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Memória, esquecimento, silêncio Michael Pollack

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Por:   •  5/7/2014  •  Tese  •  2.357 Palavras (10 Páginas)  •  368 Visualizações

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05/julho/2014

Memória, esquecimento, silêncio Michael Pollak

Maurice Halbwachs fala de inicio sobre conceito referente à memória coletivo, onde enfatiza a força dos diferentes pontos que estrutura nossa memória e que introduz na memória coletiva que pertencemos .São os pontos de referencia, patrimônio arquitetônico as paisagens as datas e personagem históricos ,as tradições o folclore a musica etc.Esses pontos referente torna indicadores empíricos da memória coletiva de um determinado grupo,uma memória estruturada com sua hierarquias e classificações e ao definir um grupo o que deferência de outro fundamento e reforça o sentimento de pertencimento e as fronteiras sócio-culturais, Nesta abordagem, a ênfase que é dada à força dessa memória coletiva, à duração, à continuidade e à estabilidade.

Halbwachs frisar sobre as funções positivas feitas pela memória comum, como reforça a coesão social pela adesão afetiva de um grupo, determinado de grupo afetivo. Visto dessa forma a nação é a mais acabada de um grupo e a memória nacional como forma mais completa de uma memória coletiva

Na abordagem durkheimiana os pontos positivos desempenhado pela memória comum reforçar a coesão social, pela adesão afetiva do grupo.

Para que nossa memória se beneficie das outras, não basta que eles nos tragam seus testemunho é preciso que concorde com suas memórias para que possa ser reconstruída sobre uma base comum. Esse reconhecimento do caráter potencialmente problemático de uma memória coletiva já anuncia as mudanças de perspectiva que marca os trabalhos atuais sobre esse fenômeno. Não se trata mais de lidar com os fatos sócias como coisas, mais de analisar como os fatos sociais se tornam coisas, como e por quem eles são solidificados e dotados de duração e estabilidade. Essa abordagem irá interessar, portanto, pelo processo e atores que intervêm no trabalho de constituição e formalização das memórias.

A memória em disputa

Essa preferência dos pesquisadores pelos conflitos e disputa em detrimento dos fatores de continuidade estabilidade deve ser relacionado com as verdadeiras batalhas da memória.

Tomemos a título de ilustração, o papel desenhado pela reescrita da história em dois momentos fortes de destalinização, o primeiro deles após o xx congresso do PC da União Soviética, quando Nikita Kruschev denunciou os crimes estalinistas. Essa reviravolta da visão da história, ligada a linha política, traduziu-se na destruição progressiva, dos signos e símbolos que lembravam Stalin na União Soviética e nos países satélites.

Essa preocupação reermegiu cerca de trinta anos mais tarde no quadro da glasnost e da perestroika. Aí também o movimento foi lançado pela nova direção do partido ligada a Gorbachev. Mas, ao contrario dos anos 1950, essa nova abertura gerou um movimento intelectual com a reabilitação de alguns dissidentes atuais e de maneira póstuma de dirigentes que nos anos de 1930 e 1940 haviam sido vitimas do terror estalinista.

O exemplo seguinte, completamente diferente, é o dos sobreviventes dos campos de concentração que, após serem libertados, retornaram à Alemanha ou à Áustria. Seu silêncio sobre o passado está ligado em primeiro lugar à necessidade de encontrar um modus vivendi como aqueles que, de perto ou de longe, ao menos sob a forma de consentimento tácito, assistiram à sua deportação. Não provocar o sentimento de culpa da maioria torna-se então um reflexo de proteção da minoria judia. Contudo, essa atitude é ainda reforçada pelo sentimento de culpa que as próprias vítimas podem ter, oculto no fundo de si mesmas. Em face dessa lembrança traumatizante, o silêncio parece se impor a todos aqueles que querem evitar culpar as vítimas. E algumas vítimas, que compartilham essa mesma lembrança"comprometedora", preferem, elas também, guardar silêncio. Em lugar de se arriscar a um mal-entendido sobre uma questão tão grave, ou até mesmo de reforçar a consciência tranqüila e a propensão ao esquecimento dos antigos carrascos.

O ultimo exemplo mostra o fracasso de uma política de recrutamento feito no inicio da segunda guerra mundial pelo exercito alemão na Alsácia anexada,o recrutamento forçado foi decidido por decretos de 25 e 29 de agosto de 1942

A função do não-dito:

Mas esses exemplos têm em comum o fato de testemunharem a vivacidade das lembranças individuais e de grupos durante dezenas de anos, e até mesmo séculos. Opondo-se à legítima das memórias coletivas, a memória nacional, essas lembranças são transmitidas no quadro familiar, em associações, em redes de sociabilidade afetiva e/ou política. Essas lembranças proibidas (caso dos crimes estalinistas), indizíveis (caso dos deportados) ou vergonhosas (caso dos recrutados à força) são zelosamente guardadas em estruturas de comunicação informais e passam despercebidas pela sociedade englobante.

A fronteira entre o dizível e o indizível, o confessável e o inconfessável, separa uma mesma memória coletiva subterrânea da sociedade civil dominada ou de grupos específicos, de uma memória coletiva organizada que resume a imagem que uma sociedade majoritária ou

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