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Intolerância Religiosa: Analogias Existentes Entre A Peça Teatral E O Filme "O Pagador De Promessa"

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Por:   •  10/10/2013  •  1.601 Palavras (7 Páginas)  •  1.858 Visualizações

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E TECNOLOGIAS

CAMPUS XXIII - SEABRA – BA

CURSO: LETRAS VERNÁCULAS HABILITAÇÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA

Isolda Ferreira de oliveira

Thaís Brandão Souza

Intolerância religiosa: Analogias existentes entre a peça teatral e o filme “O pagador de promessa”

Seabra

2013

GOMES, Dias. O pagador de Promessas / Dias Gomes. - 40ª ed. – Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2004.

Alfredo de Freitas Dias Gomes nasceu em Salvador, BA, em 19 de outubro de 1922 e faleceu em São Paulo no dia 18 de maio de 1999. Filho do engenheiro Plínio Alves Dias Gomes e de Alice Ribeiro de Freitas Gomes foi o sexto ocupante da Cadeira 21, consagrado em 11 de abril de 1991, na sucessão de Adonias Filho e recebido pelo Acadêmico Jorge Amado em 16 de julho de 1991. Em 1935, mudou-se com a família para o Rio de Janeiro, onde com apenas 15 anos escreveu sua primeira peça, A comédia dos moralistas, que recebeu o 1º lugar no Concurso do Serviço Nacional de Teatro em 1939. Em 1940, fez o curso preparatório para o curso de Engenharia e, no ano subsequente, para o curso de Direito. Ingressou na Faculdade de Direito do Estado do Rio em 1943, abandonando o curso no 3º ano. Em 1950, casou-se com Janete Emmer (Janete Clair), com quem teve cinco filhos Durante sua trajetória acadêmica quando fora consagrado teatrólogo, escritor dramaturgo baiano e autor de novelas da televisão brasileira produziu várias obras. Entre suas peças teatrais, a mais ilustre é O Pagador de Promessas (1959), que posteriormente serviu de tema ao filme de mesmo título. Entre seus sucessos na TV estão a novela O Bem Amado (1973), Roque Santeiro (1985/1986), Bandeira 2 (1971), O Espigão (1974) e Saramandaia(1976). Estreou no teatro profissional em 1942, com a comédia Pé-de-cabra, encenada no Rio de Janeiro e depois em São Paulo por Procópio Ferreira, que com ele excursionou por todo o país. Em seguida, escreveu as peças O homem que não era seu e João Cambão. Em 1943, sua peça Amanhã será outro dia foi encenada pela Comédia Brasileira (companhia oficial do SNT). Dias Gomes ganhou projeção nacional e internacional. A peça, traduzida para mais de uma dúzia de idiomas, foi encenada em todo o mundo. Adaptada pelo próprio autor para o cinema, O pagador de promessas, dirigido por Anselmo Duarte, recebeu a Palma de Ouro no Festival de Cannes, em 1962. Nesse ano, recebeu o Prêmio Cláudio de Sousa, da Academia Brasileira de Letras, com a peça A invasão. Além disso, conquistou inúmeros prêmios por seu desempenho no Rádio e por sua obra para teatro, cinema e televisão.

O livro “O pagador de promessas” escrito por Alfredo Dias Gomes em 1959 é uma obra de caráter contemporâneo que está organizado em diversos atos. No livro a narrativa se desenrola a partir da trama onde o personagem principal Zé -do- Burro enfrenta a intolerância da Igreja ao desejar cumprir a promessa feita em um Terreiro de Candomblé.

Nesta narrativa, o personagem Zé -do- Burro é um homem muito simples e humilde que vivia junto à sua mulher e um burro, o qual tinha muito apego. De acordo com a história certa vez, o animal se machucara com um galho que caíra de uma árvore; e Zé, muito angustiado com a circunstância, faz uma promessa à Santa Bárbara, com o intuito de curar seu burro a quem tanto estimava.

Entretanto, como na sua cidade não tinha igreja, ele vai a um terreiro de candomblé e faz a promessa a Santa Bárbara que no terreiro é conhecida por Iansã. A promessa versava em repartir suas terras entre os necessitados e levar uma cruz pesada assim como a Cruz que Jesus carregou, e colocá-la dentro da igreja de Santa Bárbara.

Desse modo, Zé do Burro saiu do interior da Bahia com destino à igreja de Santa Bárbara, em Salvador levando nas costas uma pesada cruz, seguido de sua mulher Rosa, que estava embravecida, “(olha-o com raiva e vai sentar-se num dos degraus. Tira o sapato) Estou com cada bolha d’ água no pé que dá medo” (2004, p.22) por ter que acompanhar seu marido nesta empreitada de pagar esta promessa.

Até chegar o momento em que finalmente a igreja é aberta muita coisa se passa com outros personagens: Bonitão, Marli, etc. Deste modo, quando Zé se dirige ao padre e explica-lhe sobre a promessa que havia feito a Santa no terreiro de candomblé, logo o padre não aceita e não permite que ele entrasse na igreja. Assim, não conformado com a decisão do padre, Zé diz não sair dali enquanto não cumprir a promessa. Diante disso, surgem muitas pessoas na praça, como: galego dono de uma venda, um poeta, uma baiana e outros.

A pedido de Bonitão apareceu um policial e passou a vigiar Zé buscando causas para prendê-lo. Rosa, perante essa situação, quer ir embora, porém o marido não cede de modo algum. Mais tarde, chegou o delegado escoltado de policiais, querendo prender Zé, mas este assegura ser inocente pronunciando sair dali “só morto”. Depois ocorre uma agitação e um tiro acerta Zé, matando-o. Então as pessoas presentes na praça pegaram o corpo de Zé e colocaram-no sobre a cruz, levando-o para dentro da igreja, isto é, pagando a promessa.

A peça “O pagador de promessas” foi adaptada para o cinema em 1961 por Anselmo Duarte. Com uma infinidade de semelhanças e alguns distanciamentos tanto a peça quanto o filme narram a mesma história. No filme diferente do início da peça teatral, Anselmo Duarte, escolheu por exibir ao espectador, o motivo de todo o sofrimento de Zé, ou seja, a promessa feita a Iansã, iniciando o filme com Zé fazendo sua promessa no candomblé de Maria de Iansã.

Outra questão que não se observa no livro, mas que é vista no

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