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Como as línguas nascem e morrem? O que são famílias linguísticas?

Por:   •  18/9/2018  •  Abstract  •  1.320 Palavras (6 Páginas)  •  1.005 Visualizações

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  FICHAMENTO DE RESUMO

 

Referência Bibliográfica:

 CASTILHO, Ataliba. Como as línguas nascem e morrem? O que são famílias linguísticas? Disponível em < http://museudalinguaportuguesa.org.br/estacao-educativo/biblioteca/lingua/ >, acesso em 25 de ago 2018.

1. Como teriam surgido as línguas do mundo?

“Não se sabe exatamente como surgiram as línguas do mundo. Primeiramente, acreditava-se na hipótese monogenética, segundo a qual todas as línguas derivavam do hebraico, que teria dado origem às línguas hoje conhecidas depois do episódio daTorre de Babel. Essa crença se baseia no que vem na Bíblia”.(p.2)

Segundo o autor, essa hipótese monogenética foi descartada com os avanços dos estudos sobre a língua, e foi constatado nesses estudos que essa teoria não fazia sentido devido a grande diferença de estruturas das línguas.

“Os linguistas logo se deram conta de que, antes de responder a essas questões, seria necessário continuar descrevendo e comparando as línguas, tendo por objetivo (1) identificar as grandes famílias linguísticas que ressaltariam das comparações entre umas e outras, (2) descrever as ”línguas-filha”, e (3) estabelecer as tipologias linguísticas”.(p.2)

Castilho diz que, como no mundo ha milhares de idiomas, o estudo sobre essa origem da língua ficou por um tempo congelado, pois devido a esses inúmeros idiomas presentes no mundo, isso se torna uma tarefa muito difícil de se chegar a uma conclusão.

2. As línguas do mundo derivam de uma só língua?

“A língua portuguesa pertence à família do Indoeuropeu, porém houve outros lances nessa família, e com isso não se pode dizer que o Indoeuropeu deu origem diretamente ao Português. Entre uma e outra, tivemos o Latim”. (p.3)

Segundo o autor, ha várias famílias linguísticas, dentre elas surge o Português, nosso idioma.

3. O nosso caso: o Indoeuropeu e o Latim como os antepassados do Português

“O surgimento da língua portuguesa no Noroeste da Península Ibérica e seu transplante para o Brasil tem tudo a ver com duas famílias linguísticas: o Indoeuropeu e o Latim”. (p.3)

“Entende-se por Indoeuropeu um conjunto de línguas, aparentemente faladas seis mil anos atrás, portanto, a partir do 4.000 a.C. Seus usuários eram indivíduos ágrafos, isto é, gente que não dispunha de língua escrita”.(p.4)

Castilho relata que, já que os indoeupeus não escreveriam, se não fossem os primeiros linguistas, essa língua não existiria mais. Eles agiram como verdadeiros detetives, procurando cada palavra através das “linguas-filhas”, para fazer uma constituição dessa língua.

“A consciência de que o Indoeuropeu existiu como uma grande família linguística tomou forma apenas a partir do séc. XVIII, quando principiou sua reconstituição a partir da comparação de suas línguas-filhas ainda hoje faladas no oeste da Ásia (Irã, Paquistão, Índia e Ceilão) e na Europa quase toda”.(p.5)

Para Castilho, o significado de Indoeuropeu contem uma grande família de línguas, que ocorreu devido a migração de povos asiáticos, rumo à Europa.(p.5)

“A “descoberta” do Indoeuropeu se deu a partir do final do século XVIII, quando viajantes europeus conhecedores de Latim, Grego e Gótico (variedade do Protogermânico), ao passearem pela Índia, notaram várias semelhanças em palavras dessas línguas e do Sânscrito, língua usada pelos sacerdotes indianos em suas celebrações religiosas”.(p.5-6)

“Podemos simplificadoramente dizer que a parte mais importante do Indoeuropeu são três grandes grupos linguísticos: as línguas eslavas, as línguas germânicas e as línguas românicas, às quais pertencemos”.(p.7)

4. Os indoeuropeus e o Latim: Roma e panorama linguístico da Península Itálica a partir de 2.000 a.C.

“Os indoeuropeus invadiram o que é hoje a Itália a partir do segundo milênio antes de Cristo, ocupando uma pequena parte desse território em duas ondas migratórias distintas: (i) o indoeuropeus que se localizaram no Lácio, e por isso foram chamados latinos, e (ii) os Oscos, que se localizaram a leste e ao sul do Lácio, e os Umbros, que ficaram no noroeste do Lácio”.(p.7-8)

O autor nos fala sobre a criação de Roma, que foi fundada no seculo Vlll a.c , e se consolidou aos poucos, assim, o Império Romano se iniciou ocupando a bacia mediterrânea e indo ate as Ilhas Britânicas.(p.9)

“Do Grupo Itálico resultou o Latim Vulgar, e deste, as Línguas Românicas, como o Português.(p.10)

O Latim vulgar era aquele falado pelas classes menos abastardas, mas não era escrito.

5. Mas como era mesmo o Latim?

Castilho(p.10-11) nos fala que, o latim, assim como o Português e outras línguas, sofreu variações além do tempo, portanto temos ai vários tipos de latim, que especificaremos abaixo:

Latim Arcaico (séc. VII a. C. até o séc. III a.C.). Nesse período, a sociedade romana deveria ter apresentado uma grande homogeneidade. A partir do séc. III a.C., sobretudo por causa dos contactos com os gregos, a sociedade romana se cindiu em dois grupos socioculturais: os romanos cultos e os romanos incultos.

 Latim Vulgar (séc. III a. C. até o séc. VII d.C.). O Latim Vulgar é uma continuação do Latim Arcaico. Essa variedade tecnicamente não morreu, pois  foi continuada pelas línguas românicas que dela derivaram. O Latim Vulgar era a variedade praticada pelas classes incultas do Império, sendo só falada.

Latim Culto (séc. II a.C a V d.C.). Era a variedade praticada pelas elites romanas, apresentando-se nas formas falada e escrita. O Latim Culto escrito, utilizado na Literatura Romana, desapareceu por volta do séc. V d.C, e o Latim Culto falado morreu por volta do século VII d.C.

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