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INGLÊS NA INFÂNCIA: BENÉFICO OU PREJUDICIAL

Por:   •  25/11/2018  •  Artigo  •  1.713 Palavras (7 Páginas)  •  156 Visualizações

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INGLÊS NA INFÂNCIA: PREJUDICIAL OU BENÉFICO?

DOMINGUES, Gislaine Aparecida Borges

RESUMO: Esta pesquisa pretende esclarecer qual o melhor momento para iniciar crianças na aprendizagem da língua inglesa, e as maneiras adequadas de se realizar esse ensino; refletir sobre quais as vantagens e desvantagens de iniciar as crianças na infância. Aprender uma segunda língua já deixou de ser artigo de luxo e atualmente é uma necessidade para muitos, sendo assim, o ensino de Língua Inglesa deve ser vivenciado dento das escolas públicas por professores capazes de proporcionar um contato enriquecedor e prazeroso para as crianças.

PALAVRAS-CHAVE: ensino; crianças; língua; inglês.

ABSTRACT: This research aims to clarify the best time to start children in English language learning, and the appropriate ways to do this teaching; to consider the advantages and disadvantages of initiating children in childhood. Learning a second language is no longer a luxury item and is now a necessity for many, so the teaching of English should be experienced in public schools by teachers capable of providing enriching and enjoyable contact for childrens. 

KEYWORDS: teaching; childrens; language; english

INTRODUÇÃO

Este artigo pretende, através de pesquisa bibliográfica, identificar a melhor idade para se iniciar o ensino de língua inglesa para crianças e como deve ocorrer este contato com a língua estrangeira e perceber o educador e escola como co-responsável pela formação d a criança, inclusive na aprendizagem de língua inglesa. Pretende esclarecer quais as maneiras adequadas de se realizar esse ensino; refletir sobre quais as vantagens e desvantagens de iniciar as crianças na infância, estas contribuições auxiliarão pais que querem matricular seus filhos em escolas particulares e professores da área que necessitam de didática para melhor atender aos pequenos e também para justificar e incentivar o ensino de Língua Inglesa nas escolas públicas.

DESENVOLVIMENTO

Desenvolver a linguagem é um processo extenso e complexo, que provavelmente nunca tenha fim, já que aprendemos palavras/expressões novas a cada dia. Para a criança é um processo que ocorre naturalmente no primeiro ano de vida, de acordo com Helen Bee(1986),  isso acontece devido a interação com as pessoas de seu convívio social.

É na primeira infância que ocorre a explosão da linguagem. [...] O desenvolvimento da linguagem não termina no jardim de infância ou no primeiro ano de escolaridade regular. Mas, as realizações realmente gigantescas no desenvolvimento da linguagem ocorrem entre um e cinco anos de idade,quando a criança evolui de palavras isoladas para perguntas complexas, negativas e imperativas. (BEE, 1986, p.157).

Obviamente cada criança tem as mesmas habilidades, ou seja, todas têm as mesmas condições de desenvolver tais habilidades de desenvolvimento da linguagem, entretanto, devemos ter cuidado ao generalizar, considerando que há inúmeros fatores que influenciam. Para Schutz (2015) a melhor idade é a idade pré-escolar, dos três aos seis anos de idade, pois nesta fase a criança consegue assimilar com mais facilidade o conhecimento recebido.

A criança nasce com a capacidade aguçada de desenvolver a fala, por isso a língua vai sendo construída aos poucos com as pessoas a sua volta. Sendo assim, a criança vai desenvolvendo sua fala, imitando as pessoas de seu convívio, construindo sua linguagem por meio de diálogos e brincadeiras com as pessoas ao seu redor (PRATTS, p.2, [2004?] data provável).

Schultz(2015) defende a teoria de Lennenberg(1967) de que realmente há uma idade crítica(12 a 14 anos) para o aprendizado de línguas, após essa idade a criança perde gradativamente  a capacidade de assimilar uma segunda língua, e isto se explica por diferentes fatores:

O estudo dos diferentes fatores que afetam o desenvolvimento cognitivo do ser humano pode ajudar a explicar o fenômeno da idade crítica. Os principais fatores são:

  • fatores biológicos
  • fatores cognitivos
  • fatores de ordem afetivo
  • o ambiente e o input lingüístico (SCHUTZ, 2015).

Os fatores biológicos estão relacionados aos órgãos envolvidos na habilidade linguística do ser humano, o parelho auditivo, o aparelho articulatório e o cérebro, sendo este o mais importante. Sabe-se que o cérebro é dividido em dois hemisférios que desempenham funções diferentes, no cérebro infantil esses dois hemisférios estão interligados, o que maximiza o aprendizado, característica que na puberdade desaparece através do processo de lateralização do cérebro. Outra característica relevante, segundo Schulz, é acuidade auditiva superior e maior flexibilidade muscular do aparelho articulatório das crianças ainda em formação.

Os fatores cognitivos também são determinantes quanto a aquisição da linguagem, o adulto monolíngüe já tem sua matriz fonológica sedimentada, enquanto a da criança ainda está em formação seus conceitos ainda estão sendo construídos através de experiências concretas.

Portanto, se proficiência linguística pouco depende de conhecimento armazenado, mas sim de habilidade assimilada na prática, construída através de experiências concretas, fica com mais clareza explicada a superioridade das crianças no aprendizado de línguas(SCHUTZ, 2015).

A hipótese do Filtro afetivo de Stephen Krashen esclarece que fatores afetivos e psicológicos também influenciam na aprendizagem, a desmotivação, enraizada no adulto devido a suas experiências negativas de vida, enquanto a curiosidade natural da criança a motiva a aprender. O perfeccionismo buscado pelos adultos os impede de tentativa/erro e a criança não se preocupa em errar desde que esteja em um ambiente acolhedor. Se há um bloqueio a pessoa não consegue adquirir as normas da LE, como as crianças ainda estão livres desses bloqueios tem uma capacidade maior de incorporar as regras gramaticais e pronúncias do que o adulto.

 Baseando-se na teoria Comprehensible input hypothesis de Krashen, o ambiente para a aprendizagem da criança é diferenciado, o ambiente de língua e cultura, é por natureza mais próximo do nível de compreensão da criança, o que facilita sua assimilação, enquanto para o adulto já se espera um nível de entendimento maior então é dirigida a eles uma linguagem mais complexa, dificultando seu entendimento.

É evidente que a criança se sobressai na aquisição de uma língua estrangeira, porém há algumas particularidades que devem ser respeitadas, a criança, geralmente será resistente ao aprendizado formal, sendo assim as aulas de inglês devem ser elaboradas de forma lúdica e instigante, que desafiem a criança, onde ela perceba realmente a necessidade de comunicar-se na língua estrangeira.

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