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Coerência sintática

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Por:   •  10/4/2014  •  Seminário  •  1.190 Palavras (5 Páginas)  •  792 Visualizações

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Coerência sintática

Refere-se aos meios sintáticos usados para expressar a coerência semântica: conectivos, pronomes etc.

Trata da adequação entre os elementos que compõem a frase, o que inclui também atenção às regras de concordância e de regência.

Incoerência sintática 

 

As pessoas que têm condições procuram o ensino particular, onde há métodos, equipamentos e até professores melhores.

Apesar de haver comunicabilidade, já que possível compreender a informação, a coerência desse período está inadequada.

 

Ela poderia ser restabelecida se fosse feita uma alteração: a troca do pronome relativo onde, específico de lugar, para no qual ou em que (ensino particular, no qual/em que há métodos).

Coerência estilística

Vem da utilização de linguagem adequada às possíveis variações do contexto. Na maioria das vezes, esse tipo de coerência não chega a perturbar a interpretabilidade de um texto.

É uma noção relacionada à mistura de registros linguísticos (formal x informal, por exemplo). É desejável que quem escreve ou lê se mantenha em um estilo relativamente uniforme.

O ilustre advogado observou que sua petição não prosperaria, haja vista seu cliente ter enfiado o pé na jaca.   

Imagine iniciar uma fala, em um contexto formal, com palavras mais “sofisticadas” e depois misturar com uma forma de linguagem bem popular, usando gírias.

 

Esta incoerência poderia parecer inclusive uma brincadeira, modificando o sentido que o autor da frase desejava.

Coerência pragmática

Podemos dizer que esse tipo de coerência é verificado através do conhecimento que possuímos da realidade sociocultural, que inclui também um comportamento adequado às conversações.

Refere-se ao texto visto como uma sequência de atos de fala. Para haver coerência nesta sequência, é preciso que os atos de fala se realizem de forma apropriada, isto é, cada interlocutor, na sua vez de falar, deve conjugar o seu discurso ao do seu ouvinte, de forma a manter a expectativa de conteúdo de acordo com a situação em que o texto é usado.

Incoerência pragmática

 

Veja esta conversa entre amigos:  

― Maria, sabe dizer se o ônibus para o Centro passa aqui?

― Eu entendo, João. Hoje faz um ano que minha avó faleceu. 

 

Note que Maria, na verdade, não responde a pergunta feita por João, pois não estabeleceu uma sequência na conversa.

 

Ela propôs outro assunto, irrelevante para a pergunta feita.

Assim, percebemos que na sequência de falas deste exemplo não há coerência.

“Ter textualidade ou textura é o que faz de uma sequência linguística um texto e não uma sequência ou um amontoado aleatório de frases ou palavras. A sequência é percebida como texto quando aquele que a recebe é capaz de percebê-la como uma unidade significativa global. Portanto, tendo em vista o conceito que se tem de coerência, podemos dizer que é ela que dá origem à textualidade.”

Conhecimento linguístico

O Conhecimento linguístico consiste no domínio das regras que norteiam a língua, isso vai possibilitar as várias combinações dos elementos linguísticos.

Conhecimento de mundo

É o conhecimento proveniente de nossas experiências com o mundo, resultante da interação sociocultural. Através dessa interação, armazenamos conhecimento, constituindo os modelos cognitivos.

É uma espécie de arquivo que guardamos em nossa memória, como se fosse um dicionário, relacionado ao mundo e à cultura a que temos acesso.

Por exemplo, ao chegar a um funeral, sei o comportamento que devo ter, como cumprimentar as pessoas, qual traje usar etc. Em um funeral, portanto, é aceitável dizer “é com muito pesar que trago meus sentimentos”, e não é aceitável dizer “é com muito prazer que trago meus sentimentos”.

Conhecimento partilhado

Conhecimento compartilhado entre as pessoas, entre quem estabelece uma interação. Essa interação se torna possível graças à experiência comum dos envolvidos.

Por exemplo, as regras comunicadas em reuniões de condomínio passam a ser conhecidas por aquele grupo de condôminos.  

Inferência

São as reflexões que fazemos a partir de alguma ideia, a partir de determinado texto. Incluem as deduções, conclusões que construímos juntamente com quem conta ou escreve uma história, um fato etc.

Por exemplo, quando alguém diz que foi ao médico ver um problema nos olhos, podemos deduzir que está falando de um oftalmologista.

Contextualização

São os elementos que “ancoram” o texto em uma situação comunicativa determinada, como a data, o local, a assinatura, elementos gráficos, timbre, título, autor.

Em

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