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A CRISE HIPERTENSIVA

Por:   •  24/5/2017  •  Projeto de pesquisa  •  1.657 Palavras (7 Páginas)  •  743 Visualizações

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Crise Hipertensiva

Urgências hipertensivas

As urgências hipertensivas compreendem as situações em que a hipertensão severa ocorre em indivíduos assintomáticos, porém com lesão prévia de órgão-alvo, como insuficiência coronária crônica (infarto do miocárdio prévio, angina estável), insuficiência cardíaca, aneurisma de aorta abdominal, insuficiência renal crônica ou acidente vascular cerebral prévio, havendo, portanto, risco potencial de lesão aguda em órgão-alvo.

Emergências hipertensivas

As emergências hipertensivas são definidas pela ocorrência de hipertensão severa ou elevação abrupta da PA associadas à lesão aguda iminente ou progressiva de órgão-alvo, que configuram situação médica que frequentemente oferece ameaça à vida. Em geral, são situações graves que exigem encaminhamento imediato para uma unidade de saúde com mais recursos, para que, rapidamente, sejam realizadas as condutas necessárias.

Urgência

Emergência

Nível pressórico elevado acentuado PAD>120mmHg

Nível pressórico elevado acentuado PAD>120mmHg

Sem LOA aguda e progressiva

Com LOA aguda e progressiva

Combinação medicamentosa oral

Medicamento parenteral

Sem risco iminente de morte

Com risco iminente de morte

Acompanhamento ambulatorial precoce (7dias)

Internação em UTI

Pseudocrises Hipertensivas

Pseudocrises hipertensivas são situações nas quais a elevação acentuada da PA é desencadeada por dor, vertigem, tontura, ansiedade e agitação psicomotora. Sendo assim, constitui-se como prioridade o tratamento do fator desencadeante, se necessário com medicações sintomáticas, como analgésicos, antivertiginosos, benzodiazepínicos ou antipsicóticos.

Hipertensão Secundária

A HAS é considerada secundária quando a causa é identificada, como, por exemplo, nos casos de hiperaldosteronismo primário, feocromocitoma, hipotireoidismo, hipertireoidismo, síndrome de Cushing, coarctação da aorta, hipertensão renovascular, dentre outros.

A investigação de causas secundárias deve ser reservada para as seguintes situações:

  • Hipertensão refratária ao tratamento;
  • Aparecimento de HAS abaixo de 30 ou acima de 50 anos;
  • Presença de sintomas ou sinais sugestivos de uma causa específica de HAS.

Hipertensão nos ciclos de vida

  • Crianças e Adolescentes:

Principais causas de HAS nessa população: ingestão de álcool, o tabagismo, uso de drogas ilícitas, utilização de hormônios esteroides, hormônio do crescimento, anabolizantes e anticoncepcionais orais.

A medida da PA em crianças é recomendada em toda avaliação clínica após os 3 anos de idade, pelo menos anualmente.

A interpretação dos valores de pressão arterial obtidos em crianças e adolescentes deve levar em conta a idade, o sexo e a altura, considerar efeito do avental branco.[pic 1]

  • Idoso:

A hipertensão sistólica é muito comum em idosos. Meta < 140/90mmHg. PA sistólica podem ser mantidos inicialmente níveis de até 160mmHg.

Maior frequência de hiato auscultatório (considerar média da sistólica). É comum hipertensão do avental branco. Hipotensão ortostática (redução sistólica >20mmH e Diastólica >10 mmHg após 3 min ereto).

O tratamento da hipertensão no idoso reduz a incidência de déficit cognitivo e demência.

  • Mulher:

Situações que contribuem para HAS em mulheres:  uso de contraceptivo oral (aumenta os riscos de complicações CV principalmente em mulheres fumantes, com idade superior a 35 anos), gestação e menopausa.

  • Gestantes:

Pressão arterial > 140x90mmHg (5 º ruído de Korotkoff deve ser considerado como a pressão diastólica).

Classificação: Pré-eclâmpsia, eclampsia, hipertensão crônica e hipertensão gestacional.

Farmacologia dos anti-hipertensivos

  • Bloqueadores adrenérgicos: são drogas que intervêm na transmissão simpática. A maioria dos antagonistas de receptores adrenérgicos é seletiva para os receptores α ou β, e muitos também são seletivos para seus subtipos. Os mecanismos de ação dessa classe de drogas anti-hipertensiva são múltiplos, incluindo: diminuição do débito cardíaco, efeitos centrais, readaptação dos barorreceptores, diminuição da liberação de renina e inibição simpática periférica. Podemos citar como exemplos o atenolol, o doxazosina e propranolol.

  • Diuréticos: é considerada a classe de fármacos anti-hipertensivos mais utilizada, em virtude da sua eficácia terapêutica e do seu baixo custo. São substâncias com uma ação sobre os rins, atuando de forma a aumentar a taxa do débito e volume urinário, consequentemente a excreção urinária de solutos, em especial o sódio e cloreto. Seu efeito primário consiste em diminuir a reabsorção de sódio pelos túbulos, causando natriurese (maior débito de sódio), o que por sua vez causa diurese (maior débito de água), sendo o aumento da perda de água secundário à excreção aumentada de sódio, já que o sódio remanescente nos túbulos age de forma osmótica, diminuindo a reabsorção de água. O uso clínico mais comum dos diuréticos é para reduzir o volume de líquido extracelular, especialmente em doenças associadas a edema e hipertensão, inibindo a reabsorção tubular em locais diferentes ao longo do néfron renal. São divididos em classes (Diuréticos de alça, Diuréticos tiazídicos, diuréticos poupadores de potássio).

[pic 2]

  • Inibidores da enzima conversora da angiotensina (ECA): Os inibidores da ECA impedem a conversão de angiotensina I em angiotensina II, que é um vasoconstritor potente, atenuando assim seus efeitos. Exemplos: enalapril, lisinopril, captopril.
  • Antagonistas do receptor de Angiotensina II: têm como mecanismo de ação o bloqueio das ações da AII pela ocupação específica do receptor AT1, exercendo consequentemente ação anti-hipertensiva e protetora para os diferentes órgãos-alvo da hipertensão arterial. Por exemplo, o losartan.

Droga Preferida

Evitar

Contraindicação

DIURÉTICOS

IC, Asma+DPOC, Idoso, Hipertensão sistólica, e Negros

Gota

Diabetes, hiperlipidemia, gravidez (red. vol.), homens sexualmente ativos

BETA BLOQS.

Angina, Pós-infarto, Arritmias, e Gravidez

Asma, Doença vasc. Periférica, bloqueio cardíaco

Hipertrigliceridemia Diabetes ins. depen. IC. Atletas e pac., fisicamente ativos. Negros.

IECA

IC, hipertrofia ventr. Esq., pós-infarto, e Diabete

Gravidez e estenose renal bilateral

Negros

BLOQS. De CÁLCIO

Angina, doença vasc. Periférica, hipertensão sistólica, intolerância à glicose, e negros

Gravidez

ICC, (verapamil) Bloqueio AV

BLOQS. ALFA

Hipertrofia prostática, e intolerância à glicose

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Hipotensão ortostática

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