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O COMPANHEIRO DE VIAGEM

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Por:   •  23/1/2014  •  353 Palavras (2 Páginas)  •  397 Visualizações

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O COMPANHEIRO DE VIAGEM

André, o bom Andrezinho, menino querido e estimado por todos que o

conheciam, achava-se desesperado, banhado em lágrimas, aflito, porque sabia que o seu

extremoso pai estava nos paroxismos finais da vida.

Só ele velava no pequeno e desguarnecido aposento onde jazia o moribundo. A

lamparina acesa derramava amortecida claridade. Era noite alta.

De súbito, o velho, quebrando o silêncio, falou:

– Sempre foste bom filho, André, e, por isso Deus te ajudará na tua peregrinação

pela terra.

Depois, olhou tristemente o filho, pela última vez; fechou os olhos para sempre e

expirou. Estava morto, mas parecia dormir apenas um sono doce, calmo, tranqüilo,

porque morrera serenamente, como um justo, que sempre fora.

André, compreendendo a terrível realidade, chorava amargamente. ajoelhado

junto à cama, tendo entre as suas as mãos do seu amado morto, beijando-as com todo

respeito, deixou-se ficar na mesma posição, sempre a chorar, até que, vencido pelo

sono, exausto de fadiga, adormeceu.

Sonhou. Viu o Sol e a Lua inclinarem-se diante dele. Viu o velho, de perfeita

saúde, sorrindo-se, alegre como outrora, nos seus dias de bom humor. Uma encantadora

mocinha, tendo uma coroa de ouro sobre a bela cabeça ornada de louros cabelos,

estendia-lhe a mão, enquanto seu pai lhe dizia: “Eis tua noiva, André. É a moça mais

formosa do mundo inteiro”.

O menino despertou.

A agradável e radiante visão havia desaparecido. Ninguém se achava a seu lado:

no quarto, só estavam ele e o cadáver.

No dia seguinte enterraram o morto. André acompanhou tristemente o enterro,

lembrando-se que nunca mais havia de ver aquele a quem ele tanto amara, e por quem

tanto fora amado. Ouviu o som da terra caindo sobre o caixão; ouviu os cantos

suavíssimos das preces rezadas. E chorou. As lágrimas fizera-lhe bem, aliviando-o.

Olhou em torno de si. O sol brilhava majestosamente, dourando as árvores

verdejantes, como se quisesse dizer-lhe: “Consola-te, Andrezinho, contempla este céu,

tão azul, tão sereno! É nele que está teu pai rogando a Deus para que sejas eternamente

feliz.”

E, ali mesmo, no cemitério, o mocinho protestou consigo mesmo:

– Prometo que serei sempre bom, porque quero reunir-me,

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