Em Busca do Texto Perfeito: questões contemporâneas de edição, preparação e revisão textual

Na obra “Em busca do texto perfeito: questões contemporâneas de edição, preparação e revisão textual” (publicado em 2016 pela editora Artigo A) a autora Ana Elisa Ribeiro procura instruir na busca pela melhora da composição textual dando dicas, orientações e fazendo questionamentos. A autora, nascida em 1975 em Belo Horizonte, é professora e pesquisadora do Departamento de Linguagem e Tecnologia do CEFET-MG, com um projeto de incentivar nos alunos a leitura e a escrita. Escreveu Poesinha (1997) e Meus segredos com Capitu (2012), respectivamente um livro de poemas e um de crônicas. A autora é líder do grupo de pesquisa (CNPq) Escritas Profissionais e Processos de Edição, o que a deu a possibilidade de construir conteúdo para a construção de sua penúltima obra.

Ribeiro (2016) procura orientar aqueles que desejam se aprofundar na arte da criação textual dando dicas pertinentes nas escolhas na criação. Alem disso, ela também deu um grande enfoque à fase editorial de um texto, pois para a autora uma visão final é essencial, sugerindo alterações que facilitem a leitura e, assim, a transmissão da mensagem. Desta forma, entende-se pela leitura que sempre é recomendável usar o artificio dos editores e revisores, mas alguns questionamentos são feitos para que se chegue ao “texto perfeito”:

Quem são, atualmente, esses preparadores e revisores? Com que

qualificação eles atuam? Que orientações seguem e que tipo de intervenção fazem no texto? Que interação ocorre entre esses profissionais e os autores dos textos em que intervêm? Quanto de professor há no revisor (e vice- versa)? Preparador, revisor, corretor e professor? (RIBEIRO, 2016, p. 68-69).

Por meio de uma estrutura literária o livro foi construído em capítulos: inicialmente com uma introdução titulada “Considerações iniciais ou Isto não é um manual” a autora deixou claro seu objetivo do texto, para ela aquela seria uma obra de orientação, mas sem dar "receitas prontas" e manuais. Seguido por 5 enumerados capítulos a autora discorre a respeito do seu tema e finaliza com duas páginas de breves considerações finais e encerra a obra com suas referências. Esta estrutura simples, bem feita e objetiva facilita a leitura e interpretação: por não ser um livro longo (apenas 135 páginas), a sua divisão foi feita de forma clara e simples.

Ao abordar o tema, Ribeiro (2016) aborda alguns autores que, de forma direta ou indireta, descrevem os profissionais que se empenham na produção total e final de uma publicação, seja impressa, seja no meio digital. Para começar sua tese, a autora procura descrever quem são os “profissionais competentes para lidar com textos” (RIBEIRO, 2016, p. 14). De acordo com ela, os cursos de Letras e Comunicação Social são os responsáveis por formar o profissional de edição, já que ele estará diretamente ligado ao texto em todas as suas formas. A autora propõe investigar as competências que o profissional de edição deve desenvolver para, assim, "compreender sua atuação

real e sua inserção no mundo da produção editorial, seja ela gráfica ou digital" (RI-BEIRO, 2016, p. 16). Na sequência de sua obra, a autora quis abordar a questão gramatical na produção textual, trazendo conceitos de alguns gramáticos como Carlos Alberto Faraco, Dante Lucchesi e Marcos Bagno. Ela ainda usou o cronista Eduardo Almeida Reis como método de ilustrar a esfera editorial. O autor construiu em suas obras a inserção do leitor no mundo da linguagem por meio de um rico vocabulário, mas sendo um crítico direto ao seu revisor. Ribeiro (2016) procura finalizar esta seção de seu texto

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