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O Romantismo Brasileiro

Por:   •  19/5/2018  •  Projeto de pesquisa  •  1.786 Palavras (8 Páginas)  •  288 Visualizações

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E. E. B. DR. GUILHERME JOSÉ MISSEN

EVERTO CARLOS HOLLEWEIGER

2° ANO ENSINO MÉDIO

MATUTINO

ROMANTISMO

PORTUGUÊS

SÃO MIGUEL DO OESTE, 21/04/2017.


Romantismo:

Romantismo brasileiro surgiu poucos anos depois da independência política, em 1822. Esse fato histórico manifestou-se nos intelectuais da época uma grande necessidade de criar uma cultura genuinamente brasileira e antilusitana, distante dos moldes literários portugueses, que não retratavam a realidade de nosso país.

Em virtude da necessidade de criar uma literatura identificada com nossas raízes históricas, linguísticas e culturais, nossos escritores românticos desenvolveram aquele que seria um dos traços essenciais do Romantismo: o nacionalismo. O marco inicial do movimento ocorreu com a publicação da obra Suspiros poéticos e saudades, de Gonçalves de Magalhães, em 1836, famosa por seu prólogo que anunciava a revolução literária romântica. Tradicionalmente, o Romantismo brasileiro é dividido em três diferentes fases, também chamadas de gerações:

Primeira Geração: Nacionalismo - influenciada pela Independência do Brasil, a poesia buscava a identificação do país com suas raízes históricas, linguísticas e culturais. O desejo era o de construir uma arte brasileira, livre da influência de Portugal, e o sentimento era de nacionalidade, resgatando elementos da história do país. Foi fortemente marcada pelo indianismo e trazia a tona elementos da natureza (flora e fauna) brasileira. O índio era exaltado como herói, pois representava o povo brasileiro, e o Brasil em sua essência.

Segunda Geração: Mal do Século - Esse período se iniciou por volta de 1850. Traz em si o pessimismo e o apego aos vícios. Os sentimentos são exagerados e aparecem de forma idealizada na poesia. Além disso, elementos como a noite, a melancolia, o sofrimento, a morbidez e o medo do amor são recorrentes em seus textos poéticos e é claro, a depressão.

Terceira Geração: Condoreirismo - a última geração da poesia romântica se inspira em Victor Hugo, e traz um foco político e social. Na época, ideias abolicionistas e republicanas vinham à tona, e junto com elas o desejo de se libertar do Império.  O condoreirismo se refere à figura do condor, uma ave que tinha voo alto, assim como os poetas românticos faziam em busca de defender seus ideais libertários.

Enquanto isso, na prosa romântica, o período se dividiu por tendências, sendo estas:

Romance urbano: Os romances urbanos são os mais lidos até hoje. Em sua grande maioria, este tipo no Romantismo narrava uma história que geralmente ocorria nas capitais, na alta sociedade. Funcionava como crítica aos costumes, mostrando a sociedade e os interesses desta em uma determinada época.

Romance regionalista: O romance regionalista, passado em ambiente rural, mostrando costumes, valores e cultura típica de uma região. Este tipo de romance trazia um maior conhecimento do Brasil sobre si próprio, uma vez que voltava seu olhar pra regiões diferentes do Brasil, trazendo à tona sua diversidade.

Biografia de José de Alencar:

José Martiniano de Alencar nasceu em 1º de maio de 1829 na cidade de Messejana, no Ceára. Com apenas um ano de idade, sua família mudou-se para o Rio de Janeiro, que na época era capital do Império do Brasil.

Estudou no Colégio de Instrução Elementar e, em 1846, com 17 anos, Ingressou na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, na capital paulista, formando-se em 1850. Durante esses anos na Universidade, criou a revista intitulada “Ensaios Literários”.

Foi um romancista, dramaturgo, jornalista, advogado e político brasileiro. exerceu sua profissão de advogado e atuou na política elegendo-se Deputado Estadual do Ceará (1861). Foi também chefe da Secretaria do Ministério da Justiça (1859) e Ministro da Justiça (1868-1870).

 Atuou como jornalista no “Correio Mercantil” (1854) e redator-chefe no “Diário do Rio de Janeiro” a partir de 1856. Nesse mesmo ano, publicou seu primeiro romance: “Cinco Minutos”.

No ano seguinte, publicou dois romances, “A Viuvinha” e “O Guarani”. Casou-se com Ana Cochrane e, em 1872, teve seu primeiro filho, Mário Cochrane de Alencar (membro da Academia Brasileira de Letras).

Apesar de ser mais conhecido por suas obras literárias, o escritor brasileiro José de Alencar fez também algumas peças de teatro: Nas Asas de um Anjo, Mãe, O Demônio Familiar. 

Faleceu no Rio de Janeiro dia 12 de dezembro de 1877, com 48 anos, vítima de tuberculose.

Obras:

Suas obras foram marcadas, em sua maioria, por temáticas voltadas para o nacionalismo, a história e a cultura popular brasileira.

Outra importante característica refere-se à linguagem, uma vez que Alencar foi um grande inovador da língua portuguesa e valorizou uma linguagem mais nacional.

Suas obras de destaque:

  • Cinco Minutos, romance, 1856;
  • Cartas Sobre a Confederação dos Tamoios, crítica, 1856;
  • O Guarani, romance, 1857;
  • Verso e Reverso, teatro, 1857;
  • A Viuvinha, romance, 1860;
  • Lucíola, romance, 1862;
  • As Minas de Prata, romance, 1862-1864-1865;
  • Iracema, romance, 1865;

Resumo do livro A Viuvinha:

        O romance começa com o narrador contando como se escrevesse uma carta a uma prima relatando a história de Jorge e Carolina. 

A Viuvinha é uma estória de um jovem casal, Carolina e Jorge. Jorge é órfão de um rico negociante e ainda pequeno é deixado aos cuidados do tutor Sr. Almeida, amigo da família descrito como inteligente e honrado. Após o término de seus estudos e de alcançar a maioridade, Jorge passa a administrar os bens de seu pai, com isso, larga a profissão e acredita que apenas com a fortuna do pai poderá viver uma vida tranquila, onde poderá aproveitar tudo que desejar. Ele vive por três anos aproveitando a fortuna e uma vida boa, até que um dia se cansa a passa a se sentir só. Como diz o autor no trecho à seguir: “fatigado pelos excessos do prazer, gasto pelas emoções repetidas de uma existência desregrada, o moço sentiu o tédio e o aborrecimento, que é a última fase dessa embriaguez do espírito.” Melancolia: estado de grande tristeza e desencanto geral; Página 3.

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