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Dedução De Ideias E Pontos De Vista Implícitos Ao Texto;

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Por:   •  22/10/2014  •  2.228 Palavras (9 Páginas)  •  3.159 Visualizações

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- Dedução de ideias e pontos de vista implícitos ao texto;

Existem alguns meios importantíssimos que nos ajudam a compreender melhor os enunciados e a construir argumentos mais eficazes para transmitirmos nossas ideias com clareza. Por isso, iremos estudar agora sobre como depreender informações implícitas, as estratégias de argumentos por dedução e indução, e algumas normas linguísticas para melhor argumentar. Vejamos primeiramente sobre as informações implícitas.

Para falarmos sobre esse assunto, iremos tratar da questão dos pressupostos e subentendidos. Provavelmente, você deve estar se perguntando, neste exato momento, “O quê??? Nunca vi isso em prova e em lugar nenhum!!”. Pois é, essa é uma questão que vem sendo muito cobrada em alguns concursos, além disso, o estudo dessa questão irá nos ajudar muito a compreender as informações que estão implícitas num enunciado, para podermos contra argumentar com clareza.

Dessa forma, iremos tratar de ideias implícitas, seja através de termos expressos na frase, como também não expressos. A partir daí, é necessário, inicialmente, perceber a diferença entre ideias implícitas e explícitas.

No caso de ideias explícitas, o leitor não precisa refletir muito sobre o que está lendo. É possível absorver todo o conteúdo passado pelo escritor sem a necessidade de análise de ideias adicionais ou escondidas (a famosa leitura das entrelinhas).

Observe a seguinte frase:

Augusto fez o ensino médio na escola pública, no entanto aprendeu alguma coisa.

Podemos ver que esse enunciado transmite duas informações de maneira explícita:

a) Augusto fez o ensino médio; b) Ele aprendeu algo.

Ao ligar essas duas informações com um “no entanto”, aquele quem produz o enunciado comunica, de forma implícita, sua crítica ao sistema do ensino público, sugerindo que aquele que saiu desse sistema de ensino não aprendeu coisa alguma.

Um dos aspectos mais intrigantes na leitura de um texto é a verificação de que ele pode dizer coisas que parece não estar dizendo. Além das informações explicitamente enunciadas, existem outras que ficam subentendidas e pressupostas. São justamente essas mensagens adicionais e escondidas que vão nos interessar neste momento. Vejamos primeiramente a questão dos pressupostos.

Pressupostos

O que são pressupostos? Veja-se o seguinte exemplo prático: “Marco Antonio parou de fumar.” Para se aceitar o fato de Marco Antônio ter deixado de fumar, toma-se, como verdadeira, outra informação que, embora não dita na frase, é logicamente pressuposta pelo verbo parar de, ou seja, se Marco Antônio parou de fumar, é porque antes ele o fazia. Portanto, os pressupostos são circunstâncias ou fatos considerados como antecedentes necessários a outros.

Ao analisar as relações de sentido que ocorrem num texto, algumas palavras ou expressões introduzem o que chamamos de pressuposição. Entre os vários indicadores linguísticos de pressuposição que existem, podemos os adjetivos ou palavras similares que modificam o substantivo, verbos que indicam mudança ou permanência de estado, advérbios, orações adjetivas e conjunções, os quais, ao serem identificados, contribuem para uma leitura mais aprofundada do texto. Assim, podemos dizer que os pressupostos são identificados quando o emissor fornece uma mensagem adicional a partir de alguma palavra ou expressão. Há vários tipos de palavras que podem trazer essa mensagem adicional. Eis alguns tipos:

- verbos que indicam mudança, continuidade ou término.

Exemplos: João deixou de namorar no domingo para estudar para o vestibular (pressuposto: João namorava todo domingo.)

Mesmo após ter passado no concurso para professor, Maria continua estudando para outros concursos. (pressuposto: Maria estudava antes de passar.)

Embora Carlos tenha tirado zero na prova, continua não estudando. (pressuposto: Carlos não estudava antes da prova.)

O ex trabalhador da Esegur, Líbano Ferreira, terminou na semana passada a greve de fome que manteve durante mais de duas semanas à porta da sede da empresa de segurança privada, tendo recebido uma oferta de trabalho de outra empresa. (pressuposto: Ex trabalhador da Esegur ficou sem comer por duas semanas por ter sido demitido.)

- advérbios

Exemplos: Felizmente, a situação está mudando e as empresas estão muito mais seletivas. (pressuposto: o emissor considera a informação boa)

Após uma hora de prova, metade das pessoas já havia saído. (pressuposto: algo aconteceu antes do tempo.)

Mesmo depois de perder peso, ele continua o regime alimentar. (pressuposto: a perda de peso continuará)

Exemplos: O grupo de estudantes que participou do evento cultural, saiu satisfeito. (pressuposto: há estudantes que não participaram do evento)

Os nerds, que ficam em casa o tempo todo, conseguem melhores notas. (pressuposto: todos os nerds ficam em casa o tempo todo)

O trânsito que peguei na estrada me fez chegar atrasada ao compromisso. (pressuposto: nem sempre o trânsito a faz chegar atrasada)

Esses pressupostos parecem ser óbvios, pois dentro de uma ação comunicativa nós os levamos em conta para entender o enunciado. Todavia, quando vamos analisar um texto ou um argumento que está expresso no texto, normalmente, deixamos de considerá-lo, dificultando assim nossa compreensão. Agora, vejamos a questão dos subentendidos, para em seguida, fazermos uma análise desses argumentos implícitos.

Subentendidos

Você sabe dizer qual é a diferença dos pressupostos e dos subentendidos? Enquanto os pressupostos são as mensagens adicionais que se entendem a partir dos enunciados, os subentendidos são as mensagens “escondidas”, que deverão ser deduzidas pelo receptor mediante seu conhecimento de mundo. Dessa forma, uma vez que há um aspecto de dedução, significa que não necessariamente essa suposição seja verdadeira. Assim, além do aspecto de que o pressuposto está sempre pautado no enunciado e o subentendido na dedução, vemos, também, que a outra diferença será:

os pressupostos são sempre verdadeiros uma vez que ele está inscrito no enunciado; os subentendidos nem sempre serão verdadeiros, pois são parte de

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