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Caro Senhor Pero Vaz de Caminho

Por:   •  4/4/2020  •  Trabalho acadêmico  •  1.301 Palavras (6 Páginas)  •  515 Visualizações

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Atividade avaliativa 1

Tema: Literatura Brasileira

Literatura do período colonial

Como bem expressa Antonio Candido (2006, p. 99), “Os homens que escrevem aqui durante todo o período colonial são, ou formados em Portugal, ou formados à portuguesa, iniciando-se no uso de instrumentos expressivos conforme os moldes da mãe-pátria”. No caso do Quinhentismo, que compreende os primeiros textos registrados em nosso território, as produções eram de autoria portuguesa e tinham como finalidade informar sobre as terras recém-descobertas ou formar os povos que aqui habitavam em consonância com os valores do colonizador, principalmente no que diz respeito à fé cristã.

Com base nas videoaulas e no texto de Antonio Candido acerca do tema, proceda à leitura da Carta de Caminha e, em seguida, observe a letra da música Índios, lançada em 1986, no álbum Dois, de Legião Urbana:

Quem me dera ao menos uma vez

Ter de volta todo o ouro que entreguei a quem

Conseguiu me convencer que era prova de amizade

Se alguém levasse embora até o que eu não tinha

Quem me dera ao menos uma vez

Esquecer que acreditei que era por brincadeira

Que se cortava sempre um pano de chão

De linho nobre e pura seda

Quem me dera ao menos uma vez

Explicar o que ninguém consegue entender

Que o que aconteceu ainda está por vir

E o futuro não é mais como era antigamente

Quem me dera ao menos uma vez

Provar que quem tem mais do que precisa ter

Quase sempre se convence que não tem o bastante

Fala demais por não ter nada a dizer

Quem me dera ao menos uma vez

Que o mais simples fosse visto

Como o mais importante

Mas nos deram espelhos e vimos um mundo doente

Quem me dera ao menos uma vez

Entender como um só Deus ao mesmo tempo é três

E esse mesmo Deus foi morto por vocês

Sua maldade, então, deixaram Deus tão triste

Eu quis o perigo e até sangrei sozinho, entenda

Assim pude trazer você de volta pra mim

Quando descobri que é sempre só você

Que me entende do início ao fim

E é só você que tem a cura pro meu vício

De insistir nessa saudade que eu sinto

De tudo que eu ainda não vi

Quem me dera ao menos uma vez

Acreditar por um instante em tudo que existe

E acreditar que o mundo é perfeito

E que todas as pessoas são felizes

Quem me dera ao menos uma vez

Fazer com que o mundo saiba que seu nome

Está em tudo e mesmo assim

Ninguém lhe diz ao menos obrigado

Quem me dera ao menos uma vez

Como a mais bela tribo

Dos mais belos índios

Não ser atacado por ser inocente

Eu quis o perigo e até sangrei sozinho, entenda

Assim pude trazer você de volta pra mim

Quando descobri que é sempre só você

Que me entende do início ao fim

E é só você que tem a cura pro meu vício

De insistir nessa saudade que eu sinto

De tudo que eu ainda não vi

Nos deram espelhos e vimos um mundo doente

Tentei chorar e não consegui

 

Note que há uma mudança de perspectiva de um texto a outro: na Carta, Pero Vaz de Caminha escreve ao rei de Portugal com o intuito de descrever as terras e os povos encontrados no território americano; na canção, o eu-lírico caracteriza-se como um membro desse território recém-descoberto, um americano. Em outros termos, tem-se por um lado a voz do colonizador e por outro a do colonizado.

Com base nessa discussão sobre a diversidade de formas de referir-se aos mesmos acontecimentos históricos, dependendo do contexto de produção, dos interesses, dos interlocutores e das visões de mundo de cada um, escreva uma carta de resposta a Pero Vaz de Caminha, considerando o lugar que você ocupa na história (resultado desse processo de colonização, latino-americano etc.). Diga que você leu a carta escrita por ele e argumente sobre o conteúdo nela expresso. Aproveite para contar ao seu remetente um pouco sobre o que é o Brasil no século XXI, tanto tempo depois da chegada dos portugueses. O texto deverá ter entre 20 e 60 linhas.

Caro senhor Pero Vaz de Caminho, ao ler na sua carta, pude observar que o senhor informa ao rei como era a terra aqui do Brasil: que vocês chamaram ilha de vera cruz ”A terra nova”, como eram seus povos e seus costumes, sua caça e sua pesca sua origem e também sua religião, e os índio foram os primeiros povos abitar na terre novas, que era o maior objetivo a busca de ouro e a preta, engava os índios e começava a fazer a troca de ouro, prata e madeira por quinquilharias vindas da Europa. Os portugueses traziam os indígenas para as embarcações a fim de estabelecer um melhor contato com os indígenas. No início, eles mostraram-se muito esquivos, mas com o passar dos dias passaram a conviver mais com os portugueses e, até mesmo, ajudá-los no que precisavam e levá-los às suas aldeias. Foram realizados uma missa, construíram uma enorme cruz. Tudo para mostrar aos nativos a acatamento que tinham pela cruz, ou melhor, pela religião. Nem se quer respeitado os costumes e suas doutrina dos povos indígenas de forma que vontade de os converter à igreja, tendo em vista, sua inocência, já que faziam tudo o que os portugueses faziam ou mandavam… A intenção de dominá-los é facilmente observada na seguinte passagem: “Contudo, o melhor fruto que dela se pode tirar parece-me que será salvar esta gente.  

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