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Sudamento da educado

Por:   •  2/4/2019  •  Trabalho acadêmico  •  2.327 Palavras (10 Páginas)  •  195 Visualizações

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JULIANA GOMES FERREIRA DOS SANTOS – RA: 8027435

TATIANE DOS SANTOS ALVES DE SOUZA – RA: 8026221

Licenciatura em Música

MÚSICA E AUTISMO

Tutor: Prof. Esp. Adriano Justino Moreira

Claretiano – Centro Universitário

SÃO PAULO

2018

A Música e o Transtorno do Espectro do Autismo

TEMA

Autismo é uma perturbação séria que afeta quatro em cada 10.000 crianças (DeMeyer, Hingten e Jackson, 1981). Aparece no inicio da infância e afeta a forma como o individuo se relaciona com objetos e pessoas no ambiente.

DELIMITAÇÃO DO TEMA DE PESQUISA

A música é um fenômeno humano que está presente em todas as culturas conhecidas e tem sido utilizada desde entretenimento e o favorecimento de experiências estéticas a acalmar crianças agitadas, eliciar emoções, favorecer a coesão social, expressar consciência social e crenças religiosas, dentre várias outras funções (GFELLER, 2008; KOELSCH, 2014). Estudos em neurociências têm demonstrado que há substratos biológicos inatos no ser humano que, ao mesmo tempo, possibilitam e constrangem o modo como a música ocorre. Os bebês humanos apresentam diversas habilidades musicais desde as primeiras semanas de vida, incluindo uma refinada percepção de alturas e padrões rítmicos, localização da fonte sonora, preferência por consonância à dissonância, correspondência entre som e movimento, dentre outros (TREHUB, 2005; ILARI, 2006). Vale ressaltar que apesar de aparentemente haver um substrato neural inato para alguns processamentos de informações musicais, a própria prática musical modifica o cérebro em termos anatômicos e fisiológicos (TREHUB, 2005; PASCUAL-LEONE, 2009)7 .

CONTEXTUALIZAÇÃO/REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

A literatura sobre Autismo relata uma intensa relação das pessoas com tal transtorno e a música, sendo considerado o aspecto não-verbal da música, o principal meio de engajamento entre a pessoa com Transtorno do Espectro do Autista e seu interlocutor, seja quando apresentada uma música puramente instrumental, ou em situações de um texto cantado ou narrado (ALVIN, 1978; BALL, 2004; BROWN, 1994; BROWNELL, 2002; BUDAY, 1995; EDGERTON, 1994; MALLOCH; TREVARTHEN, 2009; OLDFIELD, 2001; ROBARTS, 1996).

A musicoterapia tem uma longa tradição no transtorno autista, e há muitos relatos na literatura sugerindo que pode ser usado para melhorar as habilidades de comunicação social, como INICIAR e RESPONDER a atos comunicativos (Inclusão na Prática, 2010)

Ao realizar atividades musicais dentro de uma historia comum de interação, a criança pode desenvolver e melhorar habilidades como a:

Atenção compartilhada,

Atenção conjunta,

Imitação,

Reciprocidade,

Que por sua vez estão associados com Posterior desenvolvimento da linguagem e competência social (Geretsegger et. al., 2012)

Pesquisas em psicologia da música enfatizaram a natureza intensamente social das atividades musicais, que proporcionam interação com outras pessoas e participação em atividades que podem facilitar o convívio social, a aquisição de linguagem e de Habilidades Motoras. Por esse motivo atividades musicais são constantemente usadas no tratamento de autistas, podendo assim justificar o potencial da música como instrumento terapêutico e educacional. (Molnar – SzaKacs et. al., 2009)

 O autor oferece no ultimo capitulo uma proposta de sessão de Musicoterapia, que pode ser adaptada e ressalta que não há uma proposta que contemple todos os tipos de pacientes.

A sessão conta com 30 minutos e possui algumas etapas: a) os recursos são organizados com o auxílio do paciente e a interação dos pais, se necessário; b) inicio das atividades com cumprimento ou questionamento sobre o paciente e seu dia; c) canção de entrada ou boas-vindas marcando o início da sessão, facilitando a fala, o canto, sorrisos, gestos; d) recriação, composição e improvisação no violão ou teclado para verificar os interesses da criança; e) atividade de composição ou de canto a fim de que a criança possa ter uma participação vocal e gestual. Parte-se de qualquer material trazido pela criança e caso ela não apresente nenhuma produção sonora, o Musicoterapeuta oferece canções facilitando sua participação, em seguida outros objetos são utilizados como instrumentos musicais e com apoio ou acompanhamento do Musicoterapeuta, se necessário: f) a criança escolhe, explora e toca os instrumentos. Atividade com sete passos: escolha espontânea da criança; convocação e sugestão verbal para que a criança faça sua escolha; caso não haja resposta, o Musicoterapeuta escolhe um instrumento e oferece, por duas vezes, à criança; repete-se o procedimento com outros dois instrumentos, um por vez; o terapeuta torna a tocar os instrumentos convocando a criança a acompanhá-lo; o Musicoterapeuta e a criança guardam os instrumentos. A sessão finaliza com a canção de despedida que tem por objetivo facilitar a vocalização, a fala, o canto, os sorrisos e os gestos. Expressões de despedidas como tchau ou até logo e o nome da criança devem fazer parte do texto da canção que deve ser a mesma para cada paciente. (GATTINO, Gustavo SchulzMusicoterapia e autismo: teoria e prática. São Paulo: Memnon, 2015)

JUSTIFICATIVA

Atualmente qualquer forma de música ou mesmo apenas a imaginação mentalizada pode ativar as mesmas regiões do cérebro que a prática efetiva.

“A Música é um instrumento educacional mais potente do que qualquer outro”. Platão

“Ensinando-vos e admoestando-vos uns ao outros com salmos, hinos e cânticos espirituais”. Col. 3:16

“A música treina o cérebro para as formas superiores de raciocínio”

OBJETIVOS

A presente pesquisa tem como objetivo estudar a importância da musica para os Autistas. Segundo a Federação Mundial de Musicoterapia é o uso profissional da música e de seus elementos como uma intervenção em ambientes médicos, educacionais e cotidianos com indivíduos, grupos, famílias ou comunidades que busca aperfeiçoar sua qualidade de vida e melhorar sua saúde e bem-estar físico, social, comunicacional, emocional, intelectual e espiritual. A pesquisa, a prática profissional, o ensino e o treinamento clínico em musicoterapia são baseados em padrões profissionais de acordo com contextos culturais, sociais e políticos. (WORLD FEDERATION OF MUSIC THERAPY, 2011, tradução nossa)

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