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Língua de sinais brasileira (Libras)

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Por:   •  22/2/2015  •  Pesquisas Acadêmicas  •  3.803 Palavras (16 Páginas)  •  389 Visualizações

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CENTRO UNIVERSITÁRIO ANHANGUERA DE SÃOPAULO

CURSO: LICENCIATURA EM PEDAGOGIA (EAD)

LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS

Série: 2° Semestre

SÃO PAULO

2012

SURDEZ NAS PERSPECTIVAS MÉDICA, EDUCACIONAL,CULTURAL E SOCIAL ABRANGENDO A LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS E A CULTURA SURDA

PERSPECTIVA MÉDICA

A surdez é categorizada em níveis:

• LEVE: não tem efeito significativo no desenvolvimento desde que não progrida, geralmente não é necessário o uso de aparelho auditivo.

• MODERADO: pode interferir no desenvolvimento da fala e da linguagem, mas não chega a impedir que o indivíduo fale.

• SEVERA: interfere no desenvolvimento da fala e linguagem, mas com o uso do aparelho auditivo, poderá receber informações utilizando a audição para o desenvolvimento da fala e linguagem.

• PROFUNDA: sem intervenção, a fala e a linguagem dificilmente irão acontecer.

Pode ser classificada de deficiência auditiva quando a audição não é funcional na vida comum, ou hipoacústica que é quando a audição mesmo que deficiente é funcional com ou sem prótese auditiva.

A surdez pode ser de origem congênita causada por doenças adquiridas durante a gravidez, por hereditariedade, exposição a sons impactantes, ingestão de medicamentos que afetam o nervo auditivo, doenças infecciosas, bacterianas e virais.

O que não se pode associar é a ideia de surdo mudo.

A terminologia surdo mudo é atualmente equivocada, pois o surdo só não fala porque não ouve.

PERSPECTIVA EDUCACIONAL

A surdez é dita como a incapacidade do individuo aprender a falar naturalmente, por via auditiva. No passado a surdez era compreendida por ser uma deficiência de inteligência, mas hoje se sabe que isso se devia a falta de estímulos adequados ao potencial cognitivo, sócio-afetivo, linguístico e político-cultural.

Nos séculos XVI na Europa, os surdos eram considerados incapazes e eram internados em asilos, como deficientes mentais/ intelectuais.

Na segunda metade do século XIX o ORALISMO (uma corrente que prega que a fala é a única forma desejável de comunicação e que se deve evitara gesticulação),começou a ser difundido.

Na década de 1980, a COMUNICAÇÃO TOTAL (defende a tese de que a comunicação com o surdo deve ser feita utilizando todos os recursos audiovisuais possíveis simultaneamente), passa a ocupar o lugar de destaque na educação dos surdos.

No século XVIII, a língua de sinais começou a ser difundida e o surdo ganhou cidadania. Na década de 60, voltou a ser associada ao ORALISMO, dando origem a novas correntes como o:

* BILINGUISMO : defende a ideia de que o surdo deve aprender a língua de sinais – língua materna – e aprender a língua do seu país de origem como segunda língua.

* BIMODALISMO: consiste no uso simultâneo de duas línguas de modalidade diferentes –sinais e língua oral- ocasionando uma sobreposição de línguas.

No Brasil teve inicio no SEGUNDO IMPÉRIO, com a chegada do educador francês Hernest Huet e em 1857com a fundação do Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES).Inicialmente utilizava a língua de sinais e posteriormente(1911) passou a adotar o ORALISMO PURO.

Na década de 70 a COMUNICAÇÃO TOTAL passou a ser adotada e o BILINGUISMO passou a ser difundido na década de 80.

A qual preconiza que o surdodeve ser exposto o mais precocemente possível a uma língua de sinais, identificada como uma língua passível de ser adquirida por ele sem que sejam necessárias condições especiais de “aprendizagem”. Tal proposta educacional permite o desenvolvimento rico e pleno de linguagem, possibilitando ao surdo um desenvolvimento integral. A proposta da educação bilíngue defende, ainda, que também seja ensinado ao surdo a língua da comunidade ouvinte na qual esta inserido, em sua modalidade oral e/ou escrita, sendo que esta será ensinada com base nos conhecimentos adquiridos por meio da língua de sinais (Lacerda, 2000, p.53-54).

PERSPECTIVA CULTURAL E SOCIAL

A surdez é descrita como diferença linguística e identidade cultural a qual é partilhada entre indivíduos surdos e seu principal espelhador e a Língua Brasileira de sinais, o idioma natural dos surdos.A cultura surda também possui diferenças nos hábitos alimentares, vestuário, socioeconômica e linguística entre outras, devido à diversidade do Brasil.

Ainda hoje existem surdos que por imposição familiar ou pessoal preferem utilizar a língua falada, em lugares isolados ou onde não exista uma comunidade surda eles se comunicam por gestos.

A maioria das escolas não está preparada para incluir os surdos em suas grades curriculares. Viver em sociedade é fundamental na construção da identidade surda, para isso devemos pensar na condição do surdo como diferenciada da maioria da população que é ouvinte e não com incapacidade intelectual. Tornou-se parte da Cultura Surda usar uma fita azul, que foi introduzida na Austrália em julho de 1999 durante o Congresso Mundial da Federação Mundial de Surdos, a cor azul representa a opressão do passado e as vitórias que acontecem dia a dia.

A dimensão cognitiva, afetiva e social estão presentes na própria noção de representações sociais (...) O modo mesmo da sua produção se encontra nas instituições, nas ruas, nos meios de comunicação de massa, nos canais informais de comunicação social, nos movimentos sociais, nos atos de resistência e em uma serie infindável de lugares sociais. É quando as pessoas

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