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Peça teatral

Por:   •  3/5/2015  •  Ensaio  •  2.267 Palavras (10 Páginas)  •  295 Visualizações

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Peça

Numa época em que a luxúria é tida como valor pela sociedade, surge uma história que mexerá com a sua consciência. Lord Kaô, um cavaleiro viajante oriundo de um reino distante, bem nos cafundós da Europa, deságua aqui no sertão do nordeste brasileiro. Com vestimentas nobres, porém já não tão nobres assim (fugiu de uma condenação em seu reino), chega aqui e, com um jegue, perambula pela cidade de Fogolópolis.

Cena 1

Rubrica: O nobre, ou melhor, o agora pobre e quase miserável Lord Kaô, com aparência cansada, lamenta o triste rumo de sua nova vida;

- Oh, my God! Vejam só! Das fartas e suculentas mesas da corte, olhem aonde eu parei. Meu São Jorge! Tive que fugir, pois a Rainha (e que tesão de Rainha) me condenou a casar com aquela “old-fat”. Aquela velha devia pesar muito mais que a minha consciência Somente porque dei uns “kisses” na enteada mais jovem daquela formosura real, fui acusado de ser Jack. Prefiro a morte nesta terra de ninguém do que ter de casar-me com aquilo, urrrg!!!

O rapaz, apesar da aparência cansada, era bonito, pele clara e corpo atlético. Chamava a atenção por onde passava e ali em Fogolópolis não seria diferente. Aliás em Fogolópolis as mulheres tinham fama de ser muito fogosas, daí o nome da cidade, diziam as más lín-guas.

Cena 2

Numa das ruas do centro de Fogolópolis, existia uma casa muito simples que, além da casa, também funcionava lá uma pequena padaria.

Rubrica: O padeiro, rapaz moreno, baixo e trabalhador, passava o dia atendendo os clientes, demonstrando muita satisfação no que fazia;

- Mininu, si eu num fosse padeiro nessa vida que Deus mim deu, eu acho que seria padeiro do mesmo jeito! O cabra pra fazê pão gostoso! Até meu padim, padim Cisso fica aperriado, doido prá descê do céu pra cumê as dilícias que eu faço.

O jovem rapaz não percebia que tanta dedicação ao trabalho fazia com que as coisas dentro de sua casa estivessem à beira de um naufrágio, pois ele tinha uma bela rapariga, descendente de índio e que já não aguentava mais passar as noites sem saciar a sua sede de amor. A mulher do padeiro era a mais bela da cidade, diziam os homens que habitavam em Fogolópolis e diziam isto com conhecimento de causa, pois a bela jovem costumava deixar a janela de seu quarto aberta para os rapazes que quisessem conhecer de perto àquela beleza admirável.

Cena 3

Rubrica: Mulher do padeiro desfrutando um momento de adultério;

- Ai que louca das boas!!! Beije-me meu docinho de pitomba, me beije, pois o meu marido está fazendo pão e eu querendo um pouquinho de amor.

Coitado do padeiro, trabalhando, nem imaginava as aventuranças de sua bela mulher.Tudo mudaria com a chegada de Lord Kaô que ao passar montado em seu jegue em frente à casa do padeiro, conquistou o coração da jovem e perdida mulher.

Cena 4

Rubrica: Lord Kaô passando montado em seu jegue em frente à janela do quarto da casa do padeiro;

- Pocotó, pocotó e pocotó. Eram os passos do jegue.

- Tum-tum, Tum-tum e Tum-tum. Eram as batidas do coração da jovem.

- Que homem danado de bonito, acho que me apaixonei por ele!

-Venha donzela! Vamos em busca da felicidade!

E ela, desavergonhada, não teve dúvidas, pulou nos braços do cavaleiro e juntos fugiram para bem longe dali.

Rubrica: o padeiro causa uma tragédia:

- Oh meu Deus, qui diacho me aconteceu! Minha mulher me deixou e o que vai ser de mim.

A jovem moça, iludida por aquele amor, decidiu que jamais trairia seu novo amado. Juntos saíram pelo seco sertão do nordeste em busca de melhor sorte. Sem muita econômia o que tinham logo acabou, logo, Lord e sua amante iniciam caminhada certa rumo a mor-te.

Mas de repente dão de cara com o padeiro, munido de uma espingarda herdada de seu avô, um saco de pão e uma quartinha de água.

Mulher do padeiro - Meu padim pade Cisso é meu marido, ele vai nos matar!

Padeiro - Por quê fez isso comigo mulher?

- Amo tanto você!

Mulher do padeiro - Não sei explicar marido, mas você vai me perdoar não é?

Padeiro - Perdoar, não perdoo não, mas pode ficar calma que não irei te

Fazer mal algum!

- Tô vendo que vocês estão com muita fome e cede, comam es-

ses pães e bebam essa quartinha de água.

Mulher do padeiro - Obrigada marido, sabia que você tinha um bom coração!

Padeiro - Tão satisfeitos?

Mulher do Padeiro -Sim!

Lord Kaô - Sim, senhor!

Padeiro - Então é hora de morrer!

- Deixei vocês comerem, porque nem o pior dos piores merece morrer com fome!

- Pum! Pum!

Mulher do Padeiro – Adeus meu amor, estou morrendo!

Lord Kaô - Irei vingar sua morte meu amor!

- Vou te matar na facada corno!

- Ahhhh!!!

Padeiro - Pum!

E no silêncio que agora predomina, estão os três corpos estendidos no chão do

Escaldante Sertão.

CENA 5

Rubrica: Após os três falecimentos, os espíritos começaram a caminhar lado à lado sem rumo.

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