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O ENSINO DE LINGUA, A ACD E AS TECNOLOGIAS MODERNAS

Por:   •  11/11/2018  •  Trabalho acadêmico  •  4.060 Palavras (17 Páginas)  •  214 Visualizações

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O ENSINO DE LINGUA, A ACD E AS TECNOLOGIAS MODERNAS.[pic 1]

 (Luciano Santana Rocha) UFS

RESUMO

O presente artigo vem, por meio das teorias científicas de alguns autores, a exemplo de Fairclough (1999), (Chouliaraki & Fairclough (1999), Neves (2006), Pedrosa (2008), Vieira (2003), além de outros ligados às tecnologias modernas como: Castells (1999), Levi (1999), Marcuschi & Xavier (2010), Martin-Barbero  (1997), propor e desenvolver a discussão linguística e demonstrar a relevância da Análise Crítica do Discurso (ACD), bem como o uso da introdução de novas tecnologias tem auxiliado junto às metodologias do ensino de Língua em sala de aula, exigindo postura crítica, mediante o uso de propagandas televisivas, de revistas etc. Percebemos, também, como tais tecnologias novas de comunicação e de informação, as TICs, articulam-se intensamente com o currículo como um todo, através de recursos digitais disponíveis para a realização do trabalho eficaz tanto do corpo docente como do discente.

PALAVRAS-CHAVE: Ensino. Crítica. Discurso. Tecnologia.

RESUMEN

This article comes through the scientific theories of some authors, like Fairclough (1999), Chouliaraki & Fairclough (1999), Snow (2006), Pedrosa (2008), Vieira (2003 ), and other linked to modern technologies such as Castells (1999), Levi (1999), Marcuschi & Xavier (2010), Martin-Barbero (1997), propose and develop linguistic discussion and demonstrate the relevance of Critical Discourse Analysis (CDA) and the use the introduction of new technologies has helped with the language teaching methods in the classroom, requiring critical, through the use of television advertisements, magazines etc. We realize, too, such as new technologies of communication and information, ICTs, articulate intensely with the curriculum as a whole, through digital resources available to carry out the effective work of both the faculty and the students.

KEYWORDS: Education. Criticism. Speech. Technology.

1. INTRODUÇÃO[pic 2]

Este trabalho desenvolveu-se centrado, sobretudo, nas interferências da oralidade nos diálogos e textos escritos, analisando também as considerações de ordem discursivas, permitindo-nos assim maior compreensão global da contextualização, tomada como um todo.  A internet é o lócus onde acontecem tais diálogos, tais interferências entre a oralidade e a escrita, não obstante entre jovens, mas também entre o público adulto, seja na efetiva concretização de sua linguagem e expressão do pensamento e do ato de se escrever como se fala no dia-a-dia, seja mediante a hermenêutica dos discursos que estão por trás das imagens não só visuais, dentre outras.

A razão desse artigo está, acima de tudo, no fato de que parecem ser grandes os problemas enfrentados pelos profissionais do ensino de língua, seus desafios ante tais inovações, teorias modernas e novas perspectivas em sua prática pedagógica no cotidiano. O que dizem os novos teóricos a respeito, em suas abordagens sobre gêneros textuais, a partir das modernas perspectivas? Atualmente sabemos que, com a profusão de gêneros textuais digitais que surgiram/surgem com a popularização e com a utilização da internet, as possibilidades de manifestar-se por meio da língua em hipertexto atrai uma infinidade de pretensos “escritores” e incansáveis “leitores”. Falar sobre esse assunto é um desafio, não apenas por evocar práticas modernas de ensino/aprendizagem, marcadas pelo uso da internet em sala de aula, mas também pelas exigências de reavaliação das metodologias e abordagens até então praticadas em tal ensino supracitado, que envolve a produção dos gêneros textuais como um todo. Tal prática de ensino,  auxiliada pelo uso da análise crítica do discurso, principalmente mediante o campo midiático, também auxiliada pelas teorias/tecnologias modernas.

Urge um fazer múltiplo, heterogêneo, até, cujas tecnologias e as teorias modernas servem também de canal para o ensino de Língua. Trata-se de um fazer “que organiza as relações, constrói as significações e define os efeitos pragmáticos que, afinal, fazem de texto uma peça em função” Neves (2006:11). Dentro dessa discussão ou perspectiva, sabemos que há os dois lados da mesma moeda: o Funcionalismo e o Formalismo. O primeiro concebe a linguagem como uma prática interligada à prática social, enquanto o segundo como um fenômeno suficiente em si mesmo; sendo assim “um modo a-social de estudar a linguagem” Fairclough (1989, p. 07).      Há nisso a dialética de como a forma atua no significado e de como as funções externas do sistema linguístico influenciam também da mesma maneira.

Desse modo, multivariadas temáticas podem vir a ser objeto de discussão em sala de aula, seja no ensino da língua-mãe, em que tais temas são debatidos, a exemplo das questões de gênero, de sexualidade, étnicas, dentre outras; ou seja, das “minorias”, que na contemporaneidade, segundo J. A. Vieira são concebidas como produto da negociação externa da diferença com outros sujeitos, estabelecendo um contínuo; nessa negociação, cujo propósito é a constituição do “self” Vieira (2003, p. 4). O espaço próprio para essa negociação, enfim, é a heterogeneidade textual e seus múltiplos usos de sentidos. A interface linguagem-ideologia também deve ser considerada, já que, de acordo com Fairclough (1999, p. 61): as práticas discursivas são investidas de ideologia à medida que incorporam significações que contribuem para manter ou reestruturar as relações de poder.  

Segundo Heberle, no ensino de língua a linguagem é considerada como uma das formas de discurso e, em consequência, como prática social, que estão conectados com relações de poder e ideológicas, que configuram novos sentidos de transformação para as relações sociais e para as identidades. (HEBERLE, 2000, p. 29).

2. OS DESAFIOS DO USO DA ANÁLISE CRÍTICA DO DISCURSO NO ENSINO DE LÍNGUA.

É quase que impossível comentar acerca das práticas sociais e discursivas sem recorrer à Análise Crítica do Discurso (ACD), haja vista que essa teoria concebe também a linguagem como prática social e considera a conexão entre prática social, discurso e relações de poder como uma dimensão crucial e necessária. O que daí decorre são as relações intrínsecas entre mundo escolar, educação formal, o meio social e a linguagem, responsáveis pelos graus de deficiência ou não de todo este processo. Para Geraldi, “o ensino de língua, nosso objeto de preocupação constante, não está livre das interferências do sistema escolar e este, do sistema social”. Geraldi (1991, p. 61, Apud Carvalho (1997, p. 12). No primeiro, o mundo social está presente com seus conflitos e contradições, como um paradigma que se impõe como desafio a exigir tanto atitude como soluções várias.

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