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Linguística Aplicada

Por:   •  7/12/2015  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.200 Palavras (5 Páginas)  •  390 Visualizações

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Fichamento 1: Retórica – Ernst Curtius

O autor introduz o capítulo afirmando que a retórica é a segunda das sete artes liberais e que ela é capaz de nos introduzir mais do que a gramática, no mundo cultural da Idade Média.

Ele explica como era o ensino da retórica aos alemãs, subdividida entre introdução, parte principal e conclusão. Nesse momento apresenta a trajetória dos estudos retóricos, que passa posteriormente por poemas latinos, exigindo o conhecimento de metáforas, metonímias e hipérboles.

O autor afirma que na nossa educação, a retórica não tem lugar e que há uma resistência a ela. Explica que aos povos românicos foi confiada a retórica por disposição natural e herança de Roma.

Retórica, segundo o autor, quer dizer “arte de falar”, e significa o método de construir um discurso artisticamente e que vários fatores determinaram sua criação, principalmente as tradições gregas e romanas.

A eloquência, aos gregos, também significa educação como descreve nas obras de Homero: Ilíada e Odisséia. O autor afirma que Homero é o pai da retórica, já que as obras possuem longos discursos.

Segundo o autor, Aristóteles também incluiu em seus estudos filosóficos a poesia e a retórica, ampliando-a com sua teoria das emoções. Seu objetivo era provar que a retórica tinha tanta razão de ser quanto a dialética, a qual segundo Platão, era a ciência suprema.

A queda da República influiu na retórica romana no mesmo sentido que o domínio estrangeiro macedônio, e depois romano na retórica grega, pois o discurso político teve que emudecer. A retórica se tornou uma eloquência escolar.

Já a obra de Quintiliano não pertenciam mais à espécie dos manuais, utilizados durante séculos na Grécia e na Roma. Para ele, o homem ideal só podia ser o orador, pois só ao homem, Deus havia o concedido o poder da fala e esse poder estaria muito acima da astronomia, matemática e outras ciência.

Sobre o sistema da Retórica Antiga: como arte é compreendida em cinco partes: invenção, disposição, eloquência, memória e ação. Formam ainda o objeto da retórica três gêneros de eloquência: o discurso forense, o discurso deliberativo e o discurso laudatório ou solene.

O autor afirma ainda que, em substância, todo discurso deve tornar aceitável uma proposição ou causa. E para isso pode se utilizar de argumentos dirigidos à razão ou ao coração.

Segundo o autor, na fase final da antiguidade romana, a retórica chegou à Idade Média em conexão com as artes liberais e mostrava sinais de degeneração, perda de substância e atrofia.

Posteriormente o autor afirma que entre os anos de 365 e 402 efetuou-se a transcendental separação, que se acham nomes ligados a Jerônimo e Agostinho, entre a Antiguidade e o Cristianismo. As cartas de Jerônimo lançam sátiras sobre a sociedade romana e realiza estudos bíblico.

Em Jerônimo, aliavam-se a filologia e o monarquismo, a paixão de investigador e o humanismo literário, já em Agostinho, nada disso é encontrado, segundo o autor. Segundo ele, apresenta tudo o que Jerônimo não possui: delicada vida afetiva e alma ardente; aquela sede de conhecimento essencial, que transcende toda a ciência dos datos. Não é um erudito, mas é um pensador. Não tenta conciliação entre tradição grega e hebraica. Para Agostinho, a Bíblia estava repleta de obscuridades, mas São Paulo ensinou que ela é inspirada.

Segundo o autor, a relação de Agostinho com a retórica deve ser analisada do ponto de vista autoral, de grande categoria, convertendo-a em poesia, como tantas vezes aconteceu na liturgia romana.

Já na primeira metade do século VI, a retórica ainda encontra com Cassiodoro, relação com a vida política na Itália servindo-se: “não apenas de palavras comuns, mas de um caudaloso rio de eloquência”. Atalarico conclui qye a gramática, o estudo dos autores antigos e a eloquência são uma necessidade para o Estado. Já para Isidoro, a retória, limita-se ao discurso forense.

A partir do século XI encontra-se um novo desenvolvimento da retórica, segundo o autor, já que a estilística passa a ser tratada como poesia didática. Cria-se portanto, um novo movimento de retórica, que nasce da necessidade administrativa e destina-se a escritura de documentos e cartas.

Já no século XIII a alta Florência escolástica torna intempestivo esse ideal humanístico cultural. O humanismo italiano ganha novo desenvolvimento e existe uma afinidade espiritual entre o mundo de João de Salusbury e o de Petrarca.

A retórica portanto, não marcou somente produções literárias, mas

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