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CANTIGAS DE AMOR, AMIGO, ESCARNIO E MALDIZER

Por:   •  13/5/2018  •  Relatório de pesquisa  •  870 Palavras (4 Páginas)  •  731 Visualizações

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CANTIGAS DE AMOR

  • O amor na antiguidade Greco-Romana como desejo de completude.
  • Indícios das influências árabes sobre o “amor cortês”. Afinidades: culto à beleza, escalas do amor, elogio à castidade, visão do amor como revelação de uma realidade transumana.
  • Razões para a Igreja condenar o amor cortês: atitude diante do casamento; amor fora do casamento; adultério; os ritos da cortesia amorosa estarem desligados da procriação e a deificação da dama.
  • A fidelidade incondicional e a convicção de que o amor enobrece.
  • Insere na cantiga lamentações, mágoas, imagens de morte e por vez deixa de lado “toda a mesura imposta pela disciplina da escola cortês” para lançar imprecações contra Deus que permite tamanho sofrimento.
  • Não há descrição de paisagem, ou recurso imagéticos, as poucas descrições sobre a donzela amada limitam-se à referências aos olhos que resume todo encanto, instrumento de feitiço, pelo qual o poeta recebe tanto o bem quanto o mal.
  • O tema constante da cantiga de amor é a coita, a paixão vivida pelo homem que está a serviço de uma dama.

[pic 1]

Coita é um estado emocional dado pela falta da reciprocidade amorosa. Nas cantigas trovadorescas de amor, o homem se colocava como vassalo de sua amada, em um amor impossível, e assim, sofria a coita amorosa de não poder alcançá-la.

  • Se os cantares da amigo se caracterizam por um certo realismo, as cantigas de amor tendem ao idealismo, onde a mulher, muitas vezes, tende para a abstração.
  • As influências provençais sobre as cantigas de amor são tão inegáveis que emergem para a superfície da linguagem: Sen = senso; cor = coração; prez = preço; gréu = grave, pesado.
  • Tratam de uma experiência sem correspondência, de uma aspiração a um objeto inatingível, de um estado de tensão que, para permanecer nunca pode chegar ao fim do desejo.
  • A presença do refrão e do paralelismo dá à maior parte das cantigas de amor um tom de lamento repetido e insistente.
  • Contam-se entre estes processos formalistas os do “dobre” – repetição da mesma palavra por cada estrofe, sempre nos mesmo lugares, jogando por vezes com os seus sentidos vários.

- Artifícios poéticos:

  • “Mordobre” – difere do dobre por se não fazer com uma forma única, mas com flexões da mesma palavra ou com formas etimologicamente afins. (Verbos)
  • Atá-fiindas – cada estrofe termina no meio da frase, de modo que o leitor tenha de procurar o complemento na estrofe seguinte.
  • “Palavra perduda” – verso branco, é também considerado na Arte de Trovar como um artifício de mestria.
  • Cantigas ateúda: cavalgamento, ligação sintática entre todas as estrofes

[pic 2]

A vassalagem amorosa ocorre quando o eu lírico manifesta um sentimento de devoção à pessoa amada. Numa perspectiva submissa e contemplativa, implora por amor e atenção. O ser amado, no entanto, não retribui e, não raro, despreza esse amor.

CANTIGAS DE AMIGO

  • Temário das cantigas de amigo é representado pelas circunstâncias da natureza.
  • A estrutura mais rudimentar denomina-se paralelística (esquema paralelístico, ou anafórico, que é a repetição da primeira estrofe, com a substituição das últimas palavras).
  • Cantigas de amigo são a expressão da vida campesina e urbana; cantares de amor são a expressão do ambiente refinado da corte.
  • Na Galiza e em Portugal a mulher aparece representada principalmente pelas meninas casadouras que vibram de saudades pelo namorado que foi combater o mouro invasor.
  • Estrutura rítmica simples, vocabulário repetitivo, rimas pobres e toantes.
  • Da mãe a moça ouve proibições e conselhos e com as amigas que desabafa sobre a coita.

CANTIGAS DE ESCARDIO E MAL DIZER

  • O riso exerce o papel regulamentador de reprimir os desvios; mas também conserva seu caráter subversivo;
  • Quanto às cantigas de escárnio e maldizer, são de assunto satírico e chamam-se escárnio se o poeta se exprime ironicamente, sugerindo uma apreciação oposta à que pretende fazer, ou simplesmente se abstém de nomear o satirizado; de maldizer, se o poeta acusa direta e nomeadamente.
  • As cantigas de maldizer são aquelas em que o trovador fala abertamente de algum aspecto da realidade que seja provocador de riso, não há nenhuma intensão de se esconder ou disfarçar o alvo da crítica. Já nas cantigas de escárnio procura-se fazer críticas com palavras ambíguas que possam provocar duplo sentido, dando ao leitor “o prazer de um jogo de interpretação”.
  • As cantigas de escárnio e maldizer tratam, na sua grande maioria, certos aspectos particulares da vida de corte e especialmente da boémia jogralesca.
  • O cômico para denunciar as fragilidades das convenções (politica, religiosa, social, moral)

Modalidade:

  • Lírica: Cantigas de Amor e Cantigas de Amigo;
  • Satírica: Cantigas de Escárnio e Cantiga de Maldizer.  

Gênero:

  • Cantiga de Amor (voz masculina, idealização e distanciamento da amada, “senhora” o poeta fica na posição de fiel vassalo, fica as ordens de sua senhora, dama da corte, onde esse amor é considerado como um objeto de sonho, ou seja, impossível, que está longe).
  • Cantiga de Amigo (voz feminina, paralelismo, refrão, “amigo”);

Assuntos: bailadas, alvas (ideia de dia, alvorada, fim de noite), barcarolas (marítimo), pastorelas (pastoril), amor, romaria (peregrinação);

  • Cantiga de escárnio (crítica (sátira) indireta e com duplos sentidos a alguém);
  • Cantiga de Maldizer (sátiras diretas, agressões verbais à pessoa que está sendo criticada, palavrões, revela ou não o nome da pessoa que está sendo agredida verbalmente).

Estilo:

  • Mestria (livres de elementos populares, não contem refrão);
  • Refrão.

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