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Once Upun Time

Por:   •  21/12/2021  •  Resenha  •  1.729 Palavras (7 Páginas)  •  189 Visualizações

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GODINHO, John. D. Once upon a time um inglês: a história, os truques e os tiques do idioma mais falado do planeta. 2. ed. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2016. 358p[1]

Andressa Kelly Almeida dos Santos[2]

Nascido em Lisboa, John D. Godinho, emigrou para os Estados Unidos ainda na infância. É graduado em Ciências Políticas pela Universidade de Boston e é Juris Doctor pela Faculdade de Direito da mesma universidade, com pós-graduação em Direito Internacional Comparado pela Universidade de Columbia, NY. Desempenhou o cargo de diretor de várias empresas do grupo USX – USSteel no Brasil, é consultor de empresas e professor de inglês para empresários, no Rio de Janeiro.

Once upon a time um inglês: a história, os truques e os tiques do idioma mais falado do planeta, possui 358 páginas, incluindo prefácio. Em seguida, dezoito capítulos que discutem amplamente a evolução do inglês ao longo da história e sua expansão mundial. São sagazmente abordados nesta obra assuntos culturais, movimentos sociais e políticos. Acompanha também: Índice cronológico da Língua Inglesa; lista de sítios na internet, lista bibliográfica, resenhas sobre o livro e agradecimentos.

O primeiro capítulo: ‘’ O inglês na boca do mundo’’, Godinho faz um retrospectiva da evolução do Inglês desde a chegada dos Romanos nas Ilhas Britânicas até a atualidade.  Também é comentado a utilização do inglês em países em que o idioma não é a língua materna, e os erros cometidos por hotéis, jornais, anúncios e propagandas ao repassar informações aos estrangeiros ou população local. Outro aspecto abordado pelo autor, é o estrangeirismo no vocabulário do Português do Brasil, no qual é constantemente incorporado palavras da Língua Inglesa para descrever ações do cotidiano. A linguagem e informações contidas neste capítulo são facilmente compreendidas, logo que traz a tradução das frases que estão em inglês. Embora o autor use uma linguagem bem humorada ao relatar o uso do inglês ao redor mundo, determinadas falas reafirmam supostos preconceitos atribuídos às nacionalidades citadas.

 O capítulo seguinte, denominado: ‘’ Nasce o inglês’’, Godinho discorre sobre os conflitos travados pelo domínio das Ilhas Britânicas, protagonizados pelos os primeiros habitantes que ocupavam e invadiram as mesmas. E como isso se originou o ‘’ embrião’’ do idioma que conhecemos atualmente como Inglês, que decorreu dos períodos conceituados como: Old English, Middle English e Modern English, Embora, Godinho não entre no tocante de análise da língua e suas mudanças de pronúncias, escritas ou gramaticais fica evidente a herança que cada povo atribuiu ao inglês. As ideias iniciais do capítulo não são expostas de forma clara, mas o autor ao longo dos parágrafos consegue compilar informações de épocas distintas de maneira simples e direta.

‘’ A conquista normanda ‘’ é o nome do terceiro capítulo. O pesquisador relata inicialmente como os Normandos derrotaram o último Rei Saxão e coroaram William I como rei da Inglaterra. Como também, a maneira que esse novo império modificou os costumes, política e a língua dos habitantes da época. Godinho discorre sobre a elitização das línguas, que tinha o Francês como a Língua dos nobres, o Latim como a língua da igreja e por fim o Inglês com menor prestígio, sendo utilizados pela ralé. O capítulo embora não se aprofunde nos impactos que cada conflito resultou no modo de vida dos povos, o autor especifica e distingue cada período.

No quarto capítulo, ‘’ O inglês cresce e aparece’’, O professor afirma a importância de personalidades políticas e artísticas como Shakespeare e a rainha Elizabeth I, na consolidação da língua Inglesa no cenário acadêmico, político e social. As observações feitas pelo autor a respeito da ascensão da frota marítima Inglesa foram concisas e coerentes, pois também mostra o lado negativo desse processo. Um aspecto negativo desta leitura é o descuido em ordenar os acontecimentos do período em questão e de fatos ocorridos no futuro, assim, há momentos em que as ideias ficam desordenadas.

Nos capítulos seguintes, ‘’ Jogos de palavras’’; ‘’ Os sons do inglês’’ e, ‘’ O inglês em preto e branco’’, o autor trata de assuntos da fonética, morfologia, semântica e linguística da Língua Inglesa. Godinho faz um ensaio detalhado e bem estruturado a respeito da formação do vocabulário do inglês moderno. E mesmo que os textos sejam altamente teóricos, o autor explica com exemplos como o inglês ao longo da sua evolução incorporou e descartou inúmeras palavras de diversos idiomas. Porém, essa característica fomentou preconceitos linguísticos que agregam ao idioma adjetivos de inferioridade. Como também, as diferentes maneiras como os estrangeiros tendem a pronunciar palavras e sentenças em inglês. Comenta também os impasses que falantes nativos encontram nas variações linguísticas da língua. Embora os textos levantam questionamentos sobre suposições de como a língua Inglesa era na realidade falada nesse período, o mesmo não se aprofunda nos motivos pelos quais ele considera esses consensos vagos.

Nos capítulos oitavo e nono, ‘’ O certo e o errado’’ e ‘’ Ordem na casa’’, o autor aborda duas perspectivas que se complementam a respeito das normas gramaticais e como os falantes as aplicam na verbalização. Godinho explica que tanto os falantes nativos como os não nativos tendem a cometer erros gramaticais ao falar. E mesmo que esses ‘’ erros’’ sejam em determinada perspectiva equivocadas, ocorre de não haver a necessidade de correção, pois provavelmente essa característica é um padrão como um determinado grupo se expressa. Porém, no capítulo seguinte o autor ressalta a importância das normas gramaticais e como elas tornam o idioma mais compreensível e facilita a aprendizagem. Em suma, esses textos oferecem ao leitor uma leitura dinâmica que busca auxiliar o leitor com exemplos relacionados com o tema. Mas, deve-se ressaltar que o autor se utiliza de narrativas generalistas, logo que não aponta de qual corrente se baseiam suas afirmativas.

Os capítulos seguintes são nomeados, ‘’ O inglês na América’’; ‘’ O nascimento dos States’’; ‘’ O inglês americanizado’’ e ‘’ Além do Mississippi’’. Godinho escreve nesses capítulos os eventos linguísticos e culturais desde a colonização da américa pelos ingleses e escoceses, até os desdobramentos que essa prática causou no processo de imposição da língua e independência política. Como também, a tomada de significados e identidade que cada localidade da ‘’ América’’ adaptou o Inglês.  Além do processo inverso, já que palavras originais das línguas do ‘’ Novo Mundo’’ foram incorporadas no inglês britânico. Os conteúdos que Godinho trabalha são embasados em uma variedade de conceituados teóricos, dando mais credibilidade ao texto. Porém, há trechos que não ficam nítidos quais são as ideias de Godinho e dos demais autores.

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