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Preconceito Linguistico

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Por:   •  29/9/2014  •  749 Palavras (3 Páginas)  •  284 Visualizações

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Atualmente o que se tem percebido é que as novas propostas de educação em língua materna adotaram como objeto e como objetivo a questão da variação linguística, como por exemplo, os PCNs, que apresentam como objetivos do ensino de língua portuguesa o domínio da língua como um todo, porém, não apenas na escola, mas na sociedade em sua totalidade, entretanto faz-se notório que tratamento dado a esse tema em muito tem deixado a desejar, já que lhes faltam reflexões com embasamento teórico, pautado na Sociolinguística. (NOGUEIRA, 2012).

De acordo com Martins (2007), o que mais ocorre é que algumas escolas ainda acreditam que sua principal obrigação é ensinar à gramática, no entanto os alunos já trazem consigo ao iniciar sua escolarização, o que traz à tona a função da escola, como sendo, desenvolver outras atividades que irão além do vernáculo básico, simplificadamente significa dizer que, o ensino de mais formas da língua. Logo, a realidade vivenciada dentro das escolas gera um maior favorecimento a língua culta, ou língua padrão, desrespeitando dessa forma a variedade linguística dos alunos. Fato este que pode acarretar consequências como, por exemplo, o bloqueio da expressividade oral e escrita dentro da escola.

Segundo Santos (2005), “muitos profissionais desconhecem os pressupostos teóricos que norteiam as propostas dos PCN, fato que ocasiona a má interpretação do documento”. Explicação mais aceitável para o fenômeno de que muitos professores aceitam tudo que o aluno produz, devido à falta de variedade culta da língua, gerando assim a situação comumente vista, onde o aluno sai da escola do mesmo jeito que entrou, com conhecimento de apenas uma variedade.

A proposta dos PCN não é extinguir a norma culta, e sim tratar com o devido respeito às variadas formas de falar, já que os PCN têm como objetivo facilitar aos professores o norteamento para a formação de cidadãos críticos, pessoas capazes de colocar em pratica as diversas variantes de uma mesma língua a depender da situação discursiva. (LIMA, 2012).

De Acordo com Andrade et al (2012), a escola é um instrumento usado para a exclusão de todos os tipos de preconceitos, principalmente o linguístico, entretanto muita das vezes esta apresenta um conceito de linguagem restrito o que acaba por dar prioridade a um determinado padrão, deixando de lado as variedades linguísticas de cada um.

Andrade (2012) relata ainda que: “A língua falada no Brasil, do ponto de vista linguístico já tem regras de funcionamento que, cada vez mais, se diferencia da gramática da língua falada em Portugal.” O leva a reflexão de que o conceito de certo e errado, não pode existir em se tratando de países com dialetos diferenciados, a língua brasileira embora tenha se originado da portuguesa, atualmente segue sua própria gramática, com regras mutáveis.

O professor é o mentor treinado e capacitado para repassar as mudanças linguísticas e ao mesmo tempo, impedir que essa discriminação linguística ocorra dentro da escola, é ensinando os alunos a raciocinar e não apenas repassar fielmente a gramática, apenas como conteúdo obrigatório de disciplina escolar.

[...] fazer com que o ensino do português deixe de ser visto como a transmissão de conteúdos prontos, e passe a ser uma tarefa em que o professor deixa de ser a única

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