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Introdução à Linguística: Domínios e fronteiras

Por:   •  7/7/2018  •  Resenha  •  807 Palavras (4 Páginas)  •  345 Visualizações

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BENTES, A. C. Linguística Textual. In: MUSSALIM, Fernanda & BENTES, Anna Christina (orgs.). Introdução à Linguística: domínios e fronteiras, v. 1, 9. ed. São Paulo: Cortez, 2011.

Nesse primeiro volume da coleção Introdução à Linguística, Anna Christina Bentes apresenta, no capítulo de “Linguística Textual”, uma reflexão sobre a Linguística Textual (doravante LT), buscando entender alguns conceitos e filiações dessa ciência do texto. Ela estuda, também, o texto e como ele é construído numa relação de leitura e escrita. Por fim, faz uma reflexão acerca da importância dos fatores de textualização como a coesão (coesão lexical, referenciação, substituição, conjunção e elisão), coerência, intertextualidade, intencionalidade, situacionalidade, informatividade e aceitabilidade. Porém, antes, e não menos importante, a autora faz uma introdução breve sobre o percurso histórico, de mais de 30 anos, das mudanças ocorridas em relação às concepções em relação à linguagem e o texto.

Segundo ela, o termo “Linguística de texto” foi empregado pela primeira vez por Harald Weinrich (p. 245). E na década de 60, houve esforços teóricos em construir uma Linguística para além dos limites da frase. Nesse período, propostas teóricas diversas surgem de forma independente, dentro e fora da Europa, de estudos sobre o texto que procuram reintroduzir o sujeito e a situação de comunicação.

Houve não só uma gradual ampliação do objeto de análise da LT, mas também um progressivo afastamento da influência teórico-metodológica da Linguística Estrutural saussureana. Ainda segundo Bentes, em um primeiro momento, o interesse predominante voltava-se para a análise transfrástica, explicada pelas teorias sintáticas ou teorias semânticas.

Num segundo momento, “com a euforia provocada pelo sucesso da gramática gerativa, postulou-se a descrição da competência textual do falante, ou seja, a construção de gramáticas textuais” (p. 247) e num “terceiro momento, o texto passa a ser estudado dentro de seu contexto de produção e a ser compreendido não como um produto acabado, mas como um processo” (ibidem). Este último vem a ser, segundo ela, um resultado de operações sociocomunicativas, que corroborou para a elaboração de uma teoria do texto.

Nas primeiras proposições que elaboraram as gramáticas textuais, a autora diz que, pelas “palavras de Marcuschi (1998a), tentou-se construir o texto como objeto da Linguística” (p. 249). O texto como uma soma ou lista dos significados que o constituem.

Além de apresentar as propostas de elaboração de gramáticas textuais de diferentes autores, a autora cita Charolles (1989), para dizer que, segundo ele “todo falante possuiria, três capacidades textuais básicas, a saber” (p. 250): capacidade formativa, capacidade transformativa e capacidade qualitativa.

Em seguida, Bentes tenta definir os conceitos de texto, amparada por Koch (1997), o qual, inicialmente, define conceito de texto como algo que varia desde “unidade linguística (do sistema) superior à frase” até “complexo de proposições semânticas” (p.253). E ela comenta que a definição de texto, deve levar em conta que: a produção textual é uma atividade verbal (ato e fala), é uma atividade verbal consciente e é uma atividade interacional. Que revela determinadas operações linguísticas

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