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A Contribuição da Psicologia Para a Mídia de Resistência

Por:   •  11/10/2018  •  Resenha  •  1.067 Palavras (5 Páginas)  •  462 Visualizações

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A CONTRIBUIÇÃO DA PSICOLOGIA PARA A MÍDIA DE RESISTÊNCIA

        A discussão se inicia com um texto de Heitor Reis, que vai primeiramente tratar do assunto que, todos os seres humanos têm a possibilidade de errar e acertar, alcançando assim resultados satisfatórios ou não. Seguindo esse ponto de vista conclui então que o Estado, o capitalismo, o comunismo e a mídia possuem também essa mesma possibilidade de erros e acertos, deixando claro então que teoria e prática não andam sempre juntas, o real é diferente do ideal. A mídia e o Estado por exemplo se distanciam muito do ideal e não são o que parecem ou dizem ser. E é nesse meio de real e ideal que a psicologia por sua vez vai atuar, em suas várias vertentes (psicologia social e política por exemplo), buscando encontrar as causas desse distanciamento entre teoria e prática e também dos problemas enfrentados nesse meio, buscando saná-los e produzir resultados sempre melhorados.

        Inicia então uma discussão sobre como a mídia contribui para a formação das mentes dos seres humanos, para sua subjetividade desde a infância (através da apresentação de informações, sempre muito bem filtradas pelos detentores do poder)  e como ela transforma a vida em mercadoria, pois afinal de contas, a mídia é produto e está a serviço do capitalismo, portanto, trabalha em prol do capital, visando o lucro, não importando se para isso sejam realizados exageros; uso de “Fake News” e informações manipulatórias que alienam as pessoas. Para nos desprendermos desse controle, a única maneira é através da nossa própria reflexão, que aprimora e filtra (através de nossos próprios filtros) as informações recebidas, desenvolvendo pensamento crítico e saindo da alienação, só assim acontece a revolução conceitual.

        Essa revolução conceitual antecede a revolução real, que desmascara e busca mudar, através de novos conceitos, os “reais” e “ideais” que existem na sociedade, desmascara quem e o que não é o que parece ser. Por exemplo, através desses novos conceitos, a minoria, aos poucos consegue desmascarar as formas de governo repressora e tentar mudar a realidade, é difícil, porém deve-se tentar tal organização. Heitor aqui explicita que um meio pelo qual as minorias realizam sua resistência são as rádios comunitárias, implantadas “na base da desobediência civil”, que são um pontapé inicial para uma possível produção de meios de comunicação populares, como deveria ser, já que vivemos em um pais democrático e republicano (na teoria). A psicologia, nesse cenário de resistência, é uma das principais “atuantes pela democratização da comunicação”, que como os sindicatos, movimentos populares e organizações não governamentais, podem contribuir e muito apoiando a formação da mídia popular, superando barreiras e alcançando a real “democratização das comunicações”.

Ao final de sua contribuição, Heitor Reis, trás diversas propostas de como os Conselhos de Psicologia e os Sindicatos de Psicólogos podem agir para acabar com o oligopólio da classe dominante sob os meios comunicacionais existentes no Brasil.

Posteriormente temos Adilson Vaz Cabral Filho na discussão, que inicia sua linha de raciocínio falando sobre interfaces, com os movimentos sociais, grupos sociais, etnias, enfim, com diversidade, que devem ser construídas no âmbito comunicacional, afim de se produzir “um campo para que a sociedade se aproprie das políticas trabalhadas”, a sociedade deve se apropriar dos meios que já estão disponíveis, criando seu espaço, afinal, como o autor diz “cada um de nós é uma mídia em potencia. Cada um de nós é apropriador potencial das tecnologias”.

Vai então falar sobre a EMERGE – Centro de Pesquisa e Produção em Comunicação e Emergência – que traz uma proposta de trabalhar com a chamada comunicação de emergência, que nada mais é do que construir processos de baixo para cima, adaptando as diferenças. Parte-se então das realidades mais simples estruturando, assim, realidades mais complexas e adaptadas. O projeto inicial da EMERGE tratava sobre apropriação social e processo regulatório, analisando que a sociedade possui potencial para fazer a diferença e mudar o foco dos meios comunicacionais, para além da institucionalidade (o que pode ocasionar em transformações mais radicais), trabalhando por exemplo a TV e a rádio digital em função da apropriação social do processo regulatório, mudando assim a característica opressora do sistema de comunicação. Dessa maneira, conseguiremos alcançar a democratização plena, extinguindo a ideia de que para democratizar a sociedade deve-se primeiro democratizar a comunicação e coloca um novo conceito de que “a sociedade consciente da demanda por democracia é que promoverá a democratização da comunicação. Diz ainda que nada adianta reivindicarmos mudanças que vão se traduzir em leis e decretos (via institucional) se não tomarmos conta dos meios, de nada adiantaria.

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