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Literatura brasileira

Por:   •  17/11/2015  •  Trabalho acadêmico  •  5.638 Palavras (23 Páginas)  •  318 Visualizações

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP 

CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

CURSO DE LETRAS

LITERATURA BRASILEIRA

PRISCILA DE ARO SILVA RA: 5569144300

FELLIPE CAMAROTTO RA: 5363105105

PLINIO RICARDO SANTIAGO JUNIOR RA: 5707144242

                   

Atividade Prática Supervisionada (ATPS) entregue como requisito para conclusão da disciplina “Literatura Brasileira” sob orientação da tutora presencial Silvia Regina Peres.

OSASCO

2014


INTRODUÇÃO

Este trabalho tem como objetivo o estudo sobre os principais movimentos literários brasileiros, percorremos pela Geração Modernista e comparamos trabalhos literários. Onde falaremos sobre a primeira geração modernista com o intuito de mostrar seus principais autores, passando pelo parnasianismo. Falaremos também sobre a segunda geração modernista onde compreenderemos a interface do realismo e o naturalismo, a literatura de 1930, conhecida como neorrealista que trouxe a questão da zoomorficação. E por fim falaremos sobre a terceira geração modernista com o intuito de identificar o fluxo de consciência e a pesquisa da linguagem, falando sobre os principais autores da época como Clarice Lispector e Guimarães Rosa.

Desenvolveremos este trabalho com o intuito de produzir uma resenha critica abrangendo estas três gerações da literatura brasileira.

Etapa 1

O Parnasianismo foi um movimento de estilo poético, que surgiu na França no século XIX, dando valor à ciência e ao positivismo, marcando a elite brasileira. Apresentava influência francesa no inicio do movimento, valorizando a forma e o culto à arte, porém, os parnasianos brasileiros não seguiram todos os acordos franceses, passando os poemas a apresentar subjetividade e preferências voltadas aos fatos que ocorriam no Brasil, contrariando o “universalismo” francês. Outra característica que o Parnasianismo brasileiro não seguiu à risca foi a visão mais carnal do amor em relação à espiritual. Essa escola literária teve força até o movimento modernista.

O poeta trata os seus temas baseando-se na realidade, deixando de lado a emoção, tratando os com objetividade, a sua visão não interfere nos fatos, a poesia é valorizada por sua beleza em si, sendo perfeita no ponto de vista estético. As poesias se tornam ricas, pois o poeta evita utilizar o mesmo número de sílabas poéticas em seus versos e palavras da mesma classe gramatical em suas rimas. O vocabulário é culto e é frequente os temas da mitologia grega nas poesias parnasianas. Suas principais características da estética literária era a busca da perfeição e o valor por sua beleza em si, tendo como preferência sonetos. No Brasil os principais representantes do parnasianismo foram Olavo Bilac, Alberto de Oliveira e Raimundo Correia, onde formaram e eram conhecidos de “tríade Parnasiana”.

O Modernismo é um movimento da literatura brasileira, que surgiu no século XIX (1920 até 1978). Sua primeira fase no Brasil teve início com a Semana de Arte Moderna em 1922. Caracteriza-se por um maior compromisso dos artistas com a renovação estética inspiradas nas vanguardas europeias, pelas tentativas de solidificação do movimento renovador e pela divulgação de obras e ideias modernistas. A linguagem literária tenta romper com o tradicional. Os modernistas ridicularizavam o parnasianismo propondo uma renovação radical na linguagem e nos formatos, marcando a ruptura definitiva com a arte tradicional, rompendo as regras preestabelecidas na cultura.

O Modernismo reúne características como liberdade de expressão e a vida cotidiana em linguagem coloquial. Alguns autores utilizam narrativas em seus poemas, os versos aparecem livres, sem forma fixa de sonetos. Sendo assim a primeira geração modernista foi realmente um escândalo publico uma indireta aos autores e a sociedade da época. Foi um marco do modernismo brasileiro, os autores e os organizadores do movimento modernista, por fim conseguiram chocar a sociedade e destruir as estéticas tradicionais e conservadoras que o parnasianismo deixou.

Olavo Bilac se tornou um dos principais escritores parnasiano brasileiro e com tamanho sucesso daquela época virou alvo de critica de grandes autores do movimento modernista, do qual Manoel Bandeira fazia parte, parodiou de um de seus poemas “Profissão de fé”. Embora essa paródia foi escrita em 1918 e lida numa das noites da semana de arte moderna teve uma grande repercussão na literatura brasileira.

O poema Profissão de fé de Olavo Bilac possui linguagem formal e metalinguística e é uma representação da estética parnasiana no Brasil, deixando claro o afastamento que o autor deve ter quanto ao que acontece no mundo. Ele procura e exalta o rigor técnico, fixando os sonetos, a rima, vocabulário refinado e complexo e a contraposição aos versos livres e brancos dos poetas românticos. Sua real preocupação era com o estilo e não com a profundidade das ideias e sentimentos do poeta, “arte pela arte”.

A paródia de Bandeira “Os sapos” expressa metaforicamente, que aqueles que se julgam deuses, criaturas sublimes, que possuem “status” elevado, não passam de seres rebaixados, que vivem à margem dos rios, no brejo, em outras palavras, à margem da sociedade, no entanto os sapos representados como Deuses. Bandeira também utiliza travessões em algumas estrofes, o que nos remete á um tom de dialogo, utilizados geralmente em prosa, louvado pelos modernistas, que se refere ao manifesto da sociedade em um dialogo com o mundo. No poema são encontrados elementos que simbolizam as inovações pretendidas pelos poetas que representam o movimento modernista, sem formalidades e ironias, valendo-se do tema e da própria forma poética na construção poética, é uma critica ao modo perfeito de se fazer arte. Ele critica a forma das rimas e a estética parnasiana de forma sarcástica. O poeta faz construções estruturais, usando aliterações ‘p’ e ‘b’ e as assonâncias em “u” e “a” que remetem o som do pulo dos sapos, fazendo analogia ao coaxar dos sapos com o jogo de palavras. A composição de todos os versos com a mesma métrica faz parte da proposta parnasiana, assim como o uso das quartas ou quartetos, porém, o poema é criado em redondilhas menores. A comparação do trabalho de ourives e joalheiro é o mesmo nos dois textos, mas expressam sentidos diferentes em cada um. O texto é figurativo contendo palavras como: comer os hiatos, frumento sem joio, lavor de joalheiro, entre outros.

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