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Monografia Julio De Abreu

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Por:   •  28/4/2014  •  2.106 Palavras (9 Páginas)  •  304 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ANÁLISE AMBIENTAL

ELEMENTOS PARA O DIAGNÓSTICO E

GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

URBANOS DO MUNICÍPIO DE DORES DE

CAMPOS – MG

Déborah Neide de Magalhães

Juiz de Fora

2008

ELEMENTOS PARA O DIAGNÓSTICO E

GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

URBANOS DO MUNICÍPIO DE DORES DE CAMPOS –

MG

Déborah Neide de MagalhãesDéborah Neide de Magalhães

ELEMENTOS PARA O DIAGNÓSTICO E

GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

URBANOS DO MUNICÍPIO DE DORES DE CAMPOS –

MG

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao

Colegiado do Curso de Especialização em Análise

Ambiental da Universidade Federal de Juiz de Fora,

como requisito parcial à obtenção do título de

Especialista em Análise Ambiental.

Área de concentração: Análise Ambiental.

Linha de pesquisa: Resíduos Sólidos

Orientador: Prof. Dr. José Homero Pinheiro Soares

Juiz de Fora

Faculdade de Engenharia da UFJF

2008

Ao meu porto seguro, mar

de calmaria, meu amor:

Frederico.

Curso de Especialização em Análise Ambiental da UFJF

vi

AGRADECIMENTOS

Primeiramente a Deus, por ter me dado dons e tudo mais o suficiente para que eu pudesse

chegar a este estágio. Sei que “tudo posso naquele que me fortalece”.

Aos meus familiares, a quem devo parte do que tenho e do que sou, agradeço a dedicação e

amor recebidos sempre.

Ao meu futuro esposo, Frederico, pelo apoio, compreensão nos momentos de ausência,

atenção e amor, elementos essenciais à minha (nossa) realização pessoal.

Ao professor José Homero Pinheiro Soares, pela oportunidade, orientação, incentivo e apoio.

Ao Exmo. Prefeito Municipal de Dores de Campos, Sr. Ilídio Antônio de Melo Neto, e ao

secretário do Departamento de Obras da Prefeitura Municipal, Sr. Olacy de Lourdes Braga,

que não mediram esforços em apoiar a realização desta pesquisa, fornecendo informações,

material, espaço e mão de obra.

Aos Srs. Itamar Serrão, Argemiro José de Andrade, Lucindo Elias, José Geraldo da Silva e

Ruy Barbosa, funcionários da prefeitura que me ajudaram nos processos de amostragem.

Ao Sr. Emerson Leão de Moura, tecnólogo em gestão de meio ambiente da Marluvas

Calçados Profissionais, que disponibilizou informações sobre o gerenciamento de resíduos da

empresa.

Ao Sr. Mariosnir José Ferreira, que contribuiu com informações a respeito da área do lixão.

Às funcionárias do Programa de Saúde da Família, que disponibilizaram dados populacionais

de suma importância para a conclusão dos cálculos relativos à geração de resíduos.

Enfim, aos amigos, colegas e a todos aqueles que colaboram direta ou indiretamente para que

este trabalho acontecesse. Àqueles que acreditaram em mim, muito obrigada!

Curso de Especialização em Análise Ambiental da UFJF

vii

RESUMO

A destinação adequada dos rejeitos oriundos das diversas atividades humanas constitui um

grande desafio, principalmente aos países em desenvolvimento. Em relação aos resíduos

sólidos urbanos, no Brasil apenas 32,2% dos municípios destinam seus rejeitos em aterros -

13,8% aterros sanitários e 18,4% aterros controlados – contra 63,6% os que dispõem em

lixões. O município de Dores de Campos – MG, com uma população de 9.276 habitantes e

geração de resíduos per capita urbana equivalente a 0,390 kg/hab.dia, apresenta uma gestão

precária dos resíduos sólidos, como acontece nos municípios brasileiros de pequeno porte,

limitada à varrição e capina dos logradouros, coleta diária dos rejeitos na zona urbana e

disposição final em um lixão. A recente aquisição de recursos para a implementação de uma

usina de triagem e compostagem pode trazer grandes benefícios ao município, possibilitando

a redução significativa da quantidade de lixo a ser descartada diariamente, além da geração de

empregos e redução dos impactos causados pela atual forma de disposição final do lixo.

Assim, tornou-se necessária a caracterização dos resíduos domiciliares, sendo constatado que

aproximadamente 58% desses são constituídos de matéria orgânica, passível de ser

transformada em composto orgânico pelo processo de compostagem. Fez-se necessária

também a proposição de elementos essenciais à gestão adequada dos resíduos sólidos urbanos,

como a criação de um departamento responsável pela limpeza urbana e a adoção de planos de

educação ambiental e coleta seletiva.

