma nova idéia surgiu. A descoberta ocorreu numa caverna do monte carmel, no oriente médio. Em um cemitério neandertal de 60 mil anos, descobriram um esqueleto inteiro, intacto, com todas as conexões anatômicas e encontraram indícios de fonação no esqueleto, o osso Heidi. Essa descoberta fez com que alguns cientistas reconhecessem que antes do advento da pintura rupestre já existia linguagem articulada.

Até hoje existe uma teoria muito aceita, que macacos, bebês de neandertais não falam porque a faringe deles é muito estreita. Hoje, porém, as pesquisas indicam que primeiro o canal de fonação de um macaco, ao nascer, é exatamente igual ao de um bebê humano. Só que o bebê, a partir dos sete meses vai rapidamente começar a balbuciar, e logo, falar.

Cientistas já demonstram que o canal de fonação de um macaco adulto e um chimpanzé adulto é capaz de produzir todos os sons existentes de todas as línguas do mundo, mas nenhum chimpanzé é capaz de falar. Então se um chimpanzé não pode falar não é por causa do canal de fonação, e sim, porque ele não consegue controlar o canal de fonação, e devido à inabilidade de associar gestos com sons e significados.

Percebe-se que apenas o órgão de fonação não basta para poder falar, então onde deveríamos procurar a origem da linguagem?

Pesquisadores acham que deveríamos procurar a resposta em arquivos arqueológicos. Pois no momento em que se vêem ferramentas padronizadas, que apareceram há uns 2 milhões de anos, já são um sinal da existência da comunicação feita provavelmente através de linguagem. Eles lascavam a ferramenta até não poder mais usar, e isso mostra uma capacidade de compreensão muito complexa.

Imaginar uma forma antes de escupila, idealizar um objeto que não existe ainda, é essência de uma atividade abstrata, e a linguagem não pode existir sem o pensamento abstrato. E procurar a origem da linguagem implica em estudar os traços do pensamento abstrato.

Os Neandertais usavam fragmentos de óxido de manganês como corantes, há uns 50 mil anos. Os Neandertais fizeram ranhuras friccionando o corante contra um

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