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50 Anos Da Psicologia

Artigo: 50 Anos Da Psicologia. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  19/3/2015  •  1.097 Palavras (5 Páginas)  •  599 Visualizações

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A Psicologia Brasileira: 50 anos

Por: João Roberto de Souza Silva, Psicólogo, Editor do Portal Mosaico Psicologia

A profissão de psicólogo no Brasil comemora 50 anos de sua regulamentação neste ano de 2012. Esta trajetória teve início a partir da reforma de Benjamin Constant no ano de 1890 que introduz noções de Psicologia para as disciplinas de Pedagogia na grade curricular das Escolas Normais. (Soares, 2010).

A consolidação da Psicologia iria ocorrer 72 anos depois com a promulgação da Lei nº 4.119, no dia 27 de agosto de 1962 pelo Presidente da República João Goulart, a qual dispõe sobre os cursos de formação em Psicologia e regulamenta a profissão de Psicólogo (Soares, 2010). Fica estabelecido por meio deste documento a formação do psicólogo em três diferentes níveis, licenciatura (formação do professor de Psicologia), bacharelado (formação do pesquisador), ambas com 4 anos de duração e formação do psicólogo com o foco na formação profissional e com duração de 5 anos (Lisboa e Barbosa, 2009). Desse modo, este ensaio em comemoração aos 50 anos de Psicologia no Brasil tem o intuito de descrever um pouco sobre a história da psicologia brasileira.

De acordo com Freidson (1996), um tipo específico de trabalho especializado e teoricamente fundamentado remete ao conceito de profissão. Segundo Pereira e Pereira Neto (2003) para uma atividade ser reconhecida como profissão é necessário possuir conhecimento delimitado, complexo e institucionalizado. Além disso, deve-se organizar em associações profissionais para padronização da conduta de seus pares, tal controle da profissão é feito por meio de dispositivos formais como o código de ética e da fiscalização das condutas profissionais. Sendo que esta deve focar todos os seus esforços para ser reconhecida como fundamental pelo Estado e pela Sociedade (Pereira e Pereira Neto, 2003).

A visão histórica da consolidação de uma área do conhecimento, de acordo com Guzzo e cols (2010) pode trazer análises com diferentes elementos, dependendo da visão de mundo e posição política de seus autores.

Pessoti (1988) divide a historia da psicologia brasileira em quatro períodos: pré-institucional (até 1833), institucional (1833-1934), universitário (1934-1962) e profissional (1962 - ...). Tais marcos de acordo com Pereira e Pereira Neto (2003) estão alicerçados na presença ou ausência de instituições ligadas à psicologia.

O período institucional relaciona-se com a criação das faculdades de medicina no Rio de Janeiro e na Bahia. Segundo Soares (2010, p. 12) “As primeiras contribuições para o estudo da Psicologia no Brasil são oferecidas por médicos (...) estudantes e profissionais, sobretudo no Rio de Janeiro e Bahia”. O período universitário devido à criação da cátedra de Psicologia Educacional da USP (Soares, 2010). Ainda, de acordo Lisboa e Barbosa (2009, p. 721) “a partir de 1934, na USP, a Psicologia torna-se disciplina obrigatória durante os três anos dos cursos de Filosofia, Ciências Sociais e Pedagogia, além de estar inserida na grade de todos os cursos de licenciatura” E o período profissional quando a profissão foi regulamentado Lei nº 4.119, no dia 27 de agosto de 1962.

Pereira e Pereira Neto (2003), alicerçados no referencial teórico de Bonelli (1999) Sociologia das Profissões, apresentam como proposta para discutir a história da prática do psicólogo a periodização da profissionalização da psicologia no Brasil. Os autores dividem a história da profissão de psicólogo no Brasil em três momentos.

Período pré-profissional, de acordo com Pereira e Pereira Neto (2003), compreende o intervalo entre a criação das faculdades de medicina Rio de Janeiro e Bahia (1833) e o final do século XIX. De acordo com os autores não havia qualquer sistematização ou institucionalização do conhecimento psicológico, existiam pessoas interessadas no tema e questões psicológicas. O segundo momento, o de profissionalização, no intervalo do final do século XIX até 1975, ocorre à institucionalização da prática psicológica, regulamentação da profissão (1964) e criação de dispositivos formais – código de ética (1975) (Pereira e Pereira Neto, 2003).

O terceiro momento de 1975 até a atualidade, o período profissional, que é quando segundo Pereira e Pereira

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