Curso de Especialização em Análise Ambiental da UFJF

viii

ABSTRACT

The appropriated destination of the wastes that come from several human activities constitutes

a great challenge, mainly to the countries in development. In relation to the urban solid

residues, in Brazil only 32,2% of the municipal districts destine their wastes in embankments

– 13,8% sanitary embankments and 18,4% controlled embankments – against 63,6% the ones

that are disposed in the soil to the opened sky. The municipal district of Dores de Campos -

MG, with a population of 9.276 inhabitants and generation of per capita residues urban

equivalent to 0,390 kg/person.day, shows a precarious administration of the urban solid

residues, as it always happens in the small load Brazilian municipal districts, limited to the

sweeping and weeding of the public areas, a daily collecting rate of the solid waste in the

urban zone and final disposition to the opened sky. The recent acquisition of the resources for

the installation of a sorting and composed organic factory can bring great benefits to the

municipal district, turning possible the significant reduction of the amount of the waste that is

discarded daily, besides the generation of employments and the reduction of the impacts

caused by the current form of the final disposition of wastes. Then, it became necessary the

characterization of the domestic residues, that was verified that approximately 58% are

constituted of matter organic, susceptible to be transformed in composed organic. It also has

done necessary the proposition of essential elements to the appropriate administration of the

urban solid wastes, like the creation of a department destined to the urban cleaning and the

adoption of plans of environmental education and selective collect.

Curso de Especialização em Análise Ambiental da UFJF

ix

SUMÁRIO

LISTA DE FIGURAS .......................................................................................................................................... X

LISTA DE TABELAS.........................................................................................................................................XI

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ...................................................................................................... XII

1 INTRODUÇÃO.......................................................................................................................................... 14

2 OBJETIVOS............................................................................................................................................... 17

2.1 OBJETIVO GERAL................................................................................................................................ 17

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ..................................................................................................................... 17

3 REVISÃO DA LITERATURA................................................................................................................. 18

3.1 SISTEMA DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS – GIRSU.................. 18

3.2 GESTÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS – GRSU ......................................................................... 19

3.2.1 Geração e acondicionamento........................................................................................................ 19

3.2.2 Coleta e transporte ........................................................................................................................ 20

3.2.3 Destinação final dos RSU.............................................................................................................. 21

3.2.4 Processos de tratamento dos resíduos sólidos............................................................................... 22

3.2.5 Limpeza dos logradouros públicos................................................................................................ 26

3.3 RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS ............................................................................................................ 26

3.3.1 Classificações dos RSU ................................................................................................................. 27

4 MATERIAIS E MÉTODOS ..................................................................................................................... 30

4.1 CARACTERIZAÇÃO DA REGIÃO DE ESTUDO......................................................................................... 30

4.1.1 Aspectos Históricos do Município de Dores de Campos............................................................... 30

4.1.2 Geografia e Clima ......................................................................................................................... 30

4.1.3 População e Economia.................................................................................................................. 31

4.1.4 Gestão dos Resíduos Sólidos no Município de Dores de Campos................................................. 32

4.1.5 Projetos de gerenciamento de resíduos ......................................................................................... 36

4.1.6 Legislação pertinente à implementação da usina de triagem e compostagem.............................. 37

4.2 AMOSTRAGEM DOS RSU DE DORES DE CAMPOS................................................................................. 39

4.2.1 Preparo da primeira amostra – A1................................................................................................ 40

4.2.2 Preparo da segunda amostra – A2 ................................................................................................ 42

5 RESULTADOS E DISCUSSÕES ............................................................................................................. 44

5.1 CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DOS RESÍDUOS DA AMOSTRAGEM A1 ........................................................ 44

5.2 CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DOS RESÍDUOS DA AMOSTRAGEM A2 ........................................................ 46

5.3 ELEMENTOS PARA O GERENCIAMENTO DOS RSU EM DORES DE CAMPOS........................................... 50

6 CONCLUSÕES.......................................................................................................................................... 55

7 RECOMENDAÇÕES................................................................................................................................ 57

REFERÊNCIAS .................................................................................................................................................. 58

Curso de Especialização em Análise Ambiental da UFJF

x

LISTA DE FIGURAS

FIGURA 4.1: Vista parcial do Município de Dores de Campos......................................31

FIGURA 4.2: Lixão do município de Dores de Campos..................................................34

FIGURA 4.3: Presença de catador e animais no lixão....................................................35

FIGURA 4.4: Vista para o lixão municipal na rodovia Barroso – Dores de Campos..36

FIGURA 5.1: Diagrama do processo de quarteamento dos resíduos para

amostragem....................................................................................................39

FIGURA 5.2: Pesagem da amostra de lixo contida nos tambores metálicos..............41

FIGURA 5.3: Segunda amostragem de resíduos após a disposição do lixo...............43

FIGURA 6.1: Caracterização percentual da composição física dos RSU do município

de Dores de Campos para a amostra A1, em maio de 2007.................48

FIGURA 6.2: Caracterização percentual da composição física dos RSU do município

de Dores de Campos para a amostra A2, em fevereiro de 2008. .........48

FIGURA 6.3: Média percentual da caracterização dos RSU do município de Dores de

Campos. ..........................................................................................................50

