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O FUNDAMENTAÇÃO TEORICA

Por:   •  11/4/2017  •  Resenha  •  1.269 Palavras (6 Páginas)  •  311 Visualizações

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NOME: Karine Tainay de Oliveira

ESTÁGIO III

TURMA: 2/2014

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

        Essa irá ser uma literatura relacionada aos critérios diagnósticos, bases etiológicas e tratamentos farmacológico e comportamental do transtorno de défit de atenção e hiperatividade (TDAH) em crianças. Os resultados dessa revisão apontam para uma predominância do critério diagnostico baseado no Manual Diagnóstico e Estatístico das Doenças Mentais, bem como a necessidade de uma maior interação entre variáveis biológicas e comportamentais na compreensão das bases etiológicas e de tratamento destes transtornos.

        Atualmente o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade é um dos temas mais estudados com crianças de idade escolar, além disso, o TDAH passou a ser uma das principais fontes de encaminhamento de crianças ao sistema de saúde. A grande frequência de diagnósticos, nos leva a uma reflexão crítica do processo de avaliação, intervenção, além de práticas educativas no acompanhamento de crianças e jovens tanto na família como no sistema de educação. Os fatores que podem contribuir para o desenvolvimento de comportamentos de risco, os quais podem ser precipitadamente classificados em diagnósticos psiquiátricos são as mudanças na família, a sofisticação do sistema de comunicação, o alto número de crianças e jovens por sala de aula.

        Embora o termo TDAH seja corretamente utilizado em contextos clínicos, acadêmicos, familiares e sociais, esta nomenclatura sofreu alterações nas ultimas décadas, sobretudo em função de uma maior compreensão de suas bases etiológicas e de tratamento. As constantes alterações na nomenclatura e compreensão do TDAH parecem representar diferentes focos das pesquisas de cada época com suas diferentes explicações, em 1902, a primeira descrição do transtorno foi apresentada pelos pediatras ingleses George Still e Alfred Tredgold (Barkley, 2008; Rohde & Halpern, 2004), eles denominaram essa área de defeito na conduta moral acompanhado de inquietação, desatenção e dificuldades diante de regras.

        Ocorreu no início do século XX o interesse pelo TDAH, pois houve um surto de encefalite na América do Norte. As crianças que sobreviveram à encefalite apresentaram sintomas que hoje faz parte do diagnóstico de TDAH, dentre eles, inquietação, desatenção e impulsividade.

        No final da década de 1930 e por todo o período da segunda guerra mundial o transtorno foi denominado de Lesão Cerebral Minima, pois ocorreram inúmeros casos de traumas cerebrais, acompanhados de sinais de desatenção, inquietação e impaciência.

        Em 1062, diante da dificuldade de correlacionar os sintomas com uma determinada lesão cerebral, a Disfunção Cerebral Minima e suas alterações comportamentais passaram a ser explicadas por disfunções em vias nervosas (Rohde & Cols., 2000; Benczik, 2002), não sendo mais apoiada em uma lesão cerebral. Em 1968. O Manual Diagnóstico e Estático das Doenças Mentais – DSM II – inclui as “desordens comportamentais da infância e adolescência” e passou nomear esse transtorno de Reação Hipercinética. O DSM-III (APA, 1980), na década de 1970, introduziu a denominação Distúrbio do Déficit de Atenção (DDA) com ou sem hiperatividade. Era consenso priorizar a desatenção, embora a hiperatividade fosse a classe de comportamentos enfatizada. Em 1987, o DSM-III-R, voltou a enfatizar a hiperatividade e alterou novamente a nomenclatura para Distúrbio de Déficit de Atenção e Hiperatividade.

        A versão revisada do DSM-IV-RTM apresenta em 1994, (APA, 2003), acrescentou aspectos cognitivos como déficit de atenção e falta de autocontrole ou impulsividade. De acordo com o DSM-IV-RTM, a tríade sintomatológica passou a incluir desatenção, hiperatividade e impulsividade. O transtorno passou a ser denominado de Distúrbio do Déficit de Atenção/hiperatividade – ADHD (Attentin- Deficit Hiperractivity Disorder). A nomenclatura brasileira utilizada é de Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (Barkley, 2008; Benczik, 2002).

        O transtorno apresenta uma prevalência de 9:1 de meninos para meninas, em amostras clínicas, e em proporção de 3:1 em amostras populacionais em geral. Devemos lembrar que esses estudos epidemiológicos referem-se à faixa etária dos 7 aos 14 anos de idade. A persistência do TDAH em adolescentes e adultos vem sendo relatada em alguns estudos longitudinais, ainda que a taxa de prevalência seja inconsistente. A prevalência do TDAH em adultos na população geral varia de 2,5 % a 8% (Kessler, Chiu, Demler, Merikangas & Walters, 2005; Kooij & cols., 2005; Rohde & cols.,1998).

        O diagnóstico do TDAH é fundamental clínico apoiado em critérios operacionais de sistemas classificatórios como o DSM-IV-RTM e o CID-10 (OMS, 1993), com auxílio de exames neurológicos (Barkley & cols., 2002; Rohde &Halpern, 2004). O critério do DSM-IV-RTM envolve a análise da frequência, intensidade, amplitude e duração da tríade sintomática desatenção-hiperatividade-impulsividade. A desatenção se manifesta por mudanças frequentes de assuntos, falta de atenção no discurso alheio, distração durante as conversas, desatenção ou não cumprimento de regras em atividades lúdicas, alternância constantes de tarefas, além de relutância no engajamento de tarefas complexas que exijam organização. A hiperatividade caracteriza-se pela fala, movimentação diurna, noturna (durante o sono) de forma excessiva, dificuldade de ficar sentado, enquanto a impulsividade envolve agir sem pensar, mudança de atividades, dificuldade de organizar trabalhos, necessidades de supervisão e dificuldade do sujeito esperar sua vez em atividades lúdicas em um situações em grupo. Os sintomas citados devem estar acompanhados de prejuízos no desenvolvimento da criança. Estar presente em pelo menos dois e ocorrer antes dos sete anos de idade. O diagnóstico deve ser refeito a cada semestre, sugerindo aspecto dinâmico e transitório do transtorno.

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