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A Etnocentrismo na Saúde

Por:   •  25/4/2018  •  Trabalho acadêmico  •  390 Palavras (2 Páginas)  •  1.704 Visualizações

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Universidade Federal do Delta do Parnaíba

Campus Ministro Reis Veloso

Curso de Psicologia – 1º Período

Disciplina: Antropologia Cultural

Professor: Francisco Jander de Sousa Nogueira

Clerisvitor Vieira Guedelho

“Etnocentrismo na Saúde”

O etnocentrismo é um conceito pertencente à Antropologia que pode ser definido por quando certo indivíduo ou grupo de pessoas considera sua cultura, etnia ou conjunto de ideias superiores e perfeitas em relação a grupos distintos deste. Tal fenômeno vem a acontecer quando duas culturas se chocam e ocorre um estranhamento entre os ideais divergentes.

 

Paralelamente ao etnocentrismo, o relativismo cultural visa a tolerância para com as culturas diferentes à do indivíduo, percebendo que estas apresentam pluralidade e aceitando quão errôneo é o conceito de que uma cultura, por apresentar conceitos extrínsecos a outra, deve ser considerada errada ou maléfica.

 

Algo como o complexo de superioridade cultural só tende a estabelecer um âmbito hostil à sociedade, trazendo preconceitos considerados corriqueiros no quotidiano, como o racismo e a xenofobia, dessa forma comprometendo meios de buscar entender comportamentos e ideais alheios. Analisando em uma escala maior, tragédias como o Holocausto, que resultou na morte de cerca de seis milhões de judeus, vieram de grupos com noções baseadas em um ideal etnocêntrico que resultaram em um conflito entre as culturas.

 

A questão etnocêntrica pode ser percebida muito comumente em casos nos quais médicos e outros profissionais da saúde negam-se a atender de forma apropriada seus pacientes por estes não consentirem com os princípios de sua cultura. Já o relativismo cultural pode ser observado quando os profissionais da mesma área citada buscam compreender e aceitar os ideais de seus pacientes para atendê-los, mantendo uma posição que evite a hostilidade etnocêntrica.

 

Pela psicologia ter como objeto de estudo a subjetividade do indivíduo, ou seja, seu jeito de ser, torna-se imprescindível para os psicólogos a compreensão e aceitação da cultura de seu paciente para que não só seus valores sejam respeitados, mas essencialmente para que, dessa forma, possa haver um tratamento sem traços abusivos, valendo-se o mesmo para qualquer profissional da saúde.

Um profissional como o psicólogo, por exemplo, não consegue trabalhar a subjetividade de seu paciente quando está influenciado por ideias derivadas do etnocentrismo, uma vez que essas noções hostis e que apresentam um déficit no quesito de entender outros indivíduos entram em conflito com a ética profissional. Tais noções também impedem um diagnóstico claro, podendo acarretar sequelas no tratamento do paciente.

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