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Por:   •  22/3/2015  •  326 Palavras (2 Páginas)  •  146 Visualizações

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u lembro a mudança por que passei durante o Ensino Fundamental. Tive a sorte de ter alguns professores muito bons e muito atentos ao meu crescimento. Isso me deu um sentimento de segurança e também um senso de questionamento. Ou seja, em todas as coisas eu via problemas, e não dados. Isso me dava curiosidade e fazia com que o meu aprendizado fosse muito mais prazeroso. A curiosidade intelectual é muito importante. Diz [Gastón] Bachelard: "A fome de cada dia nos dai hoje". Hoje há muito alimento intelectual. Há muitos livros, muitos discos, muitos filmes.

E depois, no Ensino Médio, a grande transformação se deu em função da cultura grega. Sou muito apaixonado pela filosofia grega, pela literatura grega, pela tragédia grega. E essa paixão me provocou muitas mudanças, pois me fez entender que o importante não é ter muitas coisas, mas valorizar muito as coisas que se tem. Se as coisas têm sentido, elas passam a ser fundamentais. Não é preciso acumular, acumular, mas sim valorizar as coisas que temos.

A universidade me deu o senso de liberdade. Depois fiz especialização em Paris, onde tive como professores pessoas como Sartre, Camus e Tourenne. Tive a sorte de ter grandes mestres. E isso, naturalmente, abriu a minha mente.

Depois comecei a me interessar pela organização do trabalho. E isso me pôs em contato com a classe operária. Entendi que há uma diferença enorme entre quem comanda e quem deve obedecer. Entendi a importância da luta de classe. Entendi que não se consegue nada sem luta. Entendi o que é a manipulação e como a manipulação é quase pior do que o constrangimento.

É claro que também aprendi com os meus alunos, mas não muito. Não sou daqueles professores que dizem que se aprende muito com os alunos. Acredito que meus alunos aprenderam muito mais de mim do que eu deles. Mas eles me ensinaram a ser sempre verde, sempre incompleto, sempre experimental, como diz Gilberto Freyre.

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