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Resenha Critica Homero como Educados

Por:   •  6/3/2019  •  Resenha  •  1.222 Palavras (5 Páginas)  •  329 Visualizações

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CEST/UEA – Licenciatura em Pedagogia

Docente: Dra. Rita de Cássia Fraga Machado

Disciplina: Filosofia da Educação

2018/2  2º Período

Discente: Daiane Ribeiro da Silva                                                Ficha 04

        

JAEGER, Werner Wilhelm; Paidéia: a formação do homem grego.  6º Ed. - São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2013.

Homero Como Educador

         “A concepção do poeta como educador do seu povo – no sentido mais amplo e profundo da palavra – foi familiar aos gregos desde a sua origem e manteve sempre a sua importância. Homero foi apenas o exemplo mais notável dessa concepção geral, e por assim dizer, a sua manifestação clássica.” (JAEGER, 2013, p.60)

A poesia só pode exercer uma tal ação se faz valer todas as forças estéticas e éticas do homem. Porém as relações entre os aspectos éticos e estéticos não consiste só no fato de o ético nos ser dado como “matéria” acidental, alheia ao designo essencial propriamente artístico, mas sim no fato de o conteúdo normativo e a forma artística da obra de arte estarem em interação e terem até na sua parte mais íntima uma raiz comum.  (JAEGER, 2013, p.61)

“Existe e existiu sempre uma arte que prescinde dos problemas centrais do homem e tem de ser compreendido apenas pela sua idéia formal.” (JAEGER, 2013, p.62)

“Mas só pode ser propriamente educativa uma poesia cuja as raízes mergulhem nas camadas mais profundas do ser humano e na qual viva um étbos, um anseio espiritual, uma imagem do humano capaz se tornar obrigação e um dever.” (JAEGER, 2013, p.62)

“A arte tem um poder ilimitado de conversão espiritual. É o que os gregos chamaram psykbagogia, só ela possui ao mesmo tempo a validade universal e a plenitude imediata e viva, que são as condições mais importantes da ação educativa.” (JAEGER, 2013, p.62)

“A diferença entre o seu significado na vida do seu povo e o da épica medieval, alemã ou francesa, torna-se manifesta no fato da influencia de Homero ter-se estendido, sem interrupção por mais de um milhar de anos, ao passo que a época medieval cortês foi esquecida logo após a decadência do mundo cavaleresco.” (JAEGER, 2013, p.64)

“O fato de Homero, o primeiro que entra na história da poesia grega, ter-se tornado o mestre da humanidade inteira demonstra a capacidade única do povo grego para chegar ao conhecimento e à formulação daquilo que une e move todos nós.” (JAEGER, 2013, p.64)

“O Patbos do sublime destino heróico do homem lutador é o sopro espiritual da ilíada. O étbos da cultura e da moral aristocrática encontra na Odiseia o poema da sua vida”. (JAEGER, 2013, p.65)

A poesia homérica é uma vasta e complexa obra do espírito, que não se pode reduzir a uma fórmula única. Ao lado de fragmentos relativamente recentes que revelam um interesse pedagógico expresso aparecem outras passagens nas quais o interesse pelos objetos descritos afasta a possibilidade de pensar numa segunda moral do poeta. (JAEGER, 2013, p.65)  

“O simples fato de manter viva a glória através do canto é, por si só, uma ação educadora”. (JAEGER, 2013, p.66)

“A tendência idealizante da épica, ligada à sua origem nos antigos cantos heróicos, distingue-a das outras formas literárias e outorga-lhe um lugar proeminente na história da formação grega. Todos os gêneros da literatura grega surgem das formas primárias e naturais da expressão humana.” (JAEGER, 2013, p.68)

Em contrapartida, os cantos heróicos orientam-se para a criação de modelos heróicos por força da sua própria essência idealizadora. O seu significado educativo situa-se a grande distância daquele dos restantes gêneros poéticos, pois reflete objetivamente a vida inteira e apresenta o homem na sua luta contra o destino e em prol da consecução de um objeto elevado. (JAEGER, 2013, p.69)

“A idéia que tivermos formado a respeito da natureza dos mais antigos cantos heróicos exercerá uma influência essencial sobre tal concepção”. (JAEGER, 2013, p.70)

“Os inimigos destes são igualmente um povo de heróis que lutam pela sua pátria e pela sua liberdade. Lutar pela pátria é um bom augúrio: São palavras que Homero põe na boca, não de um grego, mas do herói dos troianos, que tomba pela pátria e com isso atinge uma tão viva qualidade humana. (JAEGER, 2013, p.71)

“Eleva-se até a escolha deliberada de uma grande façanha, ao preço antecipadamente conhecido da própria vida. Todos os gregos posteriores concordam com uma interpretação e vêem nisso a grandeza moral e eficácia educadora do poema”. (JAEGER, 2013, p.74)

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