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Ouvir e Falar a Língua Portuguesa

Por:   •  20/5/2022  •  Resenha  •  544 Palavras (3 Páginas)  •  94 Visualizações

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Nome: Leandro de Souza Lemos

Curso: Letras- Inglês/ Português

Período: 5o

RGM: 23545046

UNIDADE II -  Ouvir e Falar a Língua Portuguesa

        

                O ouvir, ou a compreensão oral, é um dos grandes privilégios do ser humano, segundo Gomes (2012), foi segundo ela que o desenvolvimento de regiões corticais especializadas foi possibilitado. A capacidade de falar está intimamente relacionada a de ouvir, a criança nasce e conforme vai se desenvolvendo, vai repetindo silabas, palavras e frases, até chegar a fluência no seu idioma materno. Embora muito se fale sobre a norma culta como capacidade desejada aos alunos de nível fundamental e médio, a oralidade não é requerida em diversos sistemas de avaliação, como o ENEM, vestibulares e diversos concursos, o que faz com que, primordialmente, a escrita seja o alvo das aulas de português nas escolas.

        O foco das escolas em se trabalhar com a norma culta na escrita da língua portuguesa e não dar a mesma ênfase no tocante a fala, cria uma divisão a ser rejeitada, na qual a escrita requer o uso da norma culta e o bom uso da língua, enquanto a fala permite desvios da norma culta e um caos gramatical (MARCUSCHI, 2001). O problema com essa abordagem é que o aluno já chega a escola com seus vícios de linguagem, suas gírias e sua bagagem cultural. Embora sua forma de falar reflita suas raízes e de certa forma, deva ser motivo de orgulho, em entrevistas de empregos, conferencias e até em situações formais, a inabilidade do uso da norma culta na fala pode gerar inconveniências, fazendo com que o aluno perca oportunidades académicas e profissionais.

        A oralidade deve ser trabalhada com cuidado na escola, enquanto na maioria das situações, a escrita apresenta estruturas mais complexas e construções subordinativas, a fala, em situações informais, deve se adequar ao ambiente e as pessoas que escutam, apresentando construções curtas e mais simples. Embora as construções gramaticais usadas em uma carta, um livro ou um jornal sejam parecidas, as pessoas usam diferentes construções quando conversam em um escritório, um jogo de futebol ou em um jantar informal com os amigos.

        A escola deve fomentar o desenvolvimento do code switching (alternância de código linguístico), ou seja, desenvolver atividades onde se trabalhe situações informais e formais da língua portuguesa, em especial quanto a oralidade. Deve-se pedir que os alunos apresentem seminários em sala de aula, narrem um jogo de futebol, contem uma piada para turma, apresentem uma peça teatral e realizem diversas outras tarefas onde a fala da língua portuguesa possa ser empregada em diferentes cenários. Dessa forma os alunos não perderiam a variante linguística usada no dia a dia com seus familiares e amigos e seriam capazes de se comunicar adequadamente em situações formais.

        

Referências Bibliográficas:

GOMES, Maria Lúcia de Castro. Metodologia do ensino de língua portuguesa. Curitiba: InterSaberes, 2012. (E-book)GIL, Antonio Carlos. Metodologia de Ensino Superior. 3.ed. São Paulo: Atlas, 1997.

MARCUSCHI, Luiz Antônio. (2001). Da fala para a escrita: atividades de retextualização. 2.ed. São Paulo: Cortez

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