Fichamento - Marcuschi

Universidade Federal do Sul da Bahia

Discente: Thiago Souza Brandão

Docente: Henrique do Nascimento Gambi

Componente: LB. Sequência Didática.

Marcuschi Luiz Antônio. "Gêneros textuais: Definição e funcionalidade". Gêneros textuais e ensino. Rio de Janeiro. (2002)

” Caracterizam-se como eventos textuais altamente maleáveis, dinâmicos e plásticos. Surgem emparelhados a necessidades e atividades socioculturais, bem como na relação com inovações tecnológicas, o que é facilmente perceptível ao se considerar a quantidade de gêneros textuais hoje existentes em relação a sociedades anteriores à comunicação escrita.” (P. 1)

Para Marcuschi, a ideia do gênero textual se tornou uma necessidade histórica para a sociedade devido às formas de ação sociocultural de qualquer situação comunicativa. Com o avanço da escrita, diversas formas de gênero foram surgindo, como por exemplo, a fase denominada cultura eletrônica, em particular, a internet que daí então surge uma explosão de novos gêneros, tanto na parte oral, quanto na escrita. Não é difícil notar que nos últimos dois séculos a tecnologia, em especial na área da comunicação, propiciaram o surgimento de novos gêneros. Por certo não são propriamente as tecnologias que se originam os gêneros e sim a intensidade dos usos dessa tecnologia e suas interferências nas atividades comunicativas diárias. Segundo Marcuschi os gêneros textuais são caracterizados devido as suas funções comunicativas (cognitivas e institucionais), do que pelas suas características linguística e estrutural.

“Partimos do pressuposto básico de que é impossível se comunicar verbalmente a não ser por algum gênero, assim como é impossível se comunicar verbalmente a não ser por algum texto. Em outros termos, partimos da ideia de que a comunicação verbal só é possível por algum gênero textual”. (p. 3)

Devido o surgimentos aos diversos gêneros textuais, Marcuschi durante seus estudos chegou a seguinte definição: tipos textuais são sequencias definidas pela sua composição linguística, como narração, descrição e dissertação. Já os gêneros textuais são encontrados em nosso cotidiano e que apresentam características sociocomunicativas como num jornal, numa carta pessoal, em um artigo de opinião, no cardápio e vários outros. Para Bakhtin (1997) é impossível se comunicar verbalmente sem ser por um texto que se estruture em suas condições sociais. Segundo Bakhtin os gêneros são enunciados construídos nas esferas mais diversas das atividades humana e devido essa relatividade que o autor se refere podemos entender que o gênero tem certa flexibilidade na sua composição, favorecendo o gênero a criação de um subgênero.

Segundo Bakhtin (1997), quando o individuo utiliza a língua, sempre faz por um tipo de texto, mesmo que de forma inconsciente. Por isso os tipos de textos podem ser uma ferramenta escolhida pelo individuo da melhor maneira que lhe convém. Selecionar um tipo de texto como estrutura básica pode se tornar uma ferramenta valiosa para poder expressar melhor a função da linguagem, em maior ou menor grau argumentativo, ou seja, dizer que a argumentação está inscrita no uso da língua.

”Em geral, a expressão "tipo de texto", muito usada nos livros didáticos e no nosso dia-a-dia, é equivocadamente empregada e não designa um tipo, mas sim um gênero de texto.” (p. 5)

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