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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO INSTITUTO MULTIDISCIPLINAR

Por:   •  28/6/2019  •  Monografia  •  1.288 Palavras (6 Páginas)  •  284 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO

INSTITUTO MULTIDISCIPLINAR

Mulher, trabalho e educação:  

repensando os papéis e desvelando a discriminação.


Trabalho apresentado a orientadora Miriam Santos. Elaborado por Claudia da Silva Martins






SUMÁRIO

        



Introdução…………………………………………………………………………………1

Objetivos ......................................………………………………………………………...2

Justificativa………………………………………………………………………………..2

Metodologia……………………………………………………………………………….3

Cronograma………………………………………………………………………………..3

Referências Bibliográficas………………………………………………………………...3

Resumo

A vontade em realizar a pesquisa surgiu através da observação feita dentro da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, onde curso Licenciatura Plena em Pedagogia. O que me chamou a atenção foi perceber que o quadro de funcionárias de uma determinada empresa que presta serviços de limpeza para a universidade, é formado basicamente por mulheres negras. Mesmo quando há renovação de pessoal, as novas contratadas também são sempre mulheres negras, diante disso, quero pesquisar se as causas dessa desigualdade está relacionada a falta de escolarização. A forma como a sociedade enxerga essas mulheres mostra como a estrutura da sociedade repousa sobre a desigualdade. O projeto de pesquisa e futuramente a monografia trará para a discussão temas sobre como essas mulheres eram tratadas na época da escravidão e a maneira como as mulheres negras são tratadas na atualidade. Também debateremos sobre questões de escolarização, sobre a importância e o papel que a escola tem em relação as desigualdades.  Desta forma, o texto busca fazer uma análise do mercado de trabalho brasileiro da atualidade com especial enfoque sobre as precárias condições de acesso para as mulheres negras.  

Palavras-chave: mercado de trabalho; escravidão; mulher negra.



1.  Introdução

Sou graduanda da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro e meu interesse em realizar esta pesquisa, se deu no momento em que ingressei na universidade e percebi que a empresa de limpeza contratada que presta serviço naquele lugar, tinha em seu quadro de funcionários, em sua totalidade negros e negras. As discussões feitas em salas de aula sobre   preconceito, desigualdades, gênero e etnia me instigaram a buscar algumas respostas.  Percebi que apesar de já ter se passado mais de cem anos da escravidão, as mulheres negras continuam sendo “escravizadas”. Então, decidi buscar respostas para as desigualdades sofridas por mulheres negras no mercado de trabalho e verificar se as posições que essas mulheres ocupam, são determinadas pela escolaridade que elas possui. Bem sabemos que essas desigualdades, surgiram em nosso país na época da escravidão, onde as mulheres escravas eram tratadas como mucamas e objetos sexual de seus donos. É fato que ainda hoje a maioria das mulheres negras que estão inseridas e mal inseridas no mercado de trabalho, estão em posições subalternizadas. As mulheres negras que preenchem o mercado formal de trabalho, estão prioritariamente nas funções de doméstica, gari, arrumadeira, babá, balconista, ajudante de limpeza entre outros. É de conhecimento de todos, que as profissões tidas como elitizadas, ainda esteja nas mãos da classe dominante. Por que mulheres negras não podem /não conseguem fazer um curso de medicina?  Márcio Pochmann diz:

As desigualdades de gênero e raça são estruturantes da desigualdade social brasileira. Não há, nesta afirmação, qualquer novidade ou qualquer conteúdo que já não tenha sido insistentemente evidenciado pela sociedade civil organizada e, em especial, pelos movimentos negro, feminista e de mulheres, ao longo das últimas décadas. Inúmeras são as denúncias que apontam para as piores condições de vida de mulheres e negros, para as barreiras à participação igualitária em diversos campos da vida social e para as consequências que estas desigualdades e discriminações produzem não apenas para estes grupos específicos, mas para a sociedade como um todo.” (p.7)

A taxa de desemprego no mercado de trabalho para a mulher negra é maior em relação a homens e mulheres brancos. O valor de seu salário chega a ser de até 40% menos que a de um homem branco. A explicação que o mercado dá para tal fato, é que a preferência para a contratação de homens se dá pelo motivo de que a mulher tem que se dividir entre a casa e o trabalho. O homem branco chega ganhar o dobro do salário referente ao do negro, sendo o maior do mercado de trabalho. Existem dados que comprove que o salário da mulher negra é o menor do mercado mesmo exercendo funções iguais às do branco. E mesmo estando no mercado formal de trabalho, trabalham em situações precárias, como ocorria na época da escravidão. A falta de escolarização para os negros e para os pobres, é um dos fatores que mantém a desigualdade entre gênero e raça. Os melhores cursos, são oferecidos para os filhos/as brancos da classe dominante.  É raro ver negras matriculadas em cursos como medicina, direito, engenharia.  

A constatação de que as desigualdades de gênero e raça constituem um importante fator de agravamento das condições de precariedade e exclusão em que vive uma grande parcela da população envolve o Estado e a sociedade brasileira no desafio de combatê-las. (Iriny Lopes, p.11)

2.  Objetivo

Este projeto tem como objetivo refletir sobre a escolarização ou a falta dela em relação   as mulheres negras e a posição ocupada por elas no mercado de trabalho.  Espero que a questão levantada nesta pesquisa e a pesquisa em si, não fique somente no papel, arquivada em gavetas empoeiradas. Desejo que essa pesquisa, chame atenção e contribua para as mudanças que possam ocorrer de acordo com as necessidades e possibilidades.  

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