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O Racionalização Subversiva: Tecnologia, poder e democracia

Por:   •  20/6/2018  •  Trabalho acadêmico  •  786 Palavras (4 Páginas)  •  479 Visualizações

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Resumo 3 – Racionalização Subversiva: Tecnologia, poder e democracia.

O texto de Andrew Feenberg, busca relacionar a tecnologia com diversos fatores sociais, entre eles, a democracia. Para o autor, a tecnologia é fonte de poder nas sociedades modernas, pois através dela pode ser discutido e consultado o cotidiano de várias pessoas.

O ponto de vista do senso comum considera a tecnologia moderna incompatível com a democracia no mercado de trabalho, isso acontece pois a teoria democrática não pode pressionar por reformas que poderiam destruir as fundações econômicas da sociedade.

O autor também enfatiza que uma minoria de teóricos afirmam que a tecnologia não é responsável pela concentração do poder industrial. É deixado claro que a tecnologia moderna contribui para a administração autoritária, mas não é operacionalizada democraticamente.

À medida que as sociedades modernas dependem da tecnologia, elas requerem uma hierarquia autoritária, pois na visão do senso comum, a tecnologia limita a democracia ao poder do Estado. A teoria crítica da tecnologia é considerada não-determinista, e com ela podemos enfatizar aspectos contextuais ignorados pela visão dominante.

A teoria de Max Weber sobre a racionalização é o argumento original contra a democracia industrial. Max define a racionalização como o papel crescente do controle da vida social, uma tendência que conduzia ao que ele chamou de a “gaiola de ferro” da burocracia, sendo que sua teoria pode some reafirmar os impulsos irracionais contra a rotina e a enfadonha previsibilidade com o fracasso do tradicionalismo.

Posteriormente, o autor reflete sobre o Determinismo Tecnológico, no qual se baseia na suposição de que as tecnologias tem uma lógica funcional autônoma, que pode ser explicada sem se fazer referência à sociedade. A tecnologia se assemelharia assim à ciência e à matemática, devido à sua intrínseca independência do mundo social.

Ao falarm sobre Construtivismo, o autor foca na sociologia construtivista da sociologia, que emerge a partir de uma corrente mais ampla de várias áreas conhecidas como os novos estudos sociais da ciência. Esses estudos questionam a tendência a isentar teorias científicas da mesma forma que submetemos ao exame sociológico as crenças  não-científicas, e afirmam o “princípio de simetria”, de acordo com o qual todas as crenças em disputa estão sujeitas ao mesmo tipo de explicação social.

O indeterminismo já reflete sobre a questão do trabalho, onde o autor enfatiza o movimento da luta contra a extensão do trabalho diário e sobre a mão-de-obra infantil, o que para os donos de fábricas, era visto com toda normalidade e contra essa luta. As crianças deixaram de trabalhar e foram socialmente redefinidas como aprendizes e consumidores. Entram no mercado de trabalho com maiores níveis de habilidade e disciplina que passaram a ser pressupostos do modelo tecnológico.

Andrew Feeberg no restante de seu artigo, aborda a temática não determinista da tecnologia, e enquanto sendo um objeto social, deveria estar sujeita a uma interpretação como qualquer outro artefato cultural, mas acaba sendo excluída do estudo das ciências humanas.

Sobre a hegemonia tecnológica, entra em cena o estudo do horizonte cultural da tecnologia, que refere-se a suposições genéricas e culturais para qualquer aspecto da vida, e podem dar suporte à hegemonia. A concepção de hegemonia diz respeito a uma forma de dominação profundamente arraigada na vida social, que parece natural para aqueles a quem domina, podendo também, ser definida como a configuração de poder social, que tem, na sua base, a força cultural.

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