Curso de Especialização em Análise Ambiental da UFJF

xi

LISTA DE TABELAS

TABELA 6.1: Peso bruto e peso líquido da amostra A1 .................................................44

TABELA 6.2: Composição gravimétrica dos RSU de Dores de Campos expressa em

quilogramas e porcentagem, para a amostra A1. ....................................45

TABELA 6.3: Peso bruto e peso líquido da amostra A2 .................................................46

TABELA 6.4: Composição gravimétrica dos RSU de Dores de Campos expressa em

quilogramas e porcentagem, para a amostra A2. ....................................47

Curso de Especialização em Análise Ambiental da UFJF

xii

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AAF Autorização Ambiental de Funcionamento

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas

ABRELPE Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais

ABRE Associação Brasileira de Embalagens

ANVISA Agência Nacional de Vigilância Sanitária

CNEN Comissão Nacional de Energia Nuclear

CONAMA Conselho Nacional de Meio Ambiente

COPAM Conselho Estadual de Política Ambiental

DN Deliberação Normativa

EIA Estudo de Impacto Ambiental

FCEI Formulário Integrado de Caracterização do Empreendimento

FEAM Fundação Estadual de Meio Ambiente

GIRSU Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos

GRSU Gerenciamento de Resíduos Sólidos Urbanos

IBAM Instituto Brasileiro de Administração Municipal

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

ICMS Imposto Sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Sobre

Prestação de Serviços de Transporte e de Comunicação

IEF Instituto Estadual de Florestas

IGA Instituto de Geociências Aplicadas

IGAM Instituto Mineiro de Gestão das Águas

ISO International Organization for Standardization

NBR Norma Brasileira Registrada

ONG Organização Não Governamental

PET Poli Tereftalato de Etila

PEV Ponto de Entrega Voluntário

pH potencial Hidrogeniônico

PNSB Pesquisa Nacional de Saneamento Básico

PSF Programa de Saúde da Família

RDC Resolução da Diretoria Colegiada

RIMA Relatório de Impacto Ambiental

RSS Resíduo Sólido de Saúde

RSU Resíduo Sólido Urbano

Curso de Especialização em Análise Ambiental da UFJF

xiii

SEDRU Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional e Urbano

SIAT Serviço Integrado de Assistência Tributária

SISNAMA Sistema Nacional do Meio Ambiente

SUPRAM Superintendência Regional do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável

URC Unidade Regional Colegiada

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14

1 INTRODUÇÃO

Um dos maiores problemas que aflige as administrações municipais no Brasil e no mundo,

sobretudo aquelas dos países em desenvolvimento é a destinação dos rejeitos gerados nas

mais diversas atividades humanas. Esses resíduos, que podem ser líquidos, gasosos ou

sólidos, quando eliminados inadequadamente, traduzem-se em poluição, contaminação e,

sobretudo, no desperdício de recursos naturais, como o ar, os mananciais e o solo.

A problemática resultante da geração dos Resíduos Sólidos Urbanos – RSU, aqueles gerados

no ambiente municipal, é cada vez mais preocupante devido ao grande crescimento

populacional e ao desenvolvimento tecnológico das últimas décadas, o que levou ao aumento

do consumo de bens e, conseqüentemente, da geração de lixo.

A gestão da “limpeza pública” e dos RSU é de responsabilidade das prefeituras. A destinação

adequada dos resíduos, aquela que garante menores impactos ao meio ambiente, tem se

tornado um desafio, principalmente para as cidades de pequeno porte, devido à carência de

recursos humanos qualificados, tecnológicos e financeiros, sem mencionar o problema

ocasionado pelas descontinuidades administrativas relacionadas aos RSU, típico de políticas

municipais brasileiras.

Dados da Pesquisa Nacional de Saneamento Básico – PNSB – publicada pelo Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, em 2002, revelam a situação da gestão do lixo

urbano nos municípios brasileiros no início desta década: em termos percentuais do peso total,

a situação é ilusoriamente favorável, uma vez que 47,1% do lixo coletado no Brasil é disposto

em aterros sanitários, contra 22,3% destinados aos aterros controlados e 30,5% em lixões. Em

contrapartida, em número de municípios, o resultado mostra outra realidade: apenas 18,4%

possuíam aterros controlados, 13,8% aterros sanitários e 63,6% dos municípios utilizam

lixões, sendo que 5% não informaram como são dispostos seus resíduos.

Quanto à geração per capita, cidades de até 30 mil habitantes geram cerca de 0,50 kg/hab.dia,

segundo IBAM (2001), podendo atingir valores maiores que 1,00 kg/hab.dia em megalópoles

com mais de 5 milhões de habitantes.

O município de Dores de Campos, situado na região Campo das Vertentes no estado de Minas

Gerais, objeto de estudo deste trabalho, se enquadra n